30 de janeiro de 2018

Fake News (Um Papo Qualquer #14)

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[Sobre o episódio]

A mentira é uma afirmação dita por alguém que de alguma forma sabemos que é falsa. É negar aquilo que é verdadeiro. Contar uma mentira significa que estamos enganando, iludindo, ludibriando alguém.

O problema é que nem sempre uma mentira é descoberta. E enquanto ninguém descobre sua falsidade ela é legitimamente verdadeira. Ou pelo menos alegadamente verdadeira.

No folclore popular dizem que uma mentira se torna verdade a partir do momento em que se acredita nela. Na história, Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista durante o governo totalitário de Adolf Hitler afirmou que uma mentira contada 1000 vezes se torna uma verdade.

Estamos vivendo algo que alguns chamam de “a era da pós-verdade”. Um tempo em que o que é falado, publicado, escrito, transmitido pode não ser a fiel verdade, mas talvez uma distorção muito bem elaborada que parece uma verdade.

E o nosso problema é que está cada vez mais difícil perceber quem está falando a verdade. Pior... é mais difícil ainda perceber que está mentindo.

Em tempos de mundo globalizado, isto ganha proporções enormes. Surgem as notícias e fatos que são bem duvidosos, mas que por conta da forma como são mostradas ou como são transmitidas, adquirem certo grau de confiabilidade.

Quando na verdade, não são nada confiáveis.

E o pior ainda está por vir... porque as vezes o que queremos que seja a verdade é a mentira. E não o contrário.

Verdade ou não, esta história de disseminar conteúdo de origem duvidosa (para não dizer mentirosa) se tornou um fenômeno do nosso cotidiano e ganhou um nome: as pessoas começaram a chamar isso de Fake News... o assunto desta papo qualquer.

[Links úteis para este episódio]

[Ficha Técnica]

[Nome do episódio] Fake News (Um Papo Qualquer #14)
[Publicação Original] 30/01/2018 - [Duração] [31'54"]
[Formato] MPEG-1/2 Audio Layer 3 (mp3@96kbps)
[Músicas] - “Funky Suspense” by Bensound; “Ocean” by Ehrling; “The Fat Rat” by Tasty; “Chatting”, “City Life”, “Deep Chill”, “Unity”, " são todas obtidas junto ao Free Stock Music, conforme o termo de licença de uso (End User License Agreement), tratando-se de músicas royalty-free.
(músicas licenciadas nos termos da Creative Commons)

29 de janeiro de 2018

Smashing Pumpkins - Siamese Dream (Disco da Semana #10)

Buenas,
Sabe aquele disco que transforma a sua vida e se torna o seu maior referencial, o seu disco de cabeceira? Então, vamos falar sobre o meu, hoje o cardápio do dia é um dos discos mais fantásticos e inspirados de todos os tempos, o indefectível, "Siamese Dream" do Smashing Pumpkins.

Ah! antes que vocês perguntem, por que esse disco mudou a  minha vida, ele foi o responsável por colocar uma pá de cal na minha vida de metaleiro (ouvi o disco, ainda em vinil até furar), fazendo com que eu abraçasse o chamado rock alternativo de vez. 

Com os Pumpkins encontrei tudo o que eu gostava anteriormente e além, suas letras faziam sentido pra um adolescente do alto de seus 16 anos. E sim, ainda considero "o disco" na minha discoteca básica, sua qualidade é atemporal!!!

Oriunda de Chicago e à época com sua formação original (a qual eu vi no Brasil em 1996 e ainda acho que foi um dos melhores shows da vida), o line-up da banda contava com o genial/esquizofrênico/egocêntrico Billy Corgan (voz anasalada e guitarras), James Iha (guitarras e backing vocal), a loiríssima Darcy Wretzky (baixo, backing e calças de couro) e o insano/multi-braços Jimmy Chamberlain (batera). Depois de um relativo sucesso para seu álbum de estreia, o pesado e soturno "Gish", Corgan e comparsas se entocaram no estúdio com o incrível (ainda não era visto assim à época) produtor Butch Vig que dois anos antes produzira um tal de "Nevermind" de uma tal banda chamada "Nirvana" para dar sequência aos trabalhos Pumpkianos.

O período de gravação foi muito difícil para a banda, pois o baterista Jimmy Chamberlin estava viciado em drogas e álcool. Isso afetava tanto a produção, que a banda optou por gravar o álbum longe de Chicago, pois assim Chamberlain teria maior dificuldade para alimentar seu vício. Billy Corgan estava sofrendo de uma profunda depressão na época, além do bloqueio criativo. Por isso, resolveu fazer sessões de terapia não só para ele, como também para os demais integrantes já que James Iha e D'arcy acabavam de romper um relacionamento e se desentendiam constantemente.

