6 de março de 2019

Estamos de Mudança!!!

Tudo evolui… tudo muda.

A história é antiga e já foi contada aqui de uma forma ou de outra por algumas vezes. Mas a história do UBQ de certa forma se confunde (principalmente no início) com minha história pessoal.

Desde 1996, quando eu criei a primeira versão da “Página Pessoal do Ricardo Marques”, eu sempre busquei criar um conteúdo próprio. Uma época em que conexões discadas, a guerra dos navegadores, GIF’s animados e HTML eram as notícias vigentes.

O tempo passou e depois de algumas mudanças estruturais, eu finalmente cheguei ao formato de uma página do tipo Blog. Um blog sem nome… um blog de opinião, informação, um pequeno espaço para a manifestação livre.

Não importava o assunto, não importava o tema, em minha concepção, o blog deveria funcionar como uma tribuna onde as pessoas pudessem expressar suas opiniões e ideias, gerar o debate pela análise dos fatos, pela discussão das ideias.

E apesar de a blogosfera ser um espaço imenso, eu sonhava em ter um blog escrito por vários autores, com várias (e diferentes) ideias. E desde 2009, venho alimentando com textos e outros conteúdos este blog. Que quando surgiu, sequer tinha um nome. Era apenas um blog qualquer.

E foi com essa ideia na cabeça que em 2012, o blog ganhou sua identidade. Ele de fato se tornava o “Um Blog Qualquer”, que pouco tempo depois ganhou o carinhoso apelido de ‘UBQ’ do nosso amigo e autor Michel Vieira.

Aliás, muito tempo depois, alguém me alertou sobre a sonoridade da sigla.. ‘UBQ’ em inglês pode ser pronunciado como algo parecido com “iubiquíu”, que por sua vez tem uma sonoridade com outra palavra em português: “Ubíquo”.

E é curioso pensar que a ideia do UBQ sempre foi essa… uma difusão de ideias que se expande por qualquer parte. Confesso que achei graça na hora, mas depois vi que sem querer, “Um Blog Qualquer” seria o nome perfeito para o meu projeto.

Um projeto que ganhou leitores, amigos e colaboradores. Por aqui, pude contar com o talento de pessoas sensacionais que gentilmente cederam parte de sua genialidade para os textos no UBQ. E hoje, de certa forma posso afirmar, o UBQ é plural. Pois temos não só minha opinião e ideias, mas também de outros loucos que adoram pensar.

E a eles eu terei um dívida de gratidão eterna.

Aos poucos, ganhamos um espaço virtual próprio… a “Redação UBQ” – nosso pequeno espaço de discussão que geram parte das ideias que são publicadas por aqui.

E – caramba – já se vão quase 10 anos que estamos por aqui!

Em 23/04/2009 eu fazia a primeira mudança: a separação do blog e do site. Até então, o blog vinha sendo hospedado no serviço “Windows Live Spaces” (descontinuado pela Microsoft em 2011). Resolvi adotar a solução da Google para usuários domésticos e com isso ingressei no Blogger. Era o começo de uma história…

Com o tempo e novos autores, o blog ganhou novos ares e eu trabalhava intensamente no layout da página. Por muito tempo, o UBQ assumiu um layout essencialmente neutro, todo branco com poucos detalhes em gradientes de cinza.

Nestes 10 anos de plataforma Blogger, o UBQ cresceu. Para se ter uma ideia, nos primeiros meses, a audiência era literalmente um traço. Isto mesmo: nenhum leitor. Isso foi mudando com o passar do tempo.

Hoje, temos algo entre 3000 e 4000 acessos mensais. São quase 130 mil page views e nossa audiência alcança até mesmo outros países (temos leitores no Japão e Estados Unidos). É muito legal ler comentários que chegam e ver o engajamento de boa parte da audiência.

É bacana… bacana mesmo.

Bom, e agora, após 10 anos, criei coragem para um novo desafio. Esta é a última postagem do UBQ em sua casa atual. A partir de agora, o UBQ migrará o seu site para a plataforma WordPress. Um desejo antigo, sempre adiado pela questão financeira e também pelo conforto em usar o Blogger por tanto tempo.

Mas – como eu disse lá no início – tudo muda… tudo evolui. E esta evolução se faz necessária. Algumas coisas que gostaríamos de implantar no UBQ necessitam de uma solução mais robusta. E o Blogger, apesar dos bons serviços prestados, não poderá nos atender nesta nova jornada.

E graças a uma parceria, o UBQ ganhou um serviço de hospedagem (explicarei isso com mais detalhes em outra publicação) e terá seus novos conteúdos publicados no novo site. O endereço permanece o mesmo: www.umblogqualquer.com.br, mas algumas mudanças visuais serão inevitáveis.

No princípio, iremos migrar a estrutura principal do site e publicar os novos artigos por lá. Posteriormente, faremos a migração dos textos antigos para o novo layout. Claro que fico bastante preocupado, porque é uma migração massiva de mais de 600 textos, com imagens, links e referências.

E por isso contarei com a compreensão de todos neste período de transição. Provavelmente teremos alguns problemas com layout, formatação, mas que aos poucos iremos consertando, até que tudo fique no lugar correto.

A versão anterior do UBQ permanecerá ativa até a conclusão da migração, que não tem prazo para terminar. Mas – olhando o lado positivo – terei a oportunidade de revisitar alguns textos maravilhosos que surgiram nestes anos.

Então é isso… o próximo texto do UBQ já será no site novo. Até lá, peço um pouco de paciência e caso queira, entre em contato conosco pelo contato@umblogqualquer.com.br.

Meus sinceros agradecimentos a todos… leitores, autores, amigos.

Obrigado!

27 de fevereiro de 2019

O Rappa - "Lado B, Lado A" (Disco da Semana #52)

NOTA DO EDITOR: em razão da interrupção extraordinária das atividades do UBQ na semana em que ocorreu o falecimento do jornalista Ricardo Boechat, alguns textos tiveram sua publicação postergada. O editor agradece a compreensão da ‘Redação UBQ’ e também dos nossos leitores.

Buenas,

Nesses meus dias de férias, talvez pela localização, ou por quantidade de gente, o sinal da internet era escasso e por isso fiquei meio afastado do mundo, mas foi colocar os pés em São Paulo novamente para  ter uma notícia que me pegou de surpresa e entristeceu-me um bocado: A morte do grande Marcelo Yuka. Baterista mediano, mas letrista e cronista pra lá de feroz do cotidiano do Rio de Janeiro, além de ser um dos caras mais lúcidos e cientes das causas sociais brasileiras, o que já fazia dele um dos prediletos da casa.

