12 de julho de 2015

Para que servem os Hobbies?

Todas as pessoas economicamente ou academicamente ativas têm obrigações a cumprir. São tarefas no emprego, trabalhos no colégio ou na faculdade, contas a pagar, casa pra cuidar, filhos pra criar, etc.

A lista é imensa. E também variável. Cada um tem lá suas obrigações mais ou menos urgentes.

Felizmente para alguns (ou muitos… não sei ao certo) é possível dedicar algum tempo com – digamos – "não-obrigações". São aquelas atividades que fazemos por prazer. Para nosso deleite pessoal. Coisas que gostamos e que refrescam nossa mente para que possamos cumprir com as obrigações.

Alguns chamam estas "não-obrigações" de hobbies.

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Bom… eu tenho alguns. O principal deles hoje em dia, na verdade não é um hobby… brincar com minha filha. Isso não é um hobby… é uma benção.

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E é claro que os peludos (Tobias, Meg, Mike e Nina) também não são hobbies… são meus filhotes peludos.

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Vamos falar então somente dos hobbies…

1) Livros: Adoro livros. Em geral, os romances. Mas livros históricos também são bem legais. A leitura sempre me ajuda a enxergar um problema com mais serenidade. Atualmente estou lendo "O chamado do cuco" da J.K. Rowling

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2) Seriados e filmes: Netflix e NET são duas importantes aquisições. Não me importo de assistir três ou quatro (bons) filmes na sequência. E os filmes que gosto são tantos que nem dá para listar. Os seriados são apenas três na atualidade: Grey's Anatomy, The Big Bang Theory e Mom. Eu odiei o fato da Warner ter cancelado Forever. Aliás, o cancelamento de Franklin & Bash também incomodou. Ainda não li nada sobre a safra de novos seriados. Ah sim… voltaram a reprisar ER, mas ainda não consegui pegar nenhum episódio.

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3) Caminhar: É incrível que algumas pessoas simplesmente não acreditam nisso. Afinal de contas, sou obeso (e mórbido). Mas eu adoro caminhar! Funciona assim: na primeira meia hora de caminhada você está com a cabeça recheada de caraminholas. Na segunda meia hora de caminhada, você começa a sentir o cansaço e começa a se esquecer dos problemas. Por fim, na última etapa da caminhada, você está concentrado em terminá-la. E sua cabeça, limpa e pronta para solucionar problemas.

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4) Games: Mas não é qualquer game não… Na verdade, a lista é mediana: Ragnarok (Eu ainda não tenho um transclasse 99), F1, Fifa, NBA, Civilization e Fallout (Ah… Fallout 4! Como esperei por você!). Para este meu hobby continuar, creio que terei que investir em um console (quem sabe um Xbox One?). Mas essa conversa fica para outro dia…

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5) Magic – The Gathering: sim… um card game criado em 1993 por Richard Garfield e que eu comecei a jogar entre 1994~1995. Já escrevi alguma coisa sobre isso anteriormente.

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Magic é algo bem legal. Exige raciocínio, estratégia, conhecimento de idiomas (muitas cartas são em inglês) e garanto que não é um jogo para gente burra. Além disso, você conhece pessoas, cria novas amizades e principalmente se diverte.

E para mim, um hobby tem que ser isso: diversão.

Ultimamente eu tenho dedicado boa parte do meu tempo livre (depois de morder bastante o pé da filhota) com as cartinhas. E hoje – quando escrevi este texto em 12/07/2015 – tive a oportunidade de participar de um evento de lançamento de uma nova coleção de cartas de Magic. Participei do Pre-Release da Edição Origens.

Foi um evento que durou praticamente o dia inteiro. Encontrei com amigos que também participaram do evento. No pré-jogo, ficamos naquela expectativa de que cartas poderíamos pegar para montar nossos decks. Cartas boas, cartas ruins. Enfim, ganhar, perder, empatar faz parte do jogo. Faz parte da diversão.

Mas não para alguns babacas…

O evento consistiu em cinco rodadas do tipo melhor-de-três. Faz-se um sorteio para definir os duelos e as pessoas sentam-se nas mesas e começam a jogar. E quando você vai jogar contra um desconhecido, é natural praticar a cordialidade e simpatia… não custa nada e o jogo é bem mais legal.

Foi assim no primeiro jogo. Nos divertimos. Demos muitas risadas porque todas as cartas eram novidade para nós. Então sinceramente não sabíamos muito bem o que elas faziam. Foi um jogo bem bacana. Ganhei uma, perdi duas. Resultado final: vitória do meu rival (1-2). 

Ai fui para a segunda rodada. Novamente tive a sorte de pegar um rival muito bacana. Ele não teve muita sorte na montagem do deck, mas se divertiu pacas. E me deu alguns sustos engraçadíssimos. Mas no final, vitória minha (2-0). E com certeza gostaria de jogar com este colega novamente com um deck montado.

E então veio a terceira rodada… e aí começaram os problemas. Primeiro porque o cidadão começou a querer ditar as regras do jogo pra mim e a ser um pouco estupído no modo de conversar. Minha frase neste momento foi: "Cara, isto aqui é para a gente se divertir… não vim aqui pra me estressar. Então vamos com calma, ok? Eu conheço as regras do jogo também".