As consultas à terapeuta foram registradas em vídeo, e lançadas como material extra em "Vieuphoria" cerca de dois anos depois. Essas consultas tiveram conseqüências na inspiração de Billy Corgan para compor a maioria das letras de Siamese Dream, que falam sobre seu passado conturbado e suas diversas inseguranças. Dado o perfeccionismo de Billy Corgan, as sessões de gravação para Siamese Dream duravam cerca de 16 horas por dia, o que levou a banda a uma enorme exaustão e fez com que os quatro depositassem toda sua esperança no álbum. Caso este fracassasse, o futuro da banda estaria ameaçado.

Estas esperanças se concretizaram e Siamese Dream foi um álbum de muito sucesso dentro do rock alternativo, alcançando reconhecimento em âmbito internacional - inclusive alcançando boas posições dentro do mainstream - e projetando o Smashing Pumpkins como uma das bandas que chegaram para ficar. O resultado? A banda conseguiu a primeira nomeação para os Grammy Awards, na categoria "Best Alternative Music Album" e para "Best Hard Rock Performance with Vocal" no ano seguinte.
siamese dream

O álbum é de um bom gosto singular. Alterna momentos de puro esporro metaleiro (Geek USA e Silverfuck) com singelezas orquestradas (Disarm) e pérolas pop (Today) para ninguém botar defeito. Começa pesado e cheio de riffs quebrados com "Cherub Rock", e passeia por todas as variações de peso, melodia e arranjo por todo o álbum sem soar enjoativo e pedante. Se tivesse que escolher uma música para não iniciados, ficaria indeciso, mandaria ouvir o álbum todo, mas se perguntarem qual a minha predileta, responderia sem titubear: "Mayonaise".

Essa formação chegaria a gravar mais um álbum, o tão espetacular quanto "Mellon Collie & the Infinite Sadness" de 1995 e durante essa turnê de divulgação a banda sofrera um enorme baque pela morte por overdose do tecladista contratado para a turnê Johnatan Melvoin em uma festinha com o baterista Jimmy Chamberlain que após este episódio fora expulso da banda. Após a saída de Chamberlain ainda gravaram mais alguns discos, mas sem a mesma relevância mercadológica de antes e com diferentes formações, o que na minha modesta opinião, descaracterizou um pouco o som da banda, mesmo assim, todos eles são prediletos da casa, fica a dica.

A banda está na ativa até hoje e há rumores de que entrem em estúdio com sua formação original novamente. O ano de 2018 promete novidades, Corgan já vazou em seu instagram uma foto com 3/4 da banda em estúdio. Pelo visto, os ressentimentos cessaram, tomara.

Quanto a "Siamese Dream", é discografia obrigatória: ouça hoje, ouça amanhã, ouça sempre. Disco pra lá de essencial. Longa vida à Tio Chico  (Billy Corgan quando ficou careca, ficou idêntico ao personagem da Família Addams, por isso o apelido carinhoso) e suas abóboras amassadas. 

Se quiser ouvir esse discaço, clique aqui.


Fato curioso: Reza a lenda que a atual baixista (sem contar com a volta da formação original), Nicole Fiorentino, é uma das gêmeas da capa. Será? Tio Chico não confirmou, nem negou a informação (até onde me lembre).

Logo menos tem mais.

26 de janeiro de 2018

A identidade visual do UBQ

Em 2009, quando comecei de fato o blog, eu não me preocupei com o aspecto visual da página. Até então, eu fazia o site ricardomarques.pro.br e criava todas as páginas na unha. Fazia o HTML, pensava no CSS, nas imagens e tudo o mais.

Com o blog, eu apenas escolhi um layout e passei a me preocupar somente com os textos.

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O tempo passou e o blog passou a ter alguma relevância em termos de acessos. E em outubro de 2012, o blog adotou o nome “Um Blog Qualquer”, com direito ao domínio próprio. Eu não me preocupei muito com o visual, bolei uma combinação de imagens colocando as coisas que eu fazia ou então que me motivavam: escrever, medicina, livros, computadores e mais escrita.

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Por sugestão do amigo e colaborador, Michel Matias, em alguns momentos eu adotei a alcunha UBQ. E para isso adotei um logotipo pela primeira vez:

ubq

Não era exatamente um primor do design, mas ao menos o blog ganhava uma identidade. Eu basicamente tinha feito um pequeno jogo com as letras U, B e Q. Mas foi com isso que a página ganhou sua primeira identidade visual:

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Mais um tempo se passou e resolvi que era hora de me preocupar não só com o conteúdo, mas também com a forma… Apesar de toda preocupação, eu queria algo minimalista. Surgia então a logomarca do blog:

ubq

Além da marca, surgia o mascote… o bonequinho podcaster:

podcast

E com isso, finalmente a página ganhou uma identidade visual bem definida:

capa_blog

Admito que eu gosto muito deste visual. Eu unifiquei a identidade do blog, do canal do YouTube e do Podcast. Mas eu queria mostrar isso na marca do UBQ. Eu precisava refinar a ideia, tomando elementos do ínicio do blog e combinando com elementos atuais. A ideia é mostrar as mídias que o UBQ atua: textos, vídeos e podcasts.