Eram dele as letras mais contundentes d'O Rappa até seu infortúnio ao tentar escapar de uma tentativa de assalto em 2001, o que além de sua lesão, custou a sua saída da banda.

Após a sua saída, a banda continua relevante no cenário nacional, mas suas letras nunca mais tiveram o mesmo impacto. A banda virou uma versão de si mesma, não que isso fosse ruim, pelo contrário, mas faltava a eles um "que" a mais, mostrando que o ex-baterista era o elo mais forte dessa corrente.

Esse disco produzido por Chico Neves e Bill Laswell mostra uma banda mais madura e consolida o discurso social dos cariocas, mostrando o descaso com as periferias, além da melhor e mais profícua fase instrumental dos caras.

Pesado, experimental, panfletário, mas sem deixar de ser popular. Temos aqui a banda em seu auge criativo, onde praticamente mais da metade do álbum se transformou em singles (na verdade em hinos) e passou a ser parte preponderante em seus shows. O apoio e a transmissão maciça de seus clipes na MTV e o uso das faixas "Tribunal de Rua" e "Lado B, Lado A" na trilha sonora dos filmes "Tropa de Elite" também ajudou a alavancar o álbum a um status de clássico, figurando em quase todas as listas de maiores álbuns brasileiros de todos os tempos.

As letras mostram o cotidiano da periferia carioca em um momento político complicado para a cidade (e por que não… do país todo?). Todas as críticas viram verborragia na poderosa voz de Marcelo Falcão que é acompanhada  por uma banda pra lá de afiada.

Da cozinha pesada de Yuka e Lauro Farias, às guitarras de Xandão e os efeitos e beats do tecladista Lobato e do convidado essencial (quase um 6º membro da banda) DJ Negralha, mostram a disposição dos caras em criar um clássico.

Os produtores conseguiram tirar da sonoridade da banda  algo que os transformara em plural, mesmo tendo um caldeirão de referências, a identidade da banda se solidifica, se transforma em algo único. Um dos discos mais indispensáveis da nossa discoteca básica nacional.

Após sua saída, Yuka ainda teve tempo de formar uma outra banda, a F.Ur.T.O., mas sem a mesma repercussão de seu trabalho anterior.

Que a obra de Marcelo Yuka e o Rappa seja exaltada, não só como música, mas como um retrato crítico do Rio de Janeiro, feito por alguém que soube como ninguém escancarar o que a mídia sempre fez questão de esconder.

Vá em paz Yuka… sua música e seu legado serão eternos.

Para ouvir esse clássico, clique aqui.

Logo menos tem mais.

26 de fevereiro de 2019

Apex… Lava mais branco? (#BoraJogar)

Fala rapaziada do UBQ… Belezura? É o seguinte: estou enrolando, me segurando, me impedindo mas não deu… vim aqui falar de APEX o novo game da EA. Aliás, gratuito.

“Gratuito!?!?!?! Como assim EA?!?!?!?”

[ A história ]

Basicamente, Apex é um Battle Royale em primeira pessoa e ambientado no universo de Titanfall.

O jogo saiu tem pouco mais de 3 semanas e já virou febre entre os streamings que antes ficavam alternando entre Fortnite, Freefire e Overwatch. Falando dele propriamente dito, segue basicamente aquele esquema onde o ultimo deve sobreviver.

Como em qualquer jogo estilo Battle Royale. A diferença aqui está no fato em que você começa em um “squad” com 3 pessoas, então não é algo que – inicialmente – vira um “salve o próprio rabo” e já era.

Com a mecânica de time tudo muda, a estratégia fica mais complexa porém tem alguém cobrindo seus fundilhos. Não que o time precise estar inteiro para ganhar, apenas um estando no final traz a vitória para o time… mas time unido no começo e no fim é mais legal.

Falando no time são 6 personagens iniciais para você começar e 2 a serem abertos. Cada personagem tem uma característica de jogo, habilidade e poderes a serem utilizados em prol do time e da estratégia de sobrevivência e – aproveitando esse gancho – o próximo paragrafo começa minha opinião como gamer sobre este jogo...

Pois é… não falarei do game, mas… tem o que falar? Então, darei minha opinião na caruda mesmo.

[ Opinião… vale a pena? ]

O Jogo é no universo de Titanfall e você não vê um caspito de um Titan… nem mesmo no cenário. Aí, os caras criam vários personagens, cada um com um poder muito “inspirado” (notem as aspas, pra mim foi quase que plágio) em Overwatch e não para por ai.

Os personagens, os poderes, o estilo de jogo, lootbox, sem falar do esquema de customizar o personagem… o jogo é na pegada mais clássica de battle royale onde PUBG manda lembranças, só faltou a frigideira.

Eu, PH, também acho que eles beberam de uma fonte chamada “Borderlands” para a criação do cenário e na pegada das armas e armaduras normais, azuis, rochas… tipo a forma como elas caem no chão, as cápsulas onde você as pega… muito Borderlands. Até um dos personagens que você joga é um robô que tenta puxar um carisma a lá “Claptrap”.

Some tudo isso e você terá a mecânica do jogo que faz um pouco de cada coisa e no fim, na minha humilde opinião, não entrega nada bom…

“Ah claro, o game é gratuito você esperava o que PH?”

Esperava pelo menos algo que me fizesse jogar mais do que 2 ou 3 dias e não foi isso que aconteceu.

“Mas, PH… Cadê a parte que você comenta da história do jogo… os detalhes… as curiosidades?”

Sei lá! A EA não deu nada disso para os jogadores… deu um sistema já conhecido com elementos já conhecido de outros games. A única coisa que eu entendi (e posso estar realmente errado) é que se passa depois de Titanfall e só isso.

Virou febre, mó galera jogando, “streamando”, falando, comentando, mas para este humilde jogador aqui… o jogo não vale nem a banda de internet para baixá-lo.

É isso… “haters gonna hate but that’s how life it is”, diria o poeta.

Abraços.