Os ânimos esfriaram… e aí ficou um jogo bosta… Porque ali na minha frente não tinha um jogador de Magic. Tinha um babaca competidor querendo provar que era melhor do que todos ali. Suas ações demonstravam que – para ele – aquilo era a final de um ProTour ou um Qualifying para algum GP.

Mas… meu Deus… aquilo era só um Pre-Release. Um evento de lançamento de uma coleção de cartas.

ERA PRA SER DIVERTIDO… PQP!

Enfim… ganhei a primeira do cara. Um jogo arrastado, mas que ganhei com justiça. Começamos a segunda partida da melhor-de-três. E aí, o cara me solta a pérola: "Vou pedir pra você jogar mais rápido porque o tempo está esgotando".

Detalhe… Aquele partida ainda estava bem indefinida. E também tinha o fato que eu estava tentando entender os efeitos de algumas cartas. Então respondi: "Estou fazendo o meu jogo… preciso ter certeza do que vou fazer. Não vou fazer jogada errada só porque você está com pressa".

E aí o traste emendou: "Então se continuar assim, vou ter que chamar o juiz".

Estou velho para certas babaquices, para certas posturas arrogantes, para lidar com certos idiotas… "Ora… chame o juiz então!"

Veio o juiz… e aí o cidadão simplesmente diz: "Ele está ganhando por 1-0 e está deliberadamente atrasando o jogo para eu perder no tempo".

Então, além de babaca o cara também era mentiroso…

Aí eu fiquei puto… O cara que vá plantar batatas. Quer competir? Paga passagem e vá competir nos EUA no circuito profissional.

Ainda tentei ter bom senso: "Cara, isso aqui é só um jogo… é para ser diversão".

E então ele emendou mais uma pérola: "Eu não achei meu dinheiro no lixo" (Obs: tem uma taxa de inscrição para participar).

Tenho quase 41 anos… Sinceramente, não é da conta do cidadão o que eu faço ou deixo de fazer com meu dinheiro. Mas ele queria me atingir de alguma forma.

E só aí, eu percebi o óbvio… Era simplesmente um moleque de seus vinte e poucos anos. Um moleque que precisa de muita auto-afirmação. Que precisava daquilo para provar alguma coisa para si mesmo.  Um moleque… nada mais do que isso. Um moleque que precisava ser menos arrogante e mimado, mas que provavelmente teve tudo na vida e que acha que o mundo tem que ser como ele quer.

Eu conheci um outro moleque assim… E me lembrei que a vida ensinou este outro moleque da forma mais amarga possível a ser um pouco mais humilde. E ao me lembrar disso, tomei a decisão mais sensata do dia:

"Ok… faça o seguinte: você ganhou. Eu dou a vitória pra você. Já que você precisa tanto dela. Fique com ela."

E com isso, perdi a rodada (1-2). O assunto rendeu e ainda tivemos uma discussão áspera. Falei algumas verdades para ele. E ele vinha com frases do tipo "Você não sabe com quem está falando" e "Baixa o tom pra falar comigo". Frases típicas de um moleque… um moleque digno de pena…

Felizmente, depois desta rodada, ainda pude jogar com mais duas pessoas que estavam ali para jogar e para se divertir. Perdi uma (0-2) e ganhei outra (2-1). Resultado final do dia: em 5 rodadas perdi 3 e ganhei 2. Fiquei classificado em 19º (de um total de 33 jogadores). O tal cidadão acabou fechando em top 10 e com isso ganhou boosters de premiação. Deve ter feito um bem danado ao ego dele.

Bom… Campeão, faça bom proveito!

Não quero e nem tenho a pretensão de ser um campeão no Magic. Como eu disse antes, Magic é para mim um hobby. Quero ganhar algumas, sei que vou perder outras. Vou colecionar minhas cartas, fazer amigos, jogar. Vou me divertir.

E felizmente, apesar do transtorno, consegui me divertir pra caramba.

Diferente de alguns, eu já aprendi que um punhado de cartas não me faz um homem melhor do que os outros…

Ok… só para deixar o post um pouquinho mais leve no final, quero registrar aqui alguns hobbies que eu gostaria de ter, mas por uma razão ou outra eu não fiz ou não dei continuidade:

  1. Fotografia: eu adoraria saber fotografar e ter uma câmera ao menos semi-pro; na falta disso, vou quebrando o galho com o Lumia.
  2. Jogar RPG: não disponho de tempo para isso… quebro o galho no Ragnarok mesmo.
  3. Montar quebra-cabeças: tem um de 500 peças fechado na embalagem me esperando aqui em casa (e vai continuar esperando por enquanto)
  4. Tocar piano: meu pai achava que isso era "coisa de viado" (idiotice homofóbica dele)
  5. Pescar: mas não em pesqueiros… na beira da lagoa ou do rio mesmo
  6. Jardinagem: queria cuidar de uma horta (tomatinhos, hortaliças, verduras em geral)
  7. Jogar tênis: nunca consegui adquirir coordenação motora para isso

Mas não dá pra abraçar o mundo, não é mesmo?

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