Eu também queria colocar alguns elementos que eu utilizo na criação do UBQ… a caneta tinteiro com a qual eu comecei a escrever meus textos ainda no caderno (sim… eu sou vintage… uso caneta tinteiro até hoje). Também queria mostrar a produção de vídeos (o que justifica a presença da câmera fotográfica, pois eu uso uma Canon SX530 e não uma filmadora). E por fim, mas não menos relevante, o microfone representando o podcast. E neste caso, eu fiz questão de incluir o modelo que eu utilizo… o Shure MV5.

Então… eu repensei a marca do UBQ… e apresento a vocês o resultado final:

  • logotipo_quadrado

É claro que isto implica em uma nova identidade visual para o blog, youtube e podcast.

Então, temos para o blog:

capa_blog

Para o YouTube:

capaubq_youtube

E para o Podcast:

capa_podcast

Twitter:

capa_twitter

Facebook:

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E aí? Gostaram? Conta pra mim o que achou lá nos comentários!

Até a próxima!

23 de janeiro de 2018

Death Cab for Cutie - Kintsugi (Disco da Semana #9)

Buenas,

Novidades por aqui: Hoje eu e o Ricardo gravamos um programa pra lá de especial para o podcast do blog, o Um Papo Qualquer, onde falamos sobre música e sobre as bandas que eu resenho por aqui. O programa deve ir ao ar em aproximadamente 15 dias, mas se eu fosse vocês, ficaria esperto pra não perder, porque tá simplesmente sensacional.

Falando de resenha e de disco da semana, hoje mudo um pouco o viés saindo das bandas nacionais e indo até a mítica Seattle/EUA pra falar de uma das melhores bandas surgidas por lá pós safra de 1991 (Nirvana e afins), o Death Cab for Cutie.

kintsugi
Banda capitaneada por Ben Gibbard, o homem por trás das guitarras, das vozes e da maioria das composições, começa como um projeto pessoal e depois se expande para o formato banda, tendo em sua história algumas mudanças na formação.
Toda a discografia dos caras é pra lá de recomendada, mas hoje o foco é no último lançamento dos caras, no já longínquo 2015.
Chega de enrolação e vamos ao que interessa: 
Death Cab For Cutie - "Kintsugi".
kintsugi1

Sugestivo o título desse álbum do DCFC, "kintsugi" é uma técnica japonesa de reparo a objetos quebrados, usando ouro para corrigir o dano. Dá ao objeto um caráter único. Faz muito sentido pro momento da banda, com a saída do guitarrista/produtor Chris Walla (peça chave na concepção sonora e produtor de todos os discos até então).

Recomeçar seria uma tarefa penosa pra qualquer banda, mas esse povo de Seattle tem o seu estilo tão personalizado que nesse disco não se fazia necessário arriscar para conceber um discão. Lógico que não seria tão genial como "The Photo Álbum", de 2001, mas mostra a banda em um momento de ruptura, agora sob a batuta do produtor Rich Costey (Sigur Ròs, Muse, etc). Em "kintsugi" vemos um apanhado de todas as fases da banda, dos pianos e violões do "Codes and Keys", passando pelas guitarras do "Photo Álbum", até as melodias assobiáveis do"Narrow Stairs".

O que temos aqui é a síntese de uma banda plural, que transita com maestria entre o pop e o rock sem distinção, e que mostra acima de tudo, que mesmo sem uma das suas principais cabeças pensantes, se mostra (bem) viva e com total relevância no cenário musical mundial. Ben Gibbard com sua voz inconfundível, ainda comanda as guitarras com extrema qualidade, Nick Harmer faz o baixo ressoar com mais pressão que antes (provavelmente ja visualizando o álbum ao vivo com uma guitarra a menos), mas foi com a batera de Jason McGerr que fiquei meio decepcionado nesse disco. O outrora monstro criativo, se rendeu ao básico nesse novo trabalho. Não compromete, mas fica aquela sensação do "esperava mais".

Vamos esperar e ver o que os próximos álbuns revelam para o agora trio.  Mesmo com ressalvas, foi um dos melhores do ano (não esperaria menos), tanto que foi indicado ao Grammy de "Melhor disco de rock". Gosta de boa música, ouça ontem. Conhece a banda e ficou curioso, ouça ontem também. Trocando em miúdos, ouça ontem.

Pra ouvir o álbum, acesse este link. E caso queira comprar o álbum, você encontra uma oferta bacana acessando este link.

Logo menos, tem mais.

22 de janeiro de 2018

História das Copas – 1934/1938 (Um Papo Qualquer #13)

Está no ar um novo episódio do podcast "Um Papo Qualquer"!

