14 de junho de 2018

E começou mais uma copa qualquer!

Copa não é Olimpíada... Ponto.

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Nem devia ter abertura, talvez um cantor local ou de apelo mundial - seja lá o que for esse apelo (vide a Shakira na África do Sul) cantando a musica tema enquanto entram as bandeiras dos participantes. Algo como o intervalo do Super Bowl.

De maneira que toda abertura de Copa serve para a gente descer o malho mesmo. Essa teve seus encantos. A bola saindo da Estação Espacial Russa e caindo nos pés do menino foi bacana.

Se meu país tivesse uma estação espacial para mostrar ao mundo, o clip de abertura começaria nela. Na Copa que foi aqui, o clip começou numa favela. Cada um mostra o que tem, e os russos capricharam. Foi um clip bonito, vistoso, dinâmico, que flertou o tempo todo com o kitsch - como é quase obrigatório em casos assim.

Enfim, o menino foi correndo habilmente com a bola pelos motivos russos, e uma parte interessante foi as estátuas se mexendo para observá-lo, até que o garoto entra no estádio com Ronaldo, o Fenômeno.

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Casillas, campeão mundial em 2010, trouxe a bela taça ladeado por uma modelo russa. Apenas campeões mundiais e a Fátima Bernardes podem segurar a taça, por isso que não foi um russo a apresentar o troféu para os presentes no estádio.

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Depois entrou Robbie Williams que, sim, fez um gesto feioso para a câmera. Não precisava do gesto, não precisava da presença do britânico.

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Pela transmissão eu soube que sua música de maior sucesso ganhou uma versão do KLB em português. Ele devia ter cantado um dueto com a soprano russa Aida Garifulina que o acompanhava.

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Poderia ter repetido este numero que fez com Nicole Kidman:



Entraram as bandeiras dos países, os trajes das moças que as empunhavam foram interessantes. Vista de cima, a cerimônia era plástica e simétrica. Só era meio fria, mas antes assim.

O som da Globo é que prejudicava - para que tenham idéia, fez falta ouvir o Galvão falar. Por fim, Putin falou uma meia hora, sem vaias - o que era esperado. Não porque gostem dele. Quer dizer, gostam, mas... entende?

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Depois o presidente da Fifa, Gianni Infantino protagonizou o momento vergonha alheia, ao apontar para o estádio achando-se espertíssimo ao dar as boas vindas em várias línguas, inclusive em árabes.

A música da Copa, se apareceu foi muito breve, e pode ser que nem exista (nota do editor… existe sim… inclusive o Will Smith canta a danada). A mascote. um lobinho chamado Zabivaka, ficou andando pelo gramado e é simpatiquinho. Talvez para justificar a ruindade da seleção russa, ele porta óculos de esqui, como se dissesse que o negócio deles é outro, e como se a gente já não soubesse disso.

Foi uma abertura correta, e por pior que fosse nada superaria a Claudia Leitte de galinha pintadinha na última Copa. E para os que esperam um ursinho formado por mosaico de torcedores que derrama uma lágrima na cerimônia de encerramento, é bom ir se decepcionando logo.

Mas os russos estão com crédito. Deram-nos aquela abertura e encerramento nas Olimpíadas de 80. Deram-nos a oportunidade de pela primeira vez ver Pelé e Garrincha em campo, na Copa de 58. Deram-nos Dostoiévski. E nos deram a vodca, de onde extraímos a caipiroska, exemplo de união perfeita entre duas culturas praticamente inconversáveis.

Boa copa a todos e não percam a análise da naba que os russos impuseram aos árabes. (nota do editor: olha os spoilers!!!)

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