25 de fevereiro de 2019

Mais rápido ao seu destino (Amarelinhas Expresso #1)

NOTA DO EDITOR: em razão da interrupção extraordinária das atividades do UBQ na semana em que ocorreu o falecimento do jornalista Ricardo Boechat, alguns textos tiveram sua publicação postergada. O editor agradece a compreensão da ‘Redação UBQ’ e também dos nossos leitores.

Esta semana, voltei a minha rotina normal de trabalho. Mais uma vez, estou usando o transporte público que dá nome e inspiração aos textos aqui no blog. Mas, nesta semana fui surpreendido. Por isso, a mudança do título e do conteúdo deste texto.

Agora, alguns dos ônibus troncais (amarelinhos), que trafegam entre os terminais urbanos de transporte, receberam um adesivo com a palavra “Expresso” de forma estilizada. E pelo nome, já dá pra imaginar sua função... estes ônibus terão a função, de somente fazer paradas nos terminais, com a finalidade de agilizar o transporte.

O Amarelinho Expresso, só vai parar em uma única parada que não pertence aos terminais. Esse ponto está localizado em frente a Rodoviária da cidade e que – coincidentemente – é a parada que eu pego o ônibus.

Por isso, em homenagem a esse grande momento, farei textos paralelos a coluna principal, mas com textos breves menos sofisticados, mais rápidos, apenas reflexões, ou seja… ‘Expressos’.

Inauguro então as crônicas ‘Amarelinhas Expresso’, explicando o título.

Esses dias fiquei muito emocionado. As mortes em Brumadinho, a dos meninos da base do flamengo e de Ricardo Boechat, me deixaram chocado. A morte é algo ainda inevitável e  é o destino de todos.

Mas por que alguns tem que chegar mais rápido ao seu destino, sendo que seu legado poderia ser bem maior?

24 de fevereiro de 2019

Mobile World Congress 2019 (MWC 2019)

No mundo da tecnologia, a Mobile World Congress é um dos maiores eventos a ser considerado. Em uma tradução livre, seria algo como “Congresso mundial de Mobilidade”… mas para nós, mais íntimos, trata-se da MWC Barcelona 2019.

[ Um pouco de história ]

Organizada pela GSMA, o evento é realizado desde 1987. Na ocasião, a MWC era conhecida apenas como GSM World Congress. Mas quem diabos é a GSMA?

A GSMA (Global System for Mobile Comunications Association) é uma entidade formada por representantes das principais operadoras de telefonia móvel em nível mundial. Atualmente ela congrega cerca de 1200 operadoras. Sua formação aconteceu em 1995, mas desde 1987, uma carta de intenções já havia sinalizado a formação da associação.

Até 2006, o evento era realizado em Cannes, na França. Tradicionalmente o evento é localizado na cidade de Barcelona (Espanha) sempre em Fevereiro. Com seu crescimento, outros eventos paralelos surgiram, sendo assim, estão previstos para 2019 a realização da MWC Los Angeles e da MWC Shangai.

Tendo como tema “Conectividade Inteligente”, a MWC será o lugar onde mais de 100 mil pessoas, entre influenciadores e formadores de tendências e opiniões irão se reunir para explorar o quanto a conectividade inteligente moldará no futuro nossas experiências digitais, nossa indústria de tecnologia e nosso mundo.

A MWC19 incluirá conferências, exibições de produtos, oportunidades de negócios e ocorrerá entre 25 e 28 de Fevereiro.

Apesar do evento contar com a participação de empresas se tecnologias e fabricantes de dispositivos móveis de peso – curiosamente – alguns grandes players do mercado, como Apple e Samsung, optam por não participar ativamente do evento, preferindo apresentar seus produtos em eventos próprios. E mesmo os fabricantes que lá estarão, costumam fazer suas keynotes em eventos antes do início do evento.

Foi o caso da Huawei, Nokia, Alcatel e Microsoft, para citar os mais conhecidos.

Quanto às tecnologias, o surgimento do 5G para o mercado, as telas ‘dobráveis’, as multicâmeras e em menor impacto, a realidade aumentada são os grandes temas do evento para este ano. Mas é claro que outros temas (Big Data, Inteligência Artificial, Automação, Análise de Dados, etc…) serão abordados em maior ou menor escala.

[ O que temos até o momento? ]

Apesar de não estar oficialmente no Brasil, a Huawei tem alguma relevância no mercado mundial. Em sua conferência, apresentou seu novo smartphone… o ‘Mate X’. De acordo com a empresa, é o smartphone dobrável mais fino do mundo. Ele tem o mesmo conceito que vimos no lançamento do Galaxy Fold da Samsung.

No campo dos notebooks, a empresa mostrou a linha ‘MateBook’, com os modelos de 13”, 14” e X Pro. Os modelos são voltados principalmente para o mercado europeu. A seguir, você pode conferir o vídeo com a conferência da Huawei.

Já a Nokia, lançou uma linha completa de smartphones, renovando sua linha para 2019. O destaque vai para o Pure View 9 que conta com nada menos do que CINCO câmeras traseiras. Infelizmente, a Nokia não está presente no Brasil de forma oficial, desde sua malfadada experiência com o falecido Windows Phone. Uma pena…

O site Engadget publicou um vídeo condensando a conferência da Nokia, onde são mostrados os seguintes modelos:

  • Nokia 210: um feature phone que custará apenas US$ 35
  • Nokia 1 Plus: um smartphone de entrada com o diferencial de possuir tampas intercambiáveis e custará US$ 99
  • Nokia 3.2 e 4.2: intermediários com um notch em forma de gota e câmera dupla na traseira no modelo 4.2
  • Nokia Pure View 9: pode ser considerado o flagship da empresa. Ele conta com absurdas CINCO câmeras (como dito anteriormente), e traz o poderoso SnapDragon 845, além de 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento interno… um monstrão.

Por fim, vale o destaque da Microsoft, que na conferência de Satya Nadella (CEO da companhia) apresentou uma reinvenção do Kinect (aposentado dos consoles Xbox em 2016) para uso corporativo. Para variar, não há previsão de disponibilidade para o Brasil.

Outro anúncio da Microsoft é o anúncio do HoloLens 2, o dispositivo de realidade mista da companhia.

Claro… não há previsão de lançamento para o Brasil.

Aliás, o grande registro deste tipo de evento é justamente este: de não vermos tecnologias novas chegando na terra brasilis.