[Ficha Técnica]

[Título] História da Copas – 1934/1938
[Publicação original] 02/11/2017 [Duração] 45’21’’
[Formato] MP3, 96 kpbs @ 44,1 KHz
[Participantes] Ricardo Marques (Um Papo Qualquer), Felipe Canela (Papo Canela) e Sebastian “Sebs” Bondziul (Apenas 1 Cast).
[Músicas]
-
“Funky Suspense” by Bensound; “Ocean” by Ehrling; “The Fat Rat” by The Fat Rat; “FIFA Anthem”, composed by Fraz Lambert.
- “Chatting” foi obtidas junto ao Free Stock Music, conforme o termo de licença de uso (End User License Agreement), tratando-se de músicas royalty-free.
(músicas licenciadas nos termos da
Creative Commons)

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[Resumo do Episódio]

Quando eu comecei este projeto para contar a história das copas, eu sabia que seria algo grande. Bem grande.

E mesmo antes de gravar o primeiro programa, eu estava disposto a produzir e editar todo o conteúdo... Sozinho, se necessário. Mas torcendo para alguém se empolgar – assim como eu me empolguei – em contar esta bela história do futebol.

Apresentei o primeiro episódio, divulguei por aí em grupos de podcasters e estava à procura de outros malucos bem-intencionados como eu para trabalhar junto comigo nesta empreitada.

O legal disso tudo? Eu achei outros malucos bem-intencionados... e com isso o projeto de contar esta bela história cresceu. A partir do próximo episódio , em colaboração com os podcasts Papo Canela e Apenas 1 Cast, a história das copas será contada não só por mim, mas também pelos amigos Felipe Canela e Sebastian Bondziul, além de convidados que estarão presentes vez ou outra enriquecendo ainda mais a nossa conversa.

A partir de agora você poderá acompanhar esta história parte aqui no Um Papo Qualquer e parte lá no PapoCanela. E nesta nossa tabelinha chegaremos juntos até a copa de 2018 na Rússia.

Hoje, você ainda fica comigo aqui no Um Papo Qualquer para as copas de 1934 e 1938. A partir daí você terá um episódio no Papo Canela e na sequência, um episódio no Um Papo Qualquer.

E desde já, convido você a adicionar em sua lista de favoritos tanto o Papo Canela como o Apenas 1 Cast, pois além deste nosso conteúdo sobre as copas, outros projetos estarão acontecendo por lá. Os links estarão todos lá no post deste episódio, combinado?

16 de janeiro de 2018

Medulla - Deus e o Átomo (Disco da Semana #8)

Buenas,

Se tem uma banda que ganhou Ibope comigo em 2017, essa banda foi o Medulla, principalmente pelo lançamento do último disco deles, o estupendo "Deus e o átomo". Eu sei que já tá tarde pra falar de um disco que saiu no segundo semestre de 2016, mas nunca é tarde pra se exaltar uma obra-prima, e é assim que vejo (na verdade ouço) esse discaço dos caras.

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Evolução direta da coletânea de compactos "MVMT" que ajudou a banda a pavimentar esse belo caminho em busca da sua própria excelência.

Lançaram um disco conceitual sobre a dicotomia iluminista que tem Deus em um polo e a razão (o átomo, a ciência, o mundano) no outro e conseguiram fazer algo espetacular. Do bom gosto absurdo no convite aos convidados à produção/mix&master pra lá de caprichada do Toledo e Leonardo Ramos (da Supercombo) e Fernando Martinez.

Nessa empreitada (o primeiro disco cheio em muito tempo), os caras contam com as composições/vozes/violões dos irmãos Keops e Raony, com a guitarra monstruosa de Alex Vinicius e Tuti AC no baixo para pôr na praça 13 canções irretocáveis e tão díspares quanto o paradoxo que nomeia o disco.

O Medulla circula pelo rap, pelo folk e pelo rock com a segurança de quem sabe exatamente onde se quer chegar musicalmente.  Fizeram um disco tão bem feito que leva a dicotomia ao pé da letra até em sua sonoridade: da leveza de "Abraço" (com um solo de derreter corações de pedra do grande Martin Mendonça), a bruteza do hardcore em "Prosseguir", tudo é feito de maneira singular.

medulla
O caminho entre esses dois extremos nos revela uma variedade que poucas bandas podem nos fornecer e ainda manter a própria identidade, e isso o Medulla tem de sobra. As letras, cada vez mais, sintetizam as relações humanas, seus medos, anseios e percepções do mundo de maneira pra lá de direta, sem mimimi e fazem do Medulla, um dos melhores cronistas do nosso cotidiano.

Escolher só uma música pra representar essa nova fase, é impossível e injusto. Tudo aqui merece ser devorado e decorado pra se cantar a plenos pulmões (não vejo a hora de vê-los ao vivo com esse álbum) pelo maior número de pessoas possível. Só há uma maneira de se fazer justiça a esse discaço: ouça hoje, ouça amanhã, ouça sempre, e bem alto. Pra lá de obrigatório, fundamental.


Caso tenha interesse pelo álbum, ele pode ser adquirido através deste link.

Logo menos, tem mais.

