27 de dezembro de 2017

Dônica - Continuidade dos Parques (Disco da Semana #5)

Buenas, povo bonito.

Antes de qualquer coisa, desculpem-me o atraso, essa semana natalina é meio complexa, mas na próxima segunda já tem coisa nova (espero conseguir manter o prazo ). Mas chega de desculpas e vamos ao que interessa… música.

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Dônica - "Continuidade dos Parques"
Há tempos uma banda não me transportava pra outra época como a Dônica faz, e aqui, o negócio é totalmente proposital, tudo soa muito anos 70: os timbres, a construção das músicas e até as letras mais "bicho-grilo", nos levam a uma viagem pela década do tricampeonato.

Os caras passeiam pelos anos 70 com maestria, mas o negócio aqui é rock’n’roll, e pra fazê-los, montaram um time de respeito: o vocalista e pianista José Ibarra, o baixista Miguel Guimarães (facilmente um dos melhores do país hoje, sem sombra de dúvidas, toca MUITO), o baterista André Almeida, o guitarrista Lucas Nunes (outro monstro que consegue casar as nuances mais brasileiras, mais acústicas e suaves com o peso e a levada â la Hendrix) e pelo compositor e violonista Tom Veloso (sim, ele é o filho mais novo de Caê).

As influências da banda estão pra lá de explícitas: Novos Bahianos, Tropícália, Psicodelia, Rock Progressivo, músicos expandindo sua visão sobre o mundo e sobre a música, experimentalismos, viagens lícitas ou ilícitas ... limites? Pra que? Tanta referência e qualidade fez com que os caras fossem apadrinhados por um ícone da épooca, Milton Nascimento, que além de ser o padrinho da banda e produzir o álbum, empresta seu vozeirão em "Pintor".

A Dônica resgata um período de enorme profusão musical sem fazê-lo de maneira datada ou caricata, trazendo-o para os dias de hoje com a competência de uma banda de veteranos, fazendo com que esse "Continuidade dos Parques" nem pareça que é apenas o seu disco de estreia e que foi feito em 2015 dado o revisionismo da obra.

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A Dônica começa a trilhar o seu caminho de maneira sólida, com guitarras em profusão, letras viajandonas, instrumental da melhor qualidade e produção pra lá de esmerada, coisa de quem vem pra ficar e pra galgar o seu lugar entre as boas novas da música brasileira.

Curioso pra vê-los ao vivo e pra ouvir o segundo disco que parece já estar em produção.

Logo Menos tem mais.

 
Pra ouvir os caras, acessa aí:


Para comprar o álbum, acesse esse link.

O site oficial da banda está aqui.

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