Ainda temos novidades da LG (V50 ThinQ e LG G8 ThinQ), da Oppo (protótipo de um sensor de câmera com três lentes e zoom óptico de até 10x) e a Xiaomi (Mi Mix 3).

[ A MWC 19 só está começando… ]

É importante deixar claro que muitos destes dispositivos estão sendo apresentados na MWC 19, mas ainda não estão disponíveis para a venda. Aliás, muita coisa é apresentada como protótipos, mas que servem para ilustrar os caminhos que estão sendo seguidos pela indústria de tecnologia.

Ainda teremos notícias das novidades apresentadas por Sony, OnePlus, Motorola (mesmo com o recente lançamento do Moto G7), Honor, ZTE, Vivo, HTC, Qualcomm, entre outros grandes do setor.

A MWC 19 poderá ser acompanhada através das coberturas dos principais sites de tecnologia como Tecmundo, Canaltech, Tecnoblog, Engadget ou até mesmo pelo app oficial do evento, disponível para iOS e Android.

O site oficial do evento pode ser acessado neste link.

Em breve, publicarei aqui um texto após MWC 19 com um resumo geral do evento.



22 de fevereiro de 2019

Quatro gotas de adoçante

Desde a faculdade eu como coxinha com Fanta no café-da-manhã. Pois é… Sem querer parecer indelicado, estamos em pleno estado de direito. E – no gozo de minhas prerrogativas de cidadão livre – entupo minhas coronárias com o que eu quiser. Grato.

Descobri uma padaria perto de casa que tem coxinha feita na hora. Juro. Aquelas coxinhas que ficam dentro daquele trapézio de vidro, quente por dentro são, digamos, fresquinhas. Na maioria das padarias só o pão-de-queijo não é dormido. Nestas… quando se pede coxinha, eles a levam para o micro-ondas antes de servir, transformando uma ‘coxinha-de-ontem’ numa ‘comida-do-satanás’.

E nestas horas… só mandando bala na maionese e na pimenta para aquilo poder descer - além da Fanta - arrematando-se o repasto com água com gás num copo com bem muito gelo e um sonho-de-valsa.

Viver é bom... Mas voltemos à padaria perto de casa.

É que lá, além da coxinha de frango com catupiry (deve haver um estudo para entender a mente de quem come coxinha de frango sem catupiry) tem também bolovo fresquinho. Um bolovo tem o aspecto parecido com o da coxinha, sendo porém arredondado e não em forma de gota como sua colega.

Dentro da casca de fritura há, como se supõe, um ovo cozido no qual é salpicada uma pequena porção de carne moída. De comer rezando. Já eu como pedindo perdão, porque qualquer dia desses Deus perde a paciência comigo.

De tal sorte que esta padoca só não é perfeita por duas coisas: primeiro porque ainda não tem pizza fresquinha de manhã. Segundo, porque tem uma clientela muito estranha, que não respeita o cardápio do estabelecimento.

E isto causa certos constrangimentos…

Dia desses eu cheguei para tomar café. Só tinha esfirra e os infalíveis pães-de-queijo. Paciência. Pedi esfirra.

"E para beber, Parmêra?" (os simpáticos balconistas dispõem de um talento inato de sempre acertarem o time dos clientes. É impressionante.) "Fanta Uva". Ele fez uma cara estranha e me deu a esfirra.

Nisso, chegou um do meu lado. Pediu um chocolate quente - tava um calor da bexiga. A partir daí a humanidade baixou por lá. E tome pedidos off-label, sempre berrados pelo balconista ao chapeiro ou ao tirador de café:

“Pão na chapa sem apertar!”

“Canoa com requeijão!”

O que diabos é um pão-canoa?

“Americano sem alface!”

Americano tem alface?

“Café com espuma de leite, mas só um pouquinho de espuma!”

Se vier com muita não é só tirar com a colherinha?

“Minas quente com orégano!”

Borracha com orégano…

“Vitamina mista com paçoca-rolha!”

Essa me apeteceu…

“Churrasco com vinagrete no francês!”

Opa! Um dos meus… Fui olhar e era um sujeito magrelo, vestido de ciclista, até de capacete. Odiar um estranho a esta hora do dia é ruim. Mas pode acontecer.

É claro que isso acontece não só nesta, mas em qualquer padaria, em qualquer lugar e época. Tem até um samba do Noel Rosa onde um sujeito se dirige ao garçom despejando pedidos, "faça o favor de me trazer depressa uma boa média que não seja requentada, um pão bem quente com manteiga à beça, um guardanapo e um copo d´água bem gelada, feche a porta da direita com muito cuidado, que eu não estou disposto a ficar exposto ao sol, vá perguntar ao seu freguês do lado qual foi o resultado do futebol". Eu ainda tenho pena do garçom quando ouço.

O fato é que minha esfirra já passava da metade e a pimenta, por conta da falta da bebida,  já ia tomando proporções mexicanas. Tive que admoestar o gente-fina do balcão:

- Meu rei, ...

Ele nem deixou que eu terminasse.

- Vixe, sua bebida! Desculpa, fera, mas é o quê mesmo?

Achei que se eu complicasse, iria sair mais rápido…

- Abacaxi com hortelã, batido com pouco gelo e quatro gotas de adoçante.

Ok… não é bem meu estilo de suco mas só queria que saísse depressa. O balconista berrou o pedido fazendo questão de repetir "com quatro gotas de adoçante para ele aqui", e me apontava como se convocasse um julgamento público para o gorducho que pedia suco com adoçante.

O suco estava bom. E, confirmando meu palpite, veio bem rapidinho.

19 de fevereiro de 2019

Anthem… Bora Jogar?

Fala rapaziada do UBQ… Beleza pura? Seguinte… aproveitando que rolou um beta aberto de Anthem, resolvi escrever desse bichinho, um dia após ter testado o brinquedo que a EA disponibilizou para os meros mortais. Então… Bora jogar?

Vamos lá! Seguinte… alguns dias atrás aconteceu o ‘Open Beta’ depois de um ‘Closed Beta’ que só quem tinha convite entrava. Pois bem, eu recebi um convite, baixei os 40 GB’s do jogo… e você acha que eu consegui jogar?

Claro que não! Não é mesmo, EA? Não é mesmo, BioWare? Mano… estão de brincadeira comigo… Bom… frustração passada vem o open beta e aí sim, dá-lhe baixar os benditos 40 GB de novo mas para desta vez poder testar de fato o brinquedo.

