19 de março de 2017

Os filmes que vi: Indiana Jones e o templo da perdição

Guardem esse nome: Henry Walton Jones Jr… Arqueólogo, Professor Doutor do renomado (e fictício) Marshall College em Connecticut, também professor visitante da Universidade de Chicago, chegou a patente de Coronel pelo exército norte-americano e praticamente um herói nacional.

Ah sim… ele também é conhecido como Indiana Jones.

Indiana_Jones_in_Raiders_of_the_Lost_Ark

No cinema ele foi interpretado (e ainda é, pois provavelmente será lançado um novo filme em 2019) por Harrison Ford. Na verdade, o ator River Phoenix também viveu o personagem quando Dr. Jones era apenas um escoteiro adolescente (no filme Indiana Jones e a Última Cruzada). Mas o personagem está imortalizado por Ford, sem sombras de dúvidas.

Jones, foi o protagonista de (até o momento), quatro filmes:

  • Raiders of the lost Ark (Batizado no Brasil de “Indiana Jones e o caçadores da Arca Perdida”)
  • Indiana Jones and the Temple of Doom (Indiana Jones e o Templo da Perdição)
  • Indiana Jones and the Last Crusade (Indiana Jones e a última Cruzada)
  • Indiana Jones and the Kingdom of Crystal Skull (Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal)

Algumas pessoas consideram como sendo uma quadrilogia… mas a bem da verdade, os filmes não tem entre si um nexo causal. São aventuras distintas vividas pelo herói e não uma história sequencial (como foram Back to the future, ou ainda O senhor dos anéis). Inclusive, o segundo se passa antes do primeiro, considerando a cronologia.

Eu vi os quatro… e de todos eles, quero falar do segundo… Indiana Jones e o Templo da Perdição.

temple of doom2

A história

Indiana Jones é um famoso arqueólogo que no intervalo das aulas que ministra no Marshall College, sai em busca de preciosidades arqueológicas para o museu da faculdade em troca de recompensas. Na prática, um caçador de tesouros. Mas um caçador do bem…

A história começa com nosso herói metido em uma encrenca com a máfia chinesa, quando a pedido do criminoso Lao Che ele recupera um valioso diamante em troca de um antigo artefato chinês. A troca não acontece como o combinado e Indy consegue fugir, não sem antes causar uma tremenda confusão. Em sua fuga, ele conta com a ajuda do jovem Short Round (Ke Huy Quan) e da atrapalhada Willie Scott (Kate Capshaw).

Apesar da fuga bem sucedida, ele acaba fugindo em um avião que Weber (Dan Aykroyd, numa participação de menos de 1 minuto, quase um Cameo) arrumou. O problema é que o avião pertencia a Lao Che.

Durante o voo, os pilotos abandonam o avião fazendo com que Indiana, Short e Willie tenham que saltar do avião sem pára-quedas. Uma das cenas mais divertidas do filme.

Após se salvarem, o trio acaba em um aldeia na Índia e descobrem que ali estão com alguns problemas: as crianças da aldeia estão desaparecidas, uma pedra sagrada (no filme chamam de pedra sagrada de Sivalinga) foi roubada e um palácio próximo à aldeia (Pankot Palace) está tomada por forças do mal.

Jones e seu grupo vão então até o Palácio Pankot para descobrir o paradeiro das crianças desaparecidas e também para recuperar a pedra sagrada. E a partir daí, toda a ação do filme se desenrola.

O que o filme me trouxe?

Acho que está evidente que o tal “Templo da perdição” é o palácio de Pankot, onde ocorrem atividades diabólicas. A primeira coisa que este filme me trouxe foi raiva… E sabem por que? Ele era um filme liberado para maiores de 14 anos. E com apenas 10 anos, não tinha como burlar a censura.

Só consegui assistir ao filme em vídeo depois de alguns anos. E mesmo assim, em uma cópia de vídeo cassete muito porca (naquela época, as locadoras de vídeo dificilmente trabalhavam com filmes originais). E aí, outro problema: sem legendas adequadas e não entendi metade do filme.

Foi graças a isso que comecei a me interessar na língua inglesa. Quando finalmente pude assistir ao filme adequadamente, foi sensacional… E foi na mesma época em que veio ao cinema o terceiro filme (Indiana Jones e a última cruzada). Outro épico… mas que será assunto para outro vídeo.

Foi com esse filme também que eu comecei a reparar um pouco mais em erros de continuidade. Sim… é uma chatice, mas o filme é bom demais. Então os erros são todos perdoáveis. Mas a partir dele eu comecei a caçar erros em todos os outros. E como eu sempre assisto a um filme mais de uma vez, na primeira vez eu vejo o filme. E na outra eu vejo os erros. E me divirto duas vezes!

Ah… também não posso deixar de comentar que também comecei a gostar de música instrumental e orquestra graças ao John Williams que assina a produção musical de todos os filmes do Dr. Jones.

O que o filme me ensinou?

Nunca entregue sua arma para alguém que não sabe segurar uma… Willie que o diga!

Bom, o filme está recheado de referências à obra de George Lucas e Steven Spielberg. E aí percebi o que significa o tal “conjunto da obra”. Aprendi a conhecer as realizações dos diretores dos filmes e também dos atores, pois passei a querer conhecer outros filmes de Harrison Ford, como Blade Runner, American Graffiti, A Testemunha, Comando 10 de Navarone e outros que vieram posteriormente.

Curiosidades

  • Ao contrário do que possa parecer, o filme não é uma sequência do anterior, mas uma prequela. Caçadores da Arca Perdida se passa no ano de 1936, enquanto Templo da Perdição acontece em 1935.
  • Apesar de ter acontecido antes na linha cronológica, o filme faz referência a uma cena de Caçadores. Quando Indy enfrenta um espadachim que demonstra habilidade com a lâmina, ele simplesmente saca sua arma e o mata. Uma cena muito parecida acontece em templo da perdição, mas desta vez, Indy está sem sua arma (Willie a perdeu logo no início do filme). Ele tenta fazer o mesmo, e como está sem a arma, ele derruba o espadachim desarmado mesmo.

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  • Como eu disse o filme está recheado de referências à obra dos seus idealizadores. Logo no começo do filme, temos a mais – digamos, clássica – a boate onde ocorre a briga entre Indy e os capangas de Lao Che se chama “Club Obi Wan - Bar”. Se você não sabe quem foi Obi Wan Kenobi, definitivamente a força não está com você!

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  • Apesar da história se passar em grande parte na Índia, o filme foi filmado prioritariamente no Sri-Lanka.
  • Estava previsto uma cena com um número musical no palácio de Pankot onde Willie cantaria junto com Short Round a música “Anything Goes”, mas ela foi cortada do roteiro.
  • Foi só na terceira vez que vi o filme que descobri a cena em que Dan Aykroyd participou. Ele é quase um figurante.
  • Algumas cenas do roteiro original de Caçadores da Arca Perdida que não foram aproveitadas no filme, foram utilizadas neste filme, como a cena dos vagões na mina.

Ficha Técnica

temple of doom

Indiana Jones e o Templo da Perdição
Indiana Jones and the Temple of Doom

Estados Unidos, 1984, 118 minutos
Ação, Aventura, Fantasia

Direção: Steven Spielberg
Produção: Robert Watts
Roteiro: Willard Huyck, Gloria Katz, George Lucas

Elenco: Harrison Ford, Kate Capshaw, Amrish Puri, Roshan Seth, Philip Stone, Key Hu Quan

Trailer

Trailer Oficial

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