3 de abril de 2018

Superchunk - "What a Time to be Alive" (Disco da Semana #19)

Buenas,
Vocês não sabem o quanto estou feliz em poder falar de uma das minhas bandas de cabeceira. Uma banda que é uma das minhas maiores referências musicais (como ouvinte e como músico) há mais de 20 anos. O Superchunk após 5 anos, volta com mais um discaço, um sério candidato a disco do ano.

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Mantendo a tradição de só lançar discos de forte cunho autoral, essa bandaça de Chapell Hill (EUA), que está junta desde 1989, consegue mais uma vez se superar, mesmo tendo aqui todas as características marcantes de seu som: as guitarras distorcidas e cheias de fraseados e solos desconcertantemente simples, o baixo pesado e cheio de personalidade, a bateria brutal e super criativa, além da voz mais marcantemente esquisita (vejam isso como um baita eleogio) da cena rocker dos EUA, e quer saber? Tudo soa estranhamente perfeito!

O Superchunk tem em sua sonoridade a sua principal marca registrada. Eles são aqueles raros tipos de bandas que podem gravar o mesmo disco por anos e anos a fio, e que sempre soarão parecidos e diferentes ao mesmo tempo, estilo, baby, estilo.

Mesmo com quase 30 anos de estrada a banda se mostra em sua melhor forma, mesmo que a baixista Laura Ballance não consiga mais excursionar com a banda devido a sua "hiperacusia", ela é parte preponderante nas composições e sua voz faz o contraponto perfeito à voz do principal vocalista/guitarrista Mac McCaughan.

Tudo o que eu amo no som deles aparece em abundância nesse novo lançamento. Letras espertas, músicas mais calmas cheias de melodias distorcidas, músicas rápidas no melhor estilo hardcore, aquele sintetizador maroto beeeeem ao fundo, só pra dar um clima e preencher alguma lacuna, coisa de quem sabe qual sonoridade quer conseguir e que se auto produz há tempos. Conseguem sempre manter aquele espírito "síndrome de Peter Pan" nos seus ouvintes, pois seu som nunca envelhece nem soa datado, mesmo sendo a cara do que melhor se fez nos anos 90.

O Superchunk é uma banda singular que a cada lançamento nos dá uma aula de como uma banda deve soar, de estilo, de produção, de distribuição (eles tem seu próprio selo, há anos), e da manutenção do mais crucial espírito "punkrock": o "Faça Você Mesmo".
Quer entender o que foi a sonoridade dos anos 90 e porque eu sou alucinado por essa época? Ouça Superchunk! Quer uma banda que te faça ter vontade de pular e agitar até o fim da festa? Ouça Superchunk! Quer uma banda pra te fazzer sorrir num dia cinza? Ouça Superchunk!

Resumidamente: Ouça Superchunk!

Mais do que recomendado, essencial. E candidatíssimo a disco do ano.

Pra entender tudo o que disse, ouça-os aqui.

Logo menos tem mais.

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