[ A história ]

Bom a história de Anthem fala de Deuses antigos, uma força chamada “Hino da criação” uma porrada de coisa que mudou por causa disso, monstros, um planeta em eterna mutação e a humanidade no meio disso tudo aí, tendo que dar um jeito de se defender.

E como eles fizeram: criaram armaduras que são capazes de feitos sobre-humanos as famosas Javelins (traduziram para ‘Lança’ na versão PT-BR e, apesar da ‘Javelin’ ser um tipo de lança eu achei sem nexo a tradução então manterei o nome original, ok?).

As Javelins estão divididas em 4: ‘Patrulheiro’, ‘Colosso’, ‘Tempestade’ e ‘Interceptador’. Vou comentar um pouco sobre cada uma delas…

  • Patrulheiro – É a Armadura mais equilibrada entre poder de fogo, velocidade, resistência, tempo de vôo e o escambáu. Nem preciso dizer que de longe é minha predileta, pois se adapta a diversos tipos de situações.
  • Colosso – Armadura do tank. Aguenta mais porrada, utiliza armas mais pesadas, porém sua velocidade e tempo de voo são reduzidas.
  • Tempestade – É a armadura “mística” do jogo, com ela você tem maiores poderes sobre os elementos garantindo dano, porém, principalmente, “de buffs” nos inimigos. É a que pode ficar mais tempo voando (quer jogar de suporte, vai nessa).
  • Interceptador – Esta armadura é a que te permite maior agilidade durante as batalhes e manobras. Ela é rápida, porém foi feita para combates mais corpo-a-corpo. Por ser ligeira – do tipo ‘bater-e-sair’ não deve se rum problema se você tiver as manhas dos controles. Aguenta menos porrada que as demais e eu particularmente não gostei nada de jogar com ela.

Além de suas características, cada armadura tem customizações de armas (duas cada), granadas, canhãozinho, especial, itens que melhoram sua performance, além da boa e velha customização visual.

Tirando a customização visual – que é igual para todas – os demais itens podem variar de acordo com a classe/Javelin que você utiliza.

[ A jogabilidade ]

Sobre o gameplay, fora da armadura, o jogo é em primeira pessoa e você – pelo menos no beta – só pode andar e conversar com pessoas (no Beta, isso é bem restrito a pessoas envolvidas nas missões, as demais se você tentar diz que o diálogo só estará disponível no jogo Full). É bem chato pra falar a verdade, meio Desmond fora do Animus de Assassin’s Creed.

Quando você vai para uma missão e entra na Javelin aí a história muda… o jogo passa a ser em terceira pessoa e você pode voar com a armadura (por um período apenas, porque depois o motor superaquece e você tem que pousar).

Essa possibilidade de vôo é o que deixou Anthem bem legal mas – baseado no Beta – é só isso. Putz! Que treta controlar o vôo com o mouse! Depois que você está no chão, o jogo é um shooter bem do normalzinho já que a história não está bem estruturada ainda e – sinceramente – tanto EA e BioWare apenas mostram o jogo durante o vôo de armadura, cenário lindo, tudo muito legal e só.

Os Inimigos até que mostram um nível legal de dificuldade. Mas foram muito repetitivos… algo como ‘mais do mesmo’.

Tirando isso, ‘Vanquish’ era bem mais legal como shooter, tinha armadura, poderes, algumas customizações e entregava uma experiência interessante (na época comparavam ‘Vanquish’ à ‘Gear of War’).

E o Anthem fez o que?

Downgrade de gráficos comparado com o que eles apresentaram na E3 e mais e mais polêmicas envolvendo nossa queridinha amiga EA.

O fato é que estão comparando muito ele com ‘Destiny’ pela pegada de multiplayer, mas para mim, ‘Destiny’ entrega uma história muito mais elaborada, muito melhor amarrada com gráficos bem mais bonitos.

[ Opinião ]

Bom, desculpem não falar muito bem do game mas – de verdade – ele é um shooter padrão que dá para voar.

E só…

Para um jogo que está com previsão de lançamento em 22 de fevereiro, o beta deveria estar bem melhor e com menos bugs.

Resident Evil 2 Remake a essa altura entregou um “One Shoot demo” muito mais jogável, bonito e honrando o original do que Anthem.

Chance de eu comprar? Quase zero… vou esperar meu brother jogar e me convencer de que vale a pena ai, quando rolar promoção, talvez eu pegue. Até lá, fica a ressalva de que não recomendo o jogo.

Um abraço!

12 de fevereiro de 2019

A morte de Ricardo Boechat

Talvez seja melhor começar o texto da forma como ele mesmo provavelmente faria… com a informação objetiva e direta. Sendo assim, a informação é essa: um helicóptero sofreu uma pane e caiu na região da Rodovia Anhanguera, na altura do km 7 do Rodoanel. Na queda, a aeronave se chocou com um caminhão na pista. Com a explosão, os dois tripulantes morreram. Entre as vítimas, o jornalista Ricardo Boechat.

Precisei de algum tempo para processar a informação… e a explicação é simples. Boechat é uma das minhas grandes referências, seja no jornalismo, seja nos princípios éticos (mesmo considerando o episódio do grampo telefônico em 2001, que resultou em sua demissão da Rede Globo… ele falou sobre isso em uma entrevista para o UOLleia aqui uma versão atualizada da mesma entrevista), seja na vida em geral.

E digo isso (a vida em geral) por uma razão… assim como eu, Boechat também foi acometido pela depressão. E ele enfrentou a doença com dignidade, de frente e falou abertamente sobre o assunto. Durante meus surtos depressivos, e em busca de informações sobre como enfrentar a doença, eu me deparei com seu relato e com a transparência como ele tratou o assunto. Mas o texto não é para falar de mim, e sim do meu xará.

[ A trajetória de Ricardo Boechat ]

Ricardo Eugênio Boechat é natural de Buenos Aires, nascido em 13/07/1952. Filho de diplomata, ele não chegou a concluir o 2º Grau (atual Ensino Médio) e sua formação jornalística é essencialmente prática.

Iniciou sua vida profissional aos 16 anos vendendo livros e material para escritório. Pouco depois, recebeu uma oportunidade para trabalhar na redação do extinto jornal Diário de Notícias.