15 de janeiro de 2018

Séries dos Anos 80 que amei (Um Papo Qualquer #12)

Está no ar um novo episódio do podcast "Um Papo Qualquer"!

[Ficha Técnica]

[Título] Séries dos Anos 80 que amei
[Publicação original] 14/01/2018 [Duração] 43’23’’
[Formato] MP3, 96 kpbs @ 44,1 KHz
[Músicas]
-
“Funky Suspense” by Bensound; “Drive along the sunset” by Mark Tyner; “Special Spotlight” by Kevin MacLeod.
- “Chatting”, “City Life”, “Deep Chill”, “Unity”, " são todas obtidas junto ao Free Stock Music, conforme o termo de licença de uso (End User License Agreement), tratando-se de músicas royalty-free.
(músicas licenciadas nos termos da
Creative Commons)

012

Parte da minha infância, minha adolescência e quase o início da minha vida adulta aconteceu na década de 80.

Foi um período de grandes mudanças culturais e também um período em que descobri parte do mundo que me cerca. Descobri filmes, músicas, desenhos animados, histórias em quadrinhos, mangás, animês, a coleção de playboys do meu irmão, o início da minha própria coleção de playboys...

O que me lembro com muita frequência desta época são as séries de tv que foram transmitidas na época. Aquelas séries de TV que faziam sucesso nos EUA e foram trazidas para cá como enlatados. Provavelmente negociados junto com os pacotes de filmes comprados pelas emissoras.

Por serem encarados como produtos menores, as séries nunca tiveram aqui no Brasil um tratamento respeitável. Não era incomum os episódios serem cortados para se encaixarem na grade horária, ou então exibidos fora de sua ordem cronológica, ou ainda simplesmente interromperem ou mudarem seu horário de exibição sem prévio aviso.

Com isso, dificilmente você conseguiria acompanhar uma série do começo ao fim na década de 80. Ainda não existia por aqui a TV por assinatura, mas ainda assim, foi possível acompanhar algumas das séries desta época.

Confesso que algumas delas ficaram registradas em minha memória emocional e isso não quer dizer que elas eram boas ou ruins. Mas digo a você que de alguma forma elas marcaram época e criaram em mim um sentimento nostálgico bacana.

E eu vou dividir aqui com você as algumas destas séries que me marcaram.

[Links úteis para este episódio]

Nas dicas desta semana eu recomendei dois podcasts:

13 de janeiro de 2018

Canais que são vitrines de produtos (Um Papo Qualquer no YouTube #10)

E estamos de volta com um novo vídeo da série “Um Papo Qualquer”!

E um assunto que me incomodou nesta semana foi o desabafo do YouTuber Felipe Becker sobre as críticas que ele recebeu sobre o seu conteúdo.

Em determinado momento do vídeo, ele declara que as pessoas que o criticam por fazer vídeos patrocinados possuem todos uma mentalidade retardada (ou expressão equivalente) por não entender que o trabalho dele é válido e importante.

Neste vídeo, eu coloco minha opinião sobre os canais que assumem esse papel de vitrine de produtos, mas que se travestem como um canal de tecnologia. Já deixei claro no vídeo, mas não custa reforçar... não vejo problema na produção deste tipo de conteúdo.

O que eu vejo problema é o produtor mascarar seu conteúdo, tentando dar uma outra conotação para aquilo que produz. Quando na verdade, o que temos é uma bela vitrine de produtos, no melhor estilo do extinto ShopTour ou então como as propagandas da Polishop...

Seja como for, a internet é um lugar bem grande. Há espaço para todos. Claro que o canal dele tem público e como já disse, a produção é muito bem feita.

Só não é legal esse travestimento de canal de tecnologia, quando o canal é apenas uma vitrine para vender produtos e fazer com que seu produtor seja comissionado por isso.

É claro que esta é uma opinião e com certeza existem outras visões sobre o assunto. Qual é a sua opinião? Deixe nos comentários!

11 de janeiro de 2018

Talvez eu esteja depressivo… Em busca do meu Ikigai

NOTA DO EDITOR: Este é um daqueles textos intimistas e reflexivos que escrevo quando não estou muito bem comigo mesmo. Se você não gosta do estilo… pule e aceite minhas desculpas.

Se você topa ler, então vamos ao texto… e obrigado pela atenção!

Há poucos dias eu conheci esta palavra diferente: Ikigai.

ikigai

Eu confesso que não conhecia e tampouco sabia o seu significado. Para começar, Ikigai é de origem japonesa. É a derivação das palavras IKIRU, que significa “viver”, com KAI que significa “realização do que se espera”. E juntas… temos a definição de IKIGAI: a ideia de ter um propósito de vida.

Antes de falar do Ikigai propriamente dito, preciso compartilhar algumas frustrações e pensamentos com você.

Como você deve estar cansado de saber, 2017 não foi um ano fácil para mim. Na verdade, toda confusão se iniciou lá pela metade de 2016. Era um tempo em que eu não tinha todos os meus sonhos e desejos realizados. Mas estava – digamos – remediado.

