17 de janeiro de 2019

Meu emprego é insubstituível? (Crônicas Amarelinhas #8)

Durante minhas merecidas férias, fiz algumas viagens. Eu diria deslocamentos entre um local e outro… apenas isso. No caminho, é muito evidente a quantidade significativa de caminhões nas estradas. Vendo isso, me veio em mente, algumas reportagens e pesquisas que vi a um tempo atrás. São os caminhões autônomos.

Pois é, provavelmente, teremos frotas de caminhões movidos por GPS e controlados por máquinas. Isso talvez, ocorra muito em breve. Mas e o caminhoneiro? Pra onde vai?

As reportagens sobre essas novas máquinas, podem ter surgido na época da greve dos caminhoneiros em 2017. Na época não dei muita atenção, mas pensei nisso atualmente.
Para aonde vão essas grandes quantidades de pessoas que não tem uma formação profissional diferente e possivelmente perderam seus empregos para seus próprios caminhões?

Você pode pensar e dizer que é culpa dessa mudança, se dá pelo novo mercado econômico e pelo desenvolvimento da tecnologia. Dessa forma, não há o que se fazer. Nós temos que nos adequar ao futuro.

Quando eu era menor, participei da transição da máquina de escrever para o computador. Não fiz o famoso essencial (para a época) curso de datilografia. Um pouco depois a datilografia deixou de ser importante. Quer dizer, o datilógrafo aprendeu a usar o computador, suas condições de vida e saúde foram melhoradas e a vida seguiu, uma nova profissão surgiu.

E o caminhoneiro? Vai substituir sua profissão e sua mão de obra, pelo que? O mundo está preparado para dar uma formação diferente a esse tipo de indivíduo? Qual vai ser essa nova profissão ao antigo caminhoneiro? “Que cilada, Bino...”

Também vi por essa semana, no programa da Fatima Bernardes. Em que uma “especialista” (como se prever o futuro fosse uma profissão) dizia que em pouco tempo, algo em torno de 60% dos empregos de hoje não existiram mais.

Apesar do choque inicial, isso não é algo raro ou incomum. Alfaiates, sapateiros, ferreiros, engraxates, entre outros, estão cada vez mais raros e sem mais serventia. Dessa forma será que meu emprego é insubstituível? Minha formação profissional será eterna?

Hoje ainda, mesmo depois do fim da paralização. Estamos sofrendo reflexos, econômicos, sociais e políticos da greve dos caminhoneiros. Mas e amanhã? Quantas greves serão suficientes para que meu emprego e trabalho tenham relevância novamente?

Quanto de tempo de paralização trará ao meu trabalho dignidade e importância?

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