Apesar da formação prática, esta não impediu Boechat de conquistar credibilidade e seu lugar de destaque no jornalismo. Com o tempo, assumiu a coluna de Ibrahim Sued no jornal ‘O Globo’ e tornou-se um dos mais respeitados jornalistas no Brasil.

Também passou pelas redações do ‘Jornal do Brasil’, ‘O Estado de São Paulo’ e também da revista ‘Istoé’.

Em 2001, após uma polêmica em torno de um escândalo no setor de telefonia, Boechat foi desligado das organizações Globo.

A saída conturbada da Globo fez com que Boechat tivesse que se reinventar. Posteriormente, foi contratado pelo grupo Bandeirantes para atuar no jornalismo do veículo. Em 2005, iniciou sua vida como radialista, na BandNews do Rio de Janeiro. Pouco depois, assumiu a apresentação do Jornal da Band.

Também era palestrante e ministrava cursos livres de jornalismo. Curso este aliás, que eu tive a honra de participar.

Sempre enérgico e contundente em suas opiniões, seus colegas próximos eram unânimes em afirmar que Boechat era um exemplo de doçura como pessoa. Generoso em suas relações pessoais, e nas palavras do jornalista William Bonner, Boechat foi um colecionador de amigos por onde passou.

E também um colecionador de prêmios… foi reconhecido com o prêmio Esso de jornalismo em três oportunidades: 1989, 1992 e 2001. Também foi reconhecido pelo ‘Portal Comunique-se’, sendo premiado nas edições de 2006, 2007, 2008, 2010, 2012, 2013, 2014 e 2017. Ainda foi considerado pelo ‘Portal dos Jornalistas’ como o jornalista mais admirado do país em 2014 e 2015. E ainda foi agraciado com o Troféu Imprensa como melhor apresentador de telejornal no ano de 2016.

[ A repercussão ]

Por ocasião da notícia de sua morte, os veículos de comunicação foram unânimes em apontar Ricardo Boechat como um dos maiores expoentes do jornalismo brasileiro. Uma referência que deixa uma lacuna insubstituível. Entre homenagens e honrarias, o bonito gesto da BandNews em aposentar sua cadeira no jornal. Ainda vimos uma salva interminável de palmas pelas redações de jornalismo da Rede Bandeirantes de Televisão.

E vimos vários jornalistas de emissoras concorrentes noticiando o triste fato com a voz embargada…

Ricardo Boechat era casado com Veruska Seibel Boechat e deixou 6 filhos, sendo 2 deles oriundos do relacionamento com Veruska. ou ‘Doce Veruska’, como ele mesmo insistia em dizer. Uma relação linda, que ele mesmo fazia questão de demonstrar…

E como não se divertir com o seu amor pelo seu carro favorito? O Renault Twingo 2001 era o seu amor automotivo. O carro surgiu em sua vida quando ele veio para São Paulo. O primeiro, um modelo prata fabricado em 2001. O carro sofreu um acidente em 2014 e foi doado por Boechat a um artista plástico que fez várias peças de arte com as sobras do carro.

Mas é claro que Boechat não ficou muito tempo sem sua paixão. Pouco depois, um novo Twingo. Desta vez, um modelo azul. Também 2001.

 

Sua simplicidade e talento fez com que eu me tornasse fã do seu trabalho e também da pessoa. Sempre me divertia com suas diabruras em frente ao microfone (como não se lembrar da briga com o Pastor Malafaia???). Ou suas brincadeiras em relação a sua falta de traquejo com a tecnologia?

Imagina esse homem fazendo Podcast? Seria fenomenal…

O UBQ está em luto… perdemos – ou melhor – eu, como editor deste blog perdi uma das minhas maiores referências jornalísticas. E da mesma forma que a BandNews, precisarei de um tempo por aqui…

Vá em paz e obrigado pelos seus ensinamentos, xará…




30 de janeiro de 2019

Fallulah - "Black Cat Neighbourhood" (Disco da Semana #51)

Buenas!
Antes de qualquer coisa, feliz 2019!!! Que seja um ano leve e repleto de bons sons. Depois do meu período merecido de férias (o ano letivo de 2018 foi pancada!), a volta, e a coluna volta com a sua habitual esquisitice musical que todos amamos.
Tá brotando banda boa na Escandinávia. Tá parecendo a Escócia "mid 90's". Em cada garagem, uma banda dando sopa e o mais bacana é que com a internet, isto está sendo divulgado e chegando aos ouvidos do mundo, é por isso que divido essa pérola com vocês.
Hoje quero falar de uma artista que não tem nada a ver com essa cena neo-rocker escandinava, mas que pegou o mesmo bonde. Fallulah é o nome artístico da jovem compositora e cantora Maria Apetri, nascida em 1985 em Copenhagen, Dinamarca.
Não há como catalogar a música que essa cidadã faz… uma mistura de ‘Indie Rock’, orquestrações, canções típicas da região dos Balcãs... Podemos usar como paralelo (por mais pobre que seja) a sonoridade de outra lenda da região, uma tal de Björk.
Se fosse para inventar um rótulo para o som 'Fallulístico’ (neologismos… sempre) seria curto e grosso (porém, mesmo assim não seria amplo o bastante para defini-la): Música Orgânica. O que Björk faz de maneira maravilhosa usando samples, Fallulah grava com músicos de carne e osso.
Seu som tem sido comparado com algumas bandas (artistas femininas, na verdade) de grande destaque na atual cena musical, como por exemplo: Florence & The Machines, Bat For Lashes e Marina and the Diamonds.
Seu primeiro álbum, o indefectível ‘Black Cat Neighbourhood’ conseguiu uma façanha que há um bom tempo não conseguia... me prendeu do começo ao fim de boca aberta e se manteve no repeat por 3 semanas consecutivas na minha playlist.
Foi praticamente a playlist das minhas férias…
Dadas as devidas proporções, fica complicado falar de faixas avulsas, ouçam tudo, vale cada segundo de audição. Tudo é milimetricamente bem encaixado: vozes, violinos, barulhinhos, indistintamente. Há uma gama de timbres e de sonoridades que fez com que eu pensasse que o álbum fosse praticamente impossível de ser reproduzido ao vivo, coisa que o YouTube fez questão de me provar o contrário.
A mina canta demais e a banda que a acompanha é muito bem azeitada e competente, como vocês poderão perceber ouvindo.
Bom, sem mais delongas, se joga que esse é predileto da casa.
Para ouvir, clique aqui.
Logo menos tem mais.