Saí de um escola relativamente tranquila para tentar uma escola menor e mais tranquila. Deu errado. Fui parar em uma escola bem maior e com muitos problemas… desde a gestão, quanto à estrutura, quanto às pessoas. Uma escola ruim.

Cansado de tudo aquilo, tomei a decisão de sair. Acreditei que estaria em uma escola com menos problemas e por ter menos responsabilidades eu imaginei que estaria em um lugar mais tranquilo.

E de novo eu me enganei… havia um grande ressentimento por eu simplesmente ter largado a escola para ser gerente em outra. Havia uma grande medo de – pelo fato de eu ter sido gerente – quisesse impor meu modo de trabalho ou ainda tomar o lugar das pessoas. Havia ainda um sentimento de não pertencimento. Como deixaram claro mais de uma vez, eu não fazia parte daquele lugar.

Aí, pirei… fiquei mal. Fiquei desorientado. A insônia, ansiedade e angústia eram presenças constantes. Percebi que precisava de ajuda. Fui afastado do trabalho pois precisava respirar. Precisava entrar nos eixos…

Fui para uma nova escola. E curiosamente, ali tomei o cuidado de perguntar, questionar. Ter certeza de que ali eu não seria um peso. Aparentemente não era…

Então eu fui…

Mas de novo, eu me enganei. Desta vez, era um clima mais ameno. Não havia ressentimento, mas ninguém estava disposto a aceitar as ideias de alguém de fora. De novo fui relegado à tarefas de pouca expressão ou importância. Fui colocado em tarefas que já eram feitas por outras pessoas, apenas para ocupar meu tempo.

De novo… eu era um peso morto.

Eu já perguntei para um médico psiquiatra de modo direto: eu estou com depressão? A resposta foi “não”. Mas aquilo que restou em mim do estudante de medicina insiste em não concordar… eu vejo em mim os sinais de uma depressão.

  • Meu sono está desregulado… eu não durmo… eu tenho pequenos cochilos. E normalmente acordo assustado com algo.
  • Minha alimentação está maluca… não é correto alguém se alimentar de pão e queijo o tempo todo. Só pão e queijo…
  • Baixa auto-estima… sim… eu ando me sentindo um bosta.
  • Pessimismo exagerado
  • Total falta de concentração
  • Ansiedade… ou sirucuticos… como preferir
  • Compulsivo… tomar uma coca cola 2L sozinho por dia não é normal.
  • Sentimento de incapacidade para fazer as coisas

Eu já deveria ter voltado a trabalhar… ainda não o fiz. E não tenho uma boa razão para isso. Eu deveria ter organizado a casa e também não o fiz. Eu estava com planos para gravar meus vídeos, fazer minhas coisas… nada fiz. Apenas prostrei-me e fiquei passivo a tudo que está passando ao meu redor.

Para ajudar, estou em casa sozinho. Apenas eu, os gatos e o cachorro. Minha esposa foi viajar com a minha filha. Então o dia em geral é silencioso. Quando muito… converso com os filhotes.

Sinceramente? Eu acho que estou sim com uma tremenda depressão.

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Não sou médico… então não posso afirmar isso.

O pior desta doença é o fator social… quem não tem, acha que quem tem está simplesmente com frescura. O que não é verdade… eu não gostaria de ninguém no meu lugar neste momento. Ninguém. Nem meu maior desafeto (usei “desafeto”, porque acho que não tenho inimigos…).

Bom… e o que o meu pretenso estado depressivo aqui tem a ver com o Ikigai?

Andei lendo sobre o tema. Descobri que o Ikigai não é somente uma palavra com significado, mas sim a síntese de uma filosofia. E já que Ikigai em síntese significa encontrar uma razão para viver, isso é o que estou procurando no momento… as razões para viver que me tirem deste buraco que me sinto.

Além disso, as coisas são um pouco mais complexas… porque não basta apenas conhecer as razões para viver, mas colocar em prática as coisas que levam a termo estas razões.

E é aí que a coisa tá pegando…

Em seu início, a ideia do Ikigai lhe propõe 4 perguntas:

  1. O que você ama?
  2. No que você é bom?
  3. O que o mundo precisa de você?
  4. Pelo que você pode ser pago?

Confesso que a última pergunta me soa estranha… mas de certo modo é coerente. Você precisa de meios para viver. E viver implica em se situar no mundo em que vivemos. Um mundo em que temos contas a pagar. Em que precisamos pagar por produtos, serviços, comida… Eu não pretendo morar em uma floresta praticar o modo de produção coletivista. Então, é natural que pensemos em ter uma remuneração para poder arcar com as despesas…

Afinal de contas, faz sentido pensar naquilo que pode gerar recursos financeiros para você.

A partir das respostas é que você pode pensar em como balancear suas paixões, com sua missão, com sua profissão e com sua vocação.

