22 de março de 2017

O contraste que eu vi nas escolas públicas

Olá pessoas, como estão?

Faz um bom tempo que eu não escrevo sobre minha vida profissional. Na verdade, a última vez que falei sobre ela foi em um vídeo no canal do site. Na ocasião, comentei sobre o fato de ter deixado a função de Gerente de Organização Escolar e reassumido a condição de Secretário de Escola.

E o que mudou?

Bom… a primeira mudança drástica é o salário. Deixo de receber um gratificação pró-labore, apesar de incorporar os décimos referentes aos anos que fiquei na função. Isso quer dizer que eu em algum momento vou receber 50% da gratificação que será incorporada ao meu salário.

A outra mudança é o peso da responsabilidade. Não ser o GOE da escola tira a minha responsabilidade sobre questões sensíveis: pagamento, vantagens pecuniárias para os funcionários, gerenciamento da secretaria, enfim… menos salário, mas menos responsabilidades também.

A questão que me chamou a atenção foi o contraste. Como uma escola pode ser tão diferente de outra…

Eu digo isso porque, tecnicamente, as escolas deveriam seguir orientações e procedimentos padronizados, já que estes são disciplinados pela Secretaria da Educação e aplicado pelas Diretorias Regionais de Ensino.

Mas eu já passei por quatro escolas diferentes. E nas quatro, os procedimentos adotados eram diferentes.

Nas três escolas em que fui GOE eu tentei aplicar um conjunto de rotinas e procedimentos que depois de alguns anos de prática se mostraram eficientes. Muitas vezes tive que fazer adaptações (o que é natural, afinal são pessoas diferentes… públicos diferentes), mas sempre atento ao que a legislação permitia. Em minha nova escola, eu não tenho a obrigação de implantar rotinas. Neste caso, como subordinado, eu tenho que me adaptar às rotinas que ali existem. Não foi uma mudança ruim. A escola funciona e isto é incontestável. Se um dia eu voltar a ser gerente, talvez eu leve algumas práticas daqui para outras escolas.

Voltando ao contraste, é curioso observar que certas escolas não funcionam porque simplesmente não conseguem seguir um conjunto básico de regras. E fica claro pra mim que escolas problemáticas têm seus problemas originados pela falta de visão dos gestores que são resistentes em adotar o conjunto básico de regras…

Ou pior… insistem em impor suas próprias regras.

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Sou da opinião que legislação – certa ou errada, justa ou injusta – não é para ser interpretada, mas sim para ser aplicada e seguida. Porque isso garante credibilidade na tomada de decisões, isto dá respaldo às rotinas aplicadas.

E isso evita que alguns gestores criem seus próprios feudos…

Ainda mantenho minha opinião de anos atrás (e que foi censurada na ocasião): muitos gestores não estão preparados para administrar uma escola. Podem ser bons pedagogos (as vezes nem isso…), podem ser bons propedeutas, mas ao assumir um cargo de comando mostram suas fragilidades em algumas competências básicas para um gestor: liderança, motivação, capacidade para tomada de decisões e principalmente capacidade de argumentação.

Que fique claro que não é somente a mão do diretor que define a escola. Cabe à equipe de professores, cabe aos funcionários e aos pais e alunos manterem um bom ambiente para a escola.

Mas depois de quase 8 anos… 4 escolas diferente e 8 diretores diferentes, tenho para mim uma boa explicação por qual razão algumas escolas funcionam.

E outras não…

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