29 de janeiro de 2019

Bora Jogar… Overwatch!

Fala rapaziada do UBQ, tudo beleza?

Seguinte… hoje vamos falar de um game que tenho jogado bastante e já tem algum tempo. E que não tem final… E que por isso mesmo, não salvei… Sim amiguinhos vamos falar de Overwtach o game de primeira pessoa da Blizzard que é um Team vs Team que tem história. E que história…

Bom vamos lá o que é Overwatch?

[ A história do jogo ]

A história se passa em um mundo futurista que está vivendo uma crise global principalmente devido à presença de “máquinas” que pensam, sentem e vivem como se fossem seres vivos que se voltam como humanos.

Neste período conhecido como a Crise Ominica, rola uma guerra pesada entre humanos e máquinas (‘Terminator’ manda lembranças!).

Bom a Overwatch é a equipe que luta para acabar com essa crise e é o time dos “heróis”. Também conhecemos, ao longo da história, a Talon que é uma entidade dos “vilões” e está causando que só a penga no mundo fazendo com que os veteranos da Overwatch (que haviam abandonado seu posto depois de umas tretas ai que encerraram a equipe) voltem à ativa para impedir que eles causem ainda mais.

Tem também um capítulo na história que mostra a Blackwatch… Equipe ligada a Overwatch mas que – digamos – faziam as missões mais heavy metal no maior estilo ‘X-Force nova’. Bom esse também foi um dos motivos da queda da Overwatch e tudo mais.

Enfim, tudo isso pode ser acompanhado em vídeos ‘Cinematics’ disponíveis nos canais oficiais do game e mais… Além dos vídeos contando a história (todos eles dublados e bem dublados para o PT-BR), você também pode acompanhar vídeos contando a história dos personagens… e que personagens.

Bom, a Blizzard mantém o game muito bem atualizado lançando de tempos em tempos novas modalidades de jogos, modalidades sazonais, novos personagens, novos cenários, além do já conhecido sistema de ‘loot box’ que traz milhões de possibilidades de customização (além do fato de você poder comprá-las com ‘dinheirinho’ do jogo).

Cara, é um game de primeira pessoa, time contra time que tem história. Animal.

[ A jogabilidade ]

Sobre a jogabilidade segue parcialmente o padrão; no PC é o clássico WASD para movimentação, CRTL para abaixar, espaço para pular, mouse esquerdo para atirar mas…aí vem os ‘pulos do gato’.

Cada personagem tem habilidades especiais, então o botão direito do mouse é diferente para cada um, o shift tbm, e outros botões de acordo com o personagem e suas possibilidades de ataque, defesa ou suporte.

Confesso que só jogo no PC então não faço ideia como isso é tratado nos consoles, mas deve dar um trampo pra quem joga por lá.

Sobre os personagens eles são divididos em ‘Tank’, ‘Damage’ e ‘Support’ mas cada um desses grupos tem tipos específicos de personagem. Tem os tanques com barreira, sem barreira, offtank, tanque ofensivo, os suportes tem os que curam em área, curam mais, tem capacidades mais ofensivas, mais defensivas, de nerf, os de dano tem sniper, tem arco e flecha, tem bicho que voa, tem tiro porrada e bomba é uma baita mistura, cada um para um uso específico… E é bom que você saiba jogar com pelo menos 2 a 3 de cada tipo porque você vai precisar de variedade.

Um parêntesis aqui, mas o legal é que a barra de XP do jogador e os níveis do mesmo vão subindo e quando completa uma barra você aumenta o nível e ganha uma ‘loot box’. Os personagens permanecem os mesmos. Portanto, um Junkrat é o mesmo para o cara que começou hoje para o cara que joga com ele há 2 anos… a diferença está na habilidade do player… E isso deixa o game mais ‘justo’.

Aprenda a jogar, treine e seja forte mesmo no nível 15. Sério… Tem uns caras que estão no nível 500 e pouco… Pra que isso gente?

Sobre as modalidades de jogo, temos: conquista de ponto, levar o “carrinho” de um ponto para outro, um modo ‘híbrido’ e temos as que vão aparecendo por sazonalidade ou no modo ‘Arcade’.

[ Opinião ]

Galera… é um baita jogo para desprender horas e horas jogando principalmente se você tem amiguinhos, como eu, que jogam e que conectam no Discord para jogar essa penga no quickplay ou no competitivo.

Estou jogando tem uns 2 anos essa piciroca sem enjoar… vale a pena o investimento.

Só tem uma curiosidade que trago do jogo, que está mais para uma polêmica… A Tracer, personagem que virou a ‘garota-propaganda’ do game, teve seus atributos – digamos – ‘traseirísticos’ reduzidos devido a uma polêmica sobre ela parecer muito novinha e sexualizarem a personagem, já quem em uma de suas diversas poses ela meio que dava uma ‘empinadinha no popo’.

A Blizzard acatou a mudança no shape da personagem, porém não deixou de tocar em assuntos que outras produtoras dificilmente tocam como sexualidade dos personagens. A própria Tracer foi declarada abertamente como homossexual em um dos vídeos do game e mais recentemente também o Soldado 76, líder da Overwatch.

Além disso também trata assuntos como preconceito e violência contra minorias. Especificamente em um dos principais eventos do game quando um robô pacifista é assassinado.

O jogo inclusive fez tanto sucesso que já tem umas ligas grandes oficiais ao redor do mundo e a Razer (grande fabricante de periféricos gamer) tem uma linha de teclado, mouse, mousepad e headset do game.

Legal, né!?

O Jogo é um prato cheio pra qualquer fã de história, de tiro, de estratégia e de ação. Vale a pena.

18 de janeiro de 2019

Deturparam o jeans

Depois de terem deturpado Marx (e agora Trotsky), deturparam o jeans.

Bem se diga que não é de agora… Eu era pequeno e explodiu a moda do "stone washed": nada mais era que uma calça novinha onde um espírito de porco borrifou água sanitária e depois colocou a calça no varal para escorrer. Pausa para o produto "água sanitária" que se encontra no patamar do gilete, do bandêide, da maizena, do danone e por aí vai… Aqui em SP é chamado pela marca líder, "Cândida". De onde eu venho, chamamos de "quibôa" - ainda que a marca seja escrita "Q-Bôa". O jeans também teve seus ícones neste sentido, como a "Calça Lee" e a "Far-west" (cuja pronúncia brasileiríssima era "Farvésti").

