30 de agosto de 2018

Rolling Stones - "Sticky Fingers" (Disco da Semana #36)

Buenas!!!

A resenha de hoje não vai falar de nenhuma novidade (talvez pra mim que nunca tinha me debruçado sobre a obra), pelo contrário, vamos de um dos maiores clássicos da história do rock.

Ah! pode ler sem medo, não vai ter problemas em seu dispositivo. Nessa época Mick Jagger ainda não era pé frio.

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Álbum seminal e clássico dos ingleses do Rolling Stones. Tenho a impressão que a partir daqui, eles se tornam uma das maiores bandas do mundo. Vender 3 milhões de cópias nos EUA, vindo de fora, nos anos 70? Desculpa, mas não é pra qualquer um.

Herdeiro direto da instabilidade pós-morte do fundador e guitarrista Brian Jones (o inaugurador do Clube dos 27) e com Mick Taylor tendo a responsabilidade de substituí-lo de maneira definitiva, traz a banda com um núcleo criativo ainda mais diminuto. Agora as canções descaradamente eram criações exclusivas da dupla Jagger-Richards e isso fica evidente com o passar do álbum.

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Hora elétrico, cheio de levadas blueseiras (que fizeram de Keith Richards um dos mais icônicos guitarheroes mundiais) e distorções orgânicas, coloca o ouvinte para chacoalhar o esqueleto como logo na abertura em "Brown Sugar" e para balançar a cabeça nas faixas mais roqueiras (mas ainda assim com muito groove e malemolência que faz com que eles nem se pareçam ingleses, branquelos e cintura dura. Jagger é um baita herdeiro da tradição da música negra), hora acústico e introspectivo, te leva para outro estado de consciência, paz e calmaria, como em "Wild Horses".

Um disco tipicamente "Stone",  plural e multifacetado, foi grandiosamente bem produzido e mostra a banda em um momento de transição. Tendo um segundo guitarrista a disposição, Keith Richards tem mais liberdade de alçar vôos e se mostrar como o gênio que é. Várias "viagens" guitarrísticas mostra o virtuosismo do inglês sem soar chato (o que é uma tremenda qualidade). Blues, Rock e Country transbordam de seu caldeirão de referências.

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Tão icônico quanto o  seu conteúdo é a sua capa, criada pelo messias da pop-art Andy Warhol, capa essa que foi brutalmente criticada pelo conservadorismo dos lojistas estadunidenses (crítica essa que fez com o interesse no álbum se tornasse ainda maior).

Uma obra atemporal, soa tão vigorosa hoje como em seu lançamento no longínquo 1971. Não à toa, as principais publicações sobre música coloca esse álbum entre os 200 mais influentes de todos os tempos, ou seja: Imperdível.

Quer conhecer um dos pilares do ritmo que mudou a música no século XX? Pode chegar sem medo e clicar aqui. Consuma SEM moderação, pois esse é mais do que recomendado, é essencial.

Logo menos tem mais.

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