23 de março de 2015

Diga NÃO ao plágio acadêmico

Nota do Editor: postei originalmente este texto em meu portfólio acadêmico, localizado no site www.ricardomarques.pro.br. Como se trata de um tema bacana (plágio) para ser discutido, achei legal trazer o texto aqui para o blog também. Boa leitura!

Eu gostaria de falar sobre o fato de alguns alunos de alguns pólos estão utilizando conteúdos alheios para a montagem de seus portfólios. Em palavras mais diretas, estão copiando portfólios de terceiros.

É importante ter em mente que o portfólio é a construção do aprendizado de um aluno. É a reflexão de todos os conteúdos que lhe foram apresentados. E que isto resulta no processo de aprendizagem.

Para alguns, utilizar o recurso CTRL+C e depois CTRL+V pode parecer inofensivo, mas tal prática caracteriza o chamado PLÁGIO ACADÊMICO.

Plagiar as ideias de alguém é imoral e antiético.

E além disso, ao plagiar, ao tomar o conteúdo pronto quem faz o plágio está prejudicando também a si mesmo, pois seu processo de aprendizagem fica prejudicado.

Temos ainda o caso de alguns colegas que oferecem voluntariamente o conteúdo de seus portfólios. Não condeno esta prática, mas creio que seria interessante incentivar que os colegas tentassem criar seus próprios conteúdos ao invés de simplesmente oferecer o conteúdo finalizado.

Uma outra possibilidade seria fazer uso de citações. Ao citar uma referência, você dá o devido crédito ao autor do conteúdo e também demonstra que está realizando intenso trabalho de pesquisa acadêmica.

Muitos estão mandando o seus portfólios diretamente por arquivos compartilhados no Google Drive então o conteúdo é enviado diretamente ao tutor e não fica exposto. Mas no meu caso, e no de mais alguns eu creio, faço a montagem do portfólio por meio de um blog. O conteúdo fica exposto e é constantemente atualizado (bom... sempre que possível). Como percebi que alguns alunos estão plagiando o conteúdo do meu e de outros blogs, acabo por não colocar os meus conteúdos como eu gostaria.

E isso acaba prejudicando minha formação (meus últimos portfólios têm sido bem fracos e em alguns casos estou me restringido a colocar apenas o resumo da aula).

Alguns podem pensar: "ora... então pare de postar no blog e faça o envio pelo arquivo". Mas não acho justo eu mudar toda minha organização didática por conta de uma dúzia de pessoas que não estão se preocupando com sua formação acadêmica.

Sendo assim, faço um apelo à razão e coloco o tema em discussão.

plagio1

A elaboração do portfólio demanda tempo, pesquisa e dedicação. Trata-se da formação acadêmica de alguém. A consulta é livre, mas a cópia e uso indiscriminado caracteriza o PLÁGIO ACADÊMICO. Seja criativo... seja inovador. Aprenda a criar seu próprio conteúdo.

O plágio acadêmico é antiético e imoral. Pense nisso!

Estou à disposição de qualquer um que queira discutir o tema. Mas desde já aviso que não aceitarei ofensas ou discussões acaloradas sem sentido.

2 de março de 2015

Vida longa e próspera

Entre outras "nerdices" da minha vida, uma delas é pouco conhecida pelas pessoas: sou fã de Star Trek (Jornada nas Estrelas). Tenho em minha coleção de DVD's os 6 filmes clássicos da franquia: "The motion Picture", "Wrath of Khan", "Search for Spock", "Voyage home", "The final frontier" e "Undiscoverd Country".

Além disso, assisti alguns dos seriados: Star Trek: The Original Series, Star Trek: New Generation  e Star Trek: Enterprise na íntegra. Sem contar os episódios esporádicos de Deep Space Nine e Voyager.

E é claro que eu também assisti aos novos filmes…

Mas não sou um trekkie. Não tenho o uniforme da federação, nem réplicas da Enterprise (embora eu adoraria ter uma da NCC-1701-A) e também não sei falar o idioma Klingon.

Eu curto em especial três personagens da franquia… o Engenheiro-Chefe Montgomery Scott (vivido inicialmente pelo ator James Doohan, falecido em 2005 e posteriormente por Simon Pegg nos filmes atuais). Scotty ficou marcado para mim por sempre conseguir encontrar soluções de última hora para problemas aparentemente insolúveis.

O outro personagem é o bom e velho Dr. Leonard "Bones" McCoy (vivido por DeForest Kelley, falecido em 1999 e posteriomente vivido por Karl Urban). Bones ("Magro" na dublagem brasileira) era muitas vezes o incrédulo e pessimista. Não sei se "medo" era um sentimento alimentado por ele. Mas ele, em uma situação de perigo, movia-se principalmente pelo bom senso e funcionava até mesmo como um meio termo entre o Capitão Kirk e o Comandante Spock. Além disso, ele era médico. E eu achava bem divertida a maneira dele praticar medicina.

Por fim, temos ele… Sr. Spock. O vulcano de orelhas pontudas com seu raciocínio lógico inabalável. Na série original, foi interpretado por Leonard Nimoy. Posteriormente, no reboot da série, Zachary Quinto deu luz à personagem.

Mas… sou um purista incorrigível… para mim nunca houve nem haverá outro Sr. Spock que não seja aquele que Leonard Nimoy deu vida.

Até mesmo quando ele contrariava a lógica, ele era genial… "Uma mentira?", perguntou uma vez a tenente Saavik em Star Trek II. "Não… uma escolha." respondeu ele gentilmente.

Eu me diverti muito vendo as brigas filosóficas entre Dr. McCoy e o Sr. Spock. Eu aprendi muito com a lealdade entre Spock e Kirk. Spock simbolizava a razão… a lógica… a certeza de que o 2+2=4.

E agora, o Sr. Spock se foi… Leonard Nimoy faleceu em 27/02/2015, vítima de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. O senhor Nimoy era um fumante inveterado. E isto não é nada lógico.

vida-longa

O curioso é que Leonard Nimoy teve uma carreira bem prolífica. Ator, escritor e diretor teve participação em muitos filmes e peças de teatro. Confesso que – além dos filmes de Jornada nas Estrelas – eu só sabia que ele foi diretor do filme Três solteirões e um bebê (um clássico da sessão da tarde dos anos 80). Mas além disso ele era um artista na melhor acepção da palavra: fotógrafo, cantor e compositor.

Seu último trabalho como ator – como não poderia deixar de ser, em minha opinião – foi interpretando o vulcano de orelhas pontudas em Star Trek: into Darkness.

O senhor Nimoy deixou seu legado artístico para a posteridade, sem sombra de dúvida. E além disso conseguiu eternizar-se com um gesto bem simples: a junção dos dedos indicador e médio, dos dedos anular e mínimo.

Adeus, Sr. Spock… Vida longa e próspera para o seu legado…

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...