No meu caso, tenho certeza que a coisa está num grande desequilíbrio…

Graficamente, o Ikigai funciona mais ou menos assim:

ikigai-o

Se você observar o gráfico, verá que algumas regiões mostram as sensações não boas: inutilismo, pobreza (não estou falando da pobreza material), incertezas e vazio.

Estas áreas estão associadas com outras sensações: conforto, excitação, satisfação e plenitude.

Eu fiquei olhando para este treco um bom tempo… tentava entender o conceito, responder as perguntas iniciais, para quem sabe encontrar um eventual caminho.

“Paixão”, “Missão”, “Profissão”, “Vocação” eram conceitos claros para mim há muitos anos atrás… hoje são complexos, confusos, incomodam.

Eu não sei que ponto do meu caminho eu estou. Mas sei que estou muito confuso.

Mesmo aquelas quatro perguntas iniciais que deveriam ser óbvias em suas respostas, não estão tão óbvias assim. Claro que amo minha família. Mas só o amor por eles não vai me tirar deste ponto. Eu achava que era bom em muitas coisas. Com o tempo, percebi que existe uma grande diferença entre ser bom e ser esforçado. Eu não tenho a menor ideia do que o mundo precisa de mim (hoje acho que nem a leitura diária do Diário Oficial)…

Eu sei que tenho que encontrar as respostas para aquelas perguntas. Eu preciso encontrar um ponto de equilíbrio e pensar em seguir com a vida.

Mas também sei que algo não está bem. Algo está muito errado.

E eu não estou conseguindo me concentrar na solução… apenas no problema.

Bom… era isso. Obrigado se você chegou até aqui. 

10 de janeiro de 2018

Sault Ste. Marie - Press & Drizzle (Disco da Semana #7)

Buenas, povo.

Hoje vou falar de uma banda que até hoje não tinha achado informação nenhuma (e continuo sem tantas informações sobre eles, mas vamos lá), não sei se é canadense ou estadunidense, mas se chama Sault Ste. Marie.

O nome da banda é o mesmo de uma cidade canadense e sobre a cidade temos várias informações pela internet.

Bom, vamos ao disco.

"Press & Drizzle" foi lançado em 1999 por algum selo indie e pelo visto não teve divulgação alguma, pois não há nem resenhas sobre o disco em nenhum lugar que pesquisei, o que é um desperdício, porque este é um discaço!!!

press_and_drizzle
Conheci a banda por meio de um amigo de longa data, que me disse haver comprado o disco numa barraquinha em algum festival que já não me recordo e que não tinha pago nem R$ 20,00 pela pérola. Consegui convencê-lo que me emprestasse porque já estava na ânsia de ouví-lo de tanto que ele falou desse bendito disco.
E gente… que viagem!!!

Não se nota baixo nas músicas da banda, provavelmente sejam um duo (guitarra e bateria), e pelo som que eles conseguem tirar, nem se faz necessário. Guitarra suja em boa parte das vezes, mas quando tocada limpa, tem a mesma pegada de quando distorcida, a bateria por sua vez lembra aqueles músicos de jazz das antigas, a improvisação corre solta, o batera é quem mais viaja e se destaca no som da banda.

Provavelmente esse álbum foi gravado na garagem, ao vivo e em um take apenas, coisa de banda que quer apenas registrar as ideias, pra uma futura gravação decente. O problema é que nesse disco, a crueza e a rusticidade fazem dele ainda mais genial. Chega a haver alguns "desafinos", dissonâncias, mas todos esses "poréns" dão um charme ainda maior ao álbum.

Estruturas complexas, tempos quebrados, compassos esquisitos, vozes bacanas, ótimos instrumentistas, ou seja, discaço.
É disco pra ouvir de cabo a rabo, não da pra ouvir picado, simplesmente se jogue de cabeça nessa incrível viagem jazzyrocker.

Indispensável, ouça ontem.

Para ouvir o álbum acesse: Spotify

Logo menos, tem mais.

9 de janeiro de 2018

Vamos começar o ano de 2018? - Um Blog (Vlog?) Qualquer #30

E cá estamos com o primeiro vídeo publicado em 2018!

Resolvi fazer um vlog um pouco mais extenso que funcionasse como abertura do canal no ano 2018. Aqui contei sobre o que já comecei a trabalhar para esta semana e também os projetos que vou colocar no blog, no podcast e também no canal.

Por falar em trabalhar... eu comento um pouco sobre o meu momento profissional ruim, onde não estou bem com meu trabalho. Talvez seja um assunto que renda outros vídeos.

Comentei também sobre o Golden Globe abrindo a temporada de premiações na indústria de cinema e seriados nos EUA. Outra notícia foi o anúncio de que a CES 2018 começa ainda nesta semana.

Não podemos nos esquecer também que semana que vem tem pré-lançamento de Rivais de Ixalan e que ainda faremos vídeos sobre o assunto no canal.

