27 de novembro de 2013

Utilizando o Disqus e outras pequenas alterações

Não é bem uma postagem, mas sim uma atualização na estrutura do blog. Após algum tempo observando a mecânica de outros sites, resolvi alterar a estrutura dos comentários postados.
Optei pela ferramenta oferecida pelo Disqus que é um serviço que permite a criação e manutenção de comunidades de discussão. Vi isto funcionando em outros sites e a é bem legal a distribuição dos comentários. Para quem tem interesse, funciona como um plugin.
Envie-me sua opinião sobre esta mudança…

11 de novembro de 2013

Cego por um sonho

O que nos faz levantar da cama toda manhã ? Tomar o mesmo café, pegar o mesmo caminho, falar com as mesmas pessoas, revisar os mesmos assuntos ? Existirá algum dia em que você se olhe no espelho e diga "Consegui tudo que eu poderia querer" ?
Em 2009 decidi que exerceria alguma profissão relacionada ao ramo de Biologia. Não sabia muito bem o que era, nem como faria isso, mas sabia que seria nisso que trabalharia.
Em 2012 eu tive realmente que correr atrás do meu sonho. Arrumei um emprego em um Pet Shop em Higienópolis, pegando e entregando cachorrinhos que acabaram de tomar banho, para seus donos em seus "humildes" apartamentos. Nunca tinha visto, ao vivo, apartamentos tão grandes, a sala era do tamanho do meu apartamento senão maior. De noite fazia cursinho no Objetivo. Saía do trabalho geralmente ás 17h30 e ía correndo para conseguir chegar na aula que começava ás 19h. Estudava no meu almoço, nos intervalos entre as aulas, antes de dormir, tomando meu café, indo pro trabalho. Cheguei ao ponto de não conversar com minha mãe por 1 semana pois saía antes dela acordar e voltava quando ela já estava dormindo. Na época tinha uma namorada, ela falava que eu nunca tinha tempo e estava cansada, quase não nos viamos direito. Minhas redes sociais eram abandonadas, conversava com meus amigos uma vez por mês, pois eles também estavam nessa maratona de estudos. Atualmente um deles faz Engenharia na Politécnica e o outro faz Medicina, ambos pela USP.
Em Outubro já estava ficando um tanto delirante. Cismei com um cara do cursinho, em exatas antes mesmo do professor terminar de explicar ele tentava fazer os exercícios. EU ficava observando, assim que ele começasse eu começava também e simulava uma disputa na minha cabeça "Nerd da matemática versus Eu". Quando ele terminava e acertava tudo eu ficava puto comigo mesmo."Como ele consegue, mas na aula de Física ele vai ver só, vou terminar tudo bem antes dele".
Eu trabalhava de segunda a sábado. Na sexta feira o número de cachorros era extremamente alto e eu não saía dalí antes das 18h. Cheguei a chorar no meio da rua, era 19h15 e perdi a aula. Chegava em casa quase quebrando tudo e minha mãe falava "O que você quer que eu faça, não posso pagar um cursinho pra você, não sozinha". Tive que aguentar dessa maneira. Ás vezes nem conseguia tirar o uniforme do Pet Shop, simplesmente ía daquele jeito mesmo, fedendo a cachorro.
"USP é difícil demais, é só pra quem faz um bom cursinho e pode estudar em tempo integral. Tente, mas não vá muito esperançoso" foram palavras ditas por certos familiares, que entraram por um ouvido e saíram por outro.

A grande questão é: O que faz uma pessoa fazer tudo isso ? Pegar cachorros, evitar namorada e amigos, não conseguir falar com a família direito pois está cansado demais pra tudo, não conseguir estudar direito, não conseguir fazer simulados e testes importantes do cursinho ? Isso foi de março até dezembro. 9 meses. 180 dias que eu poderia ter falado "Ahh, acho que não vai dar, vou desistir do cursinho, não estou dando conta." Em 180 dias eu tive a chance de dizer isso pra mim mesmo, e por que eu não disse ?

Acho que posso responder que eu simplesmente não conseguia nem se quisesse desistir. Era mais forte do que eu. Só de pensar em desistir sentia um calafrio e tirava aqueles pensamentos da minha cabeça, simplesmente não conseguia me ver desistindo. Não enxergava nada, estava cego por um sonho. Não via mais nada, não me importava com mais nada, tudo era dispensável.

No final, me sinto orgulhoso. Consegui passar na melhor ou uma das melhores faculdades de Biologia do país.
Olho pro passado e recordo do dia que estava chovendo e havia cachorros demais, eram 19h e eu estava indo fazer entrega de ração na chuva, quando comecei a chorar. Se me perguntassem "Se você pudesse falar alguma coisa para aquele Lucas, o que seria ?". Bom eu não falaria nada, pois apesar do choro, aquele Lucas, apesar de estar cego, cansado, molhado e triste, sabia muito bem aonde estava indo.