Pois bem. Eu nunca usei "stone washed"… achava feio. Há um tempo comecei a entender a existência do jeans preto, mesmo sem existir um "indigo black". Mas eu não entendo algumas coisas. Fui comprar o raio de uma calça jeans.

Entrei na loja, disse minha intenção… o vendedor me perguntou o tamanho que eu usava.

– Cinquenta… Cinquenta e pouco…

Ele riu - não sei bem de quê - e retornou com uns modelos. Mostrou-me o primeiro. Ali tinha tecido para fazer uma barraca. O sujeito quando é muito gordo tem que aprender a conviver com isso – é mais fácil que fazer regime e não exige vergonha na cara – e tem de si mesmo uma imagem deformada. A ciência explica este fato. Eu constato isso sempre que alguém me mostra uma roupa para me vender, sendo ela do número que eu disse que vestia, e tomo um susto.

– Deve caber uns três de mim aí, moço – disse eu ao vendedor.

Ele riu de novo e começou a esticar a perna da calça, mais precisamente ali na região do meio da coxa e disse:

–  Essa vem com 'stréch’ (eu acho que é isso), é bastante confortável.

Achei estranho. Muito estranho. Tive que dizer a ele…

– Moço, aí tem tecido para cobrir uma carreta de Scania. É sério, tem mais jeans aí que lona Randon no caminhão, e você ainda quer que o negócio estique?

Ele só fazia rir, mas estava ficando ansioso. Então, disse:

– Pois é doutor, mas todas vem com isso.

Eu ainda estava meio inconformado.

– Mas por quê?

E aí ele mandou brasa…

– É o que tá usando!

Este tipo de expressão complica mais um pouco. Primeiro, que ele te chama de alienado, tipo "em que mundo você vive". Segundo, que você se sente pressionado a comprar, posto que vai se sentir um pária se for o único ser humano que - em tendo uma calça jenas - tenha uma sem o negócio que faz esticar.

Desistimos dessa. Ele meio contrariado mostrou uma, já avisando que "essa aqui eu tenho quase certeza que o senhor não vai levar".

Se tem quase certeza, por que mostrou, caramba? Era uma calça dessas que se dá, depois de pronta, para uma matilha de cães famintos, com todas as mordidas esgarçando o tecido outrora intocado. Seria boa para uma festa junina, já que nos rasgos poder-se-ia costurar remendos.

Mostrou outra. Bonita, azulzinha, mas tinha um troço esquisito: as pernas iam se afunilando até que na região do tornozelo, a boca por onde o pé sairia lá em baixo se estreitava muito. Muito apertado, como um torniquete. A calça "anti-boca-de-sino".por excelência. Como eu não usei esse trambolho, já que na década de 70 usava fraldas, não mereço pagar por isso.

E foi então que ele depôs armas:

– Vou te trazer uma que vai ser amor à primeira vista!

E foi... Era meu número certinho (portanto uma carreta e meia), azul no tom que deve ser o tom de uma calça jeans.Vestiu direitinho. Fomos fazer a barra.

O vendedor se ajoelhou aos meus pés e, com a boca cheia de alfinetes comentou…

– O senhor parece ser um pouco conservador né?

– Um pouco não... muito!

– Ah!

Ele continuou com a fala entre alfinetes:

– Acho até que sei em que o senhor votou…

Vixe! Luz amarela! Até comprando calça esse assunto aparece…

Decidi por encerrar a conversa por ali. Havíamos passados por momentos tensos e eu queria deixar uma boa impressão . E com ele espetando o tecido com firmeza, decidi por perguntar uma coisa, ao invés de responder sobre o voto:

– Vocês fazem barra italiana?

17 de janeiro de 2019

Meu emprego é insubstituível? (Crônicas Amarelinhas #8)

Durante minhas merecidas férias, fiz algumas viagens. Eu diria deslocamentos entre um local e outro… apenas isso. No caminho, é muito evidente a quantidade significativa de caminhões nas estradas. Vendo isso, me veio em mente, algumas reportagens e pesquisas que vi a um tempo atrás. São os caminhões autônomos.

Pois é, provavelmente, teremos frotas de caminhões movidos por GPS e controlados por máquinas. Isso talvez, ocorra muito em breve. Mas e o caminhoneiro? Pra onde vai?

As reportagens sobre essas novas máquinas, podem ter surgido na época da greve dos caminhoneiros em 2017. Na época não dei muita atenção, mas pensei nisso atualmente.
Para aonde vão essas grandes quantidades de pessoas que não tem uma formação profissional diferente e possivelmente perderam seus empregos para seus próprios caminhões?

Você pode pensar e dizer que é culpa dessa mudança, se dá pelo novo mercado econômico e pelo desenvolvimento da tecnologia. Dessa forma, não há o que se fazer. Nós temos que nos adequar ao futuro.

Quando eu era menor, participei da transição da máquina de escrever para o computador. Não fiz o famoso essencial (para a época) curso de datilografia. Um pouco depois a datilografia deixou de ser importante. Quer dizer, o datilógrafo aprendeu a usar o computador, suas condições de vida e saúde foram melhoradas e a vida seguiu, uma nova profissão surgiu.

E o caminhoneiro? Vai substituir sua profissão e sua mão de obra, pelo que? O mundo está preparado para dar uma formação diferente a esse tipo de indivíduo? Qual vai ser essa nova profissão ao antigo caminhoneiro? “Que cilada, Bino...”

Também vi por essa semana, no programa da Fatima Bernardes. Em que uma “especialista” (como se prever o futuro fosse uma profissão) dizia que em pouco tempo, algo em torno de 60% dos empregos de hoje não existiram mais.

Apesar do choque inicial, isso não é algo raro ou incomum. Alfaiates, sapateiros, ferreiros, engraxates, entre outros, estão cada vez mais raros e sem mais serventia. Dessa forma será que meu emprego é insubstituível? Minha formação profissional será eterna?

Hoje ainda, mesmo depois do fim da paralização. Estamos sofrendo reflexos, econômicos, sociais e políticos da greve dos caminhoneiros. Mas e amanhã? Quantas greves serão suficientes para que meu emprego e trabalho tenham relevância novamente?

Quanto de tempo de paralização trará ao meu trabalho dignidade e importância?

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