Ainda falei um pouco sobre a questão dos publieditoriais e de como alguns canais abandonaram sua proposta original para se tornar vitrines de vendas. Isso também renderá assunto para um vídeo específico.

Eu também sugeri dois livros e uma série na Netflix como dicas de consumo.

E por fim, comentei algo sobre meu sonho de levar minha filha para conhecer o mar... foi muito legal realizar isto.

Enfim, bastante coisa para um único vídeo, mas espero que gostem. Críticas, comentários, sugestões sempre serão bem-vindas!

Abraço!

7 de janeiro de 2018

Você é feliz no trabalho? (Um Papo Qualquer #11)

E retomamos os trabalhos para 2018… Está no ar um novo episódio do podcast "Um Papo Qualquer"!

[Ficha Técnica]

[Título] Você é feliz no trabalho?
[Publicação original] 07/01/2018 [Duração] 23’42’’
[Formato] MP3, 96 kpbs @ 44,1 KHz
[Músicas]
-
“Funky Suspense” by Bensound; “Drive along the sunset” by Mark Tyner; “Special Spotlight” by Kevin MacLeod.
- “Chatting”, “City Life”, “Deep Chill”, “Unity”, " são todas obtidas junto ao Free Stock Music, conforme o termo de licença de uso (End User License Agreement), tratando-se de músicas royalty-free.
(músicas licenciadas nos termos da
Creative Commons)

011

E começamos o ano com um episódio mais introspectivo. Para você que acompanha meu trabalho, sabe que vez ou outra eu publico alguns conteúdos mais intimistas. Um desabafo, uma reflexão, uma revolta…

Desta vez, quis falar sobre minha insatisfação. De uns tempos para cá eu não tenho me sentido feliz no trabalho. E isso me fez pensar em quais elementos – na minha opinião – são indispensáveis para estar bem no trabalho?

Esta reflexão levou a criação deste episódio que apesar de curto é bem denso em seu conteúdo.

Deixe nos comentários suas impressões… sua opinião, crítica. Ajude-me a entender tudo isto.

[Links úteis para este episódio]

2 de janeiro de 2018

My Vitriol - "Finelines" (Disco da Semana #6)

Olás,

Feliz 2018, povo!!!

Bora falar de música boa?

Pra quem acha que músicos indianos só tocam as músicas da novela global ou aquele som que o Khaled faz, aqui vai um verdadeiro soco na boca do estômago, os Anglo-indianos do MY VITRIOL.

vitriol
Banda de rock alternativo de Londres, Inglaterra. O nome da banda, que muitas vezes é mal interpretado (traduzindo ao pé da letra soaria como "Minha Causticidade"), é retirado do romance Brighton Rock de Graham Greene. A banda que se formou no fim da década de 90 é sempre creditada com o início de uma nova onda Shoegaze na Inglaterra, assim como o Mew, o Radio Dept e o Silversun Pickups entre outros.
O line-up atual é composto por Som Wardner (vocais, guitarra e letras), Ravi Kesavaram (bateria), Seth Taylor (guitarra) e Laura Claire (baixo). Tanto Som, quanto Ravi são de famílias indianas, o que não é nenhuma novidade em Londres.

A banda teve sucesso no início dos anos 2000 com 3 singles e um álbum no Top 40 britânico, antes de anunciar a interrupção na auge do seu sucesso. O grupo começou a lançar material novo de novo em 2007.

Feitas as devidas apresentações vamos falar de "Finelines" o primeiro disco oficial dos caras.

finelines
Na última semana de 1999, a banda assinou um contrato com a Infectious Records, lar de outros artistas renomados, tais como "Ash" e "Garbage". Seu primeiro single sob este novo selo foi "Losing Touch".

Esse "Finelines" é uma cacetada. Totalmente diferente do que se fazia na Inglaterra neste período, retornando onde grandes bandas como My Bloody Valentine e Ride pararam. Não há como traçar paralelos com nada atual. Ao mesmo tempo que é distorcido e cheio de efeitos (como toda banda Shoegaze deve ser), é hipnótico e te leva para outros estados mentais. Sério mesmo.

O disco é curto, são 41 minutos de ótima música. Não tem uma música no disco que se destaque mais do que as outras, tendo a mesma importância para a unidade do mesmo, desde a mais pop "Always: Your Way" (que de pop não tem nada) até a instrumental de quase 6 minutos chamada "Tongue Tied"  (pra mim a melhor do disco). O disco deve ser colocado pra ser tocadao na íntegra. A produção é primorosa, todos os efeitos estão onde devem estar, há peso, muito peso nas guitarras, o baixo é de uma pressão descomunal, a batera é bruta e não deixa espaços, enquanto a voz está na hora certa no lugar certo, não há desperdício neste disco, tudo é cirurgicamente bem colocado.

É a melhor viajem entre dois pontos, de "Alpha Waves" à "Windows & Walls" sem escalas, boa viagem com o My Vitriol.

Se quiser escutar, veja o clipe…

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