21 de janeiro de 2017

MTG: Pre-Release de Aether Revolt

Olá pessoas, como vão?

Nos dias 14 e 15 de janeiro ocorreu o evento de pré-lançamento da nova coleção de Magic: The Gathering. A expansão Revolta do Éter (Aether Revolt) é a segunda do bloco de Kaladesh. Isto significa que novamente as mecânicas de Artefatos e Veículos predominam. Surgiram algumas pequenas mudanças no metagame do Standard e algumas cartas ganharam bastante peso (e valor).

Eu participei do evento no domingo, na loja Bazar Magic. Como sempre, fui pela diversão e não pela competição. É uma oportunidade de jogar com alguns amigos e dar boas risadas. E talvez conseguir algumas boas cartas.

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No meu pacote, não peguei cartas muito cobiçadas. O colega do meu lado foi bem melhor do que eu neste sentido… abriu um Ajani Promo e em um dos boosters, um Ajani Foil… Invejinha saudável… Vá ter sorte assim lá no inferno!

Para quem não conhece, funciona assim: você recebe no evento uma caixa contendo 6 booster (neste caso, são 4 da nova coleção e 2 da coleção anterior – Kaladesh). Além disso, você recebe uma carta “promo” com a data do evento. No meu caso, fui contemplado com “Bestiário do Vivideiro”. Não me pareceu uma carta promissora…

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No pacote, temos também algumas firulas da coleção e um dado de 20 faces que serve para marcar pontos de vida. Após abrir os boosters e relacionar as cartas que você conseguiu, deve montar um deck com no mínimo 40 cartas usando somente as cartas que você tirou nos boosters. Este formato é conhecido como “selado”.

O legal disso é que o fator financeiro deixa de contar. Um deck no formato Standard pode atingir facilmente R$ 3 mil reais. Com o selado, você conta com o seu conhecimento do jogo, seu talento (nada mau para quem escreveu sobre isso ainda ontem, leiam meu post anterior) e talvez com alguma sorte.

Montei um deck nas cores preto e vermelho e um pingo de branco… A listinha vocês podem conferir neste link. Usei 42 cartas E tinha como plano invocar criaturas de custo baixo que pudessem tripular os veículos com mais poder de fogo. E aí… bater.

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Bom… o resultado: horrível. Joguei 5 rodadas no formato suíço. E ganhei a primeira por convincentes 2-0. Achei promissor. Mas depois fui derrotado nas 4 rodadas seguintes. Todas pelo placar de 2-1. Em número de matches o resultado foi 1-4 e em número de jogos, perdi 8 e ganhei 6. De 16 participantes, fiquei em 13º.

Valeu pela diversão… Em breve farei o vídeo com o unboxing da Bundle Pack desta coleção.

One more thing…

Ah sim… precedendo o evento uma nova lista de cartas banidas nos formatos Standard e Modern. E para minha tristeza (mas não para minha surpresa) o meu querido Mago Refletor foi banido do formato Standard…

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19 de janeiro de 2017

Talentos

“Eu sou maior do que era antes
Estou melhor do que era ontem
Eu sou filho do mistério e do silêncio
Somente o tempo vai me revelar quem sou”
(in “Maior”, Dani Black)

Bem vindos à 2017…

Resultado de imagem para 2017 escrito em areia molhadaNos últimos anos, com a chegada do Natal e Ano Novo, eu sempre tratei de publicar alguma mensagem otimista com um balanço do que aconteceu naquele ano. Invariavelmente eu pregava um tom otimista para o ano seguinte. E já tinha até uma tradição: publicar uma imagem com uma onda do mar apagando o ano que passou escrito na areia molhada. Bom… algumas tradições podem ser mantidas, não é mesmo?

Este ano eu não escrevi nada para o final de ano. Estive em férias até o início do ano. Não viajei, não fui para nenhum lugar específico. Fiz algo que há muito tempo não fazia: descansei.

Sim… tem também o fato de que talvez eu estivesse um pouco desapontado comigo mesmo. Eu não cheguei nem perto de algumas realizações que gostaria de ter feito. E Não estava pronto para ser piegas e pessimista ao mesmo tempo.

Então por esta razão, não escrevi.

Mas apesar de ter sofrido este pequeno rompante de maturidade emocional, voltei a pensar no passado, no presente e no futuro. Um exercício de flagelação pelos erros cometidos, tentando castigar-me com os atos do presente e prevendo um desastre futuro.

É… talvez eu esteja mal humorado por minha esposa e filha não estarem aqui em casa por conta das férias. Entendo que a Ana Paula precisa descansar (vida de professor não é fácil) e sei que Mariana precisa ser criança e se divertir. Mas ficar sozinho – com uma mente paranóica como a minha – nunca resulta em algo bom.

E entre dias depressivos e um trabalho pouco gratificante, andei pensando em uma palavra simples: Talento.

E claro, fiz questionamento pessimista de sempre… Tenho algum?

Lá no dicionário, encontrei que “Talento” era o nome dado a uma moeda antiga da Grécia. Encontrei também que é um substantivo masculino que se refere a um intelecto notável, que se afirma por méritos excepcionais.

Intelecto notável…

Méritos excepcionais…

Pois é… Não me acho um cara burro. Sinceramente, um cara que passou no curso de medicina dos três vestibulares mais concorridos do país (FUVEST, UNICAMP e UNESP) em sua época, que depois passou (sem estudar) no vestibular da FUVEST para o curso de Ciências Biológicas, pode ser um nerd, babaca e cagão… mas não é burro.

Mas me falta o “como”… como usar este conhecimento adquirido para – na prática – transformar meu conhecimento em algo notável… em algo excepcional.

E não é que eu queira ser o melhor… mas eu queria poder ter algum talento para me orgulhar… ser realmente bom em algo.

E observando minhas coisas, vejo que não tenho talentos. Sou um cara bem medíocre para muitas coisas.

O fato é que não ter talentos me incomoda… talvez eu tenha inveja das pessoas por conta disso. Eu invariavelmente consigo enxergar algum talento nas outras pessoas. Mas nunca em mim.

Talvez eu tenha criado expectativas muito maiores do que eu poderia realmente alcançar… o que me torna um sonhador.

Talvez eu tenha perdido oportunidades por não ter sido preparado para enxergá-las.

Talvez eu seja somente isso… e que talvez eu devesse me conformar com algumas coisas que a vida não me deu.

E provavelmente eu esteja bem depressivo.

Algo muito comum que ouço de algumas pessoas após ela me conhecerem um pouco melhor: “Puxa Ricardo… não entendo como você não vai atrás de um cargo com um salário melhor. Com a inteligência que você tem, poderia conseguir coisa bem melhor”

O problema é que eu não consigo enxergar isso… não vejo todas esta inteligência. Passar em um vestibular é sim algo bom. Mas é 98% dedicação e estudo… 1,9% talento e  0,1% de sorte.

Mas o tempo passa… todos os dias, acordamos e vemos que nesta estrada chegamos mais próximos ao fim. E que cada vez mais não conseguimos ver o ponto de partida. Eu estou neste ponto da caminhada. Ainda não vejo o fim da estrada, mas também não consigo ver o ponto de partida. E pior: não sei se estou no caminho certo.

Mas de qualquer forma, talvez eu esteja melhor do que ontem…

Pelo menos é assim que eu gostaria de me sentir para esse ano de 2017.

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