9 de novembro de 2013

Os sete pecados capitais

Pecado… acredito que a maioria dos mortais entendem o significado desta palavra. Em um sentido mais amplo, o pecado pode ser considerado como a violação de uma lei. Não uma violação qualquer, uma violação ultrajante. Pelo menos essa é mais ou menos a definição que está lá na bíblia, em João, capítulo 3, versículo 4:
Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei.
João 3:4
Claro que a sociedade atual tratou de desvirtuar o conceito inicial de pecado. Uma frase do tipo “É um pecado um menino tão inteligente não ter condições de estudar em uma universidade pública” é um bom exemplo. Qual foi a transgressão que o pobre rapaz cometeu?
No sentido mais estrito, o pecado está associado à desobediência das leis divinas. Isto aliás é muito explorado na cultura judaico-cristã. Lembram dos 10 mandamentos? Em dado momento, um deles diz “Não roubarás”. A violação deste mandamento implica em cometer um pecado.
Mesmo no catolicismo, assim como na justiça de modo geral, há o indulto… Um pecado pode ser maior ou menor. Até mesmo perdoável. Só que nem sempre o pecado é perdoável. Por vezes, o pecado é tão lesivo à moral e a doutrina que é considerado merecedor de condenação. E estes pecados absolutamente condenáveis são os pecados capitais.
Não é meu intuito falar sobre os pecados capitais e suas implicações. Neste momento, irei apenas citá-los. São eles:
  1. A gula
  2. A avareza
  3. A luxúria
  4. A ira
  5. A inveja
  6. A preguiça
  7. A soberba
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Creio eu que esta história de pecado ser perdoável ou não foi uma maneira que as igrejas encontraram de doutrinarem seus fiéis. Claro que o excesso destas atitudes são prejudiciais e disso não discordo. Mas é um fato: todos nós, em algum momento de nossas vidas, incorremos no erro de cometer um pecado capital.
Quem nunca comeu exageradamente vez ou outra? Quem nunca resolveu dormir por 20 minutos a mais? Quem nunca se achou o máximo por ter sido o melhor em alguma coisa?
O que quero dizer é: o pecado está em maior ou menor grau em todos nós. Cabe a nossa consciência limitar isto e fazer com que a ética e os princípios morais prevaleçam em nossas decisões cotidianas.
E por que diabos estou escrevendo tudo isso?
Simples…
Nas próximas postagens publicarei aqui crônicas bem humoradas (ou nem tanto) que terão como tema os pecados capitais. Para cada pecado, um texto. Não é uma ideia inédita. Estou me inspirando em uma publicação semelhante feita n’O Patológico dos anos de 1994 e 1995. Aliás, espero que meus amigos colaboradores (Michel, Lucas, Carlos e Leandro) animem-se a escrever sobre o tema também.
Não pretendo também postar os textos na sequência… Isto é, poderão existir outros textos sobre outros assuntos, mas é certo que eles virão.
Aguardem a série “Os 7 pecados capitais”.

6 de novembro de 2013

Novo colaborador

Antes, um site pessoal. Nem sempre existiam novidades que justificassem atualizações e mais atualizações. Aí surgiu a ideia do blog. Eu teria que me preocupar apenas com o conteúdo dentro de um formato pré-definido e fácil de trabalhar.

Mas ainda havia um problema. A autoria dos textos. Um blog onde apenas um autor escreve se torna a opinião de uma única mente. E eu sempre quis ver o blog como uma diversidade de opiniões. Além de opiniões diferentes, estilos diferentes.

Assim, veio o colega Carlos Aros (que aliás, está me devendo um bom texto, já algum tempo). Veio o Leandro Ramos-Gonçalves (que aceitou o convite, mas ainda não fez sua estreia no blog… estamos aguardando… estamos aguardando)

Aí veio o Michel. Velho companheiro de outras campanhas. Juntos pintamos e bordamos no jornal da faculdade (o lendário “O Patológico”).

E agora, tenho o prazer de anunciar mais um colaborador: Lucas Camacho. Colega da faculdade de Ciências Biológicas da USP, Lucas é o autor do blog insoniliadas. A meu convite, Lucas escreverá também aqui neste espaço.

Com isso, o time de autores está completo. Agora que o blog conta com várias opiniões e estilos diferentes, pretendo dar andamento ao projeto “Os 7 pecados capitais”: uma releitura de uma série de textos publicados n’O Patológico onde o cada um dos pecados era o mote de um texto.

Mas isto fica para o futuro… por ora, seja bem vindo, Lucas!

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