2 de janeiro de 2018

My Vitriol - "Finelines" (Disco da Semana #6)

Olás,

Feliz 2018, povo!!!

Bora falar de música boa?

Pra quem acha que músicos indianos só tocam as músicas da novela global ou aquele som que o Khaled faz, aqui vai um verdadeiro soco na boca do estômago, os Anglo-indianos do MY VITRIOL.

vitriol
Banda de rock alternativo de Londres, Inglaterra. O nome da banda, que muitas vezes é mal interpretado (traduzindo ao pé da letra soaria como "Minha Causticidade"), é retirado do romance Brighton Rock de Graham Greene. A banda que se formou no fim da década de 90 é sempre creditada com o início de uma nova onda Shoegaze na Inglaterra, assim como o Mew, o Radio Dept e o Silversun Pickups entre outros.
O line-up atual é composto por Som Wardner (vocais, guitarra e letras), Ravi Kesavaram (bateria), Seth Taylor (guitarra) e Laura Claire (baixo). Tanto Som, quanto Ravi são de famílias indianas, o que não é nenhuma novidade em Londres.

A banda teve sucesso no início dos anos 2000 com 3 singles e um álbum no Top 40 britânico, antes de anunciar a interrupção na auge do seu sucesso. O grupo começou a lançar material novo de novo em 2007.

Feitas as devidas apresentações vamos falar de "Finelines" o primeiro disco oficial dos caras.

finelines
Na última semana de 1999, a banda assinou um contrato com a Infectious Records, lar de outros artistas renomados, tais como "Ash" e "Garbage". Seu primeiro single sob este novo selo foi "Losing Touch".

Esse "Finelines" é uma cacetada. Totalmente diferente do que se fazia na Inglaterra neste período, retornando onde grandes bandas como My Bloody Valentine e Ride pararam. Não há como traçar paralelos com nada atual. Ao mesmo tempo que é distorcido e cheio de efeitos (como toda banda Shoegaze deve ser), é hipnótico e te leva para outros estados mentais. Sério mesmo.

O disco é curto, são 41 minutos de ótima música. Não tem uma música no disco que se destaque mais do que as outras, tendo a mesma importância para a unidade do mesmo, desde a mais pop "Always: Your Way" (que de pop não tem nada) até a instrumental de quase 6 minutos chamada "Tongue Tied"  (pra mim a melhor do disco). O disco deve ser colocado pra ser tocadao na íntegra. A produção é primorosa, todos os efeitos estão onde devem estar, há peso, muito peso nas guitarras, o baixo é de uma pressão descomunal, a batera é bruta e não deixa espaços, enquanto a voz está na hora certa no lugar certo, não há desperdício neste disco, tudo é cirurgicamente bem colocado.

É a melhor viajem entre dois pontos, de "Alpha Waves" à "Windows & Walls" sem escalas, boa viagem com o My Vitriol.

Se quiser escutar, veja o clipe…

Logo menos, tem mais.

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