31 de dezembro de 2013

Agora eu sou pai!

Quem gosta de videogames geralmente escolhe um jogo e o chama de "meu favorito". Muitos gostam de Mario, afinal, quem não gosta de Mario? É um jogo simples, divertido, cheio de pequenas passagens secretas, puzzles, etc. Mario marcou uma grande geração, inclusive um pedaço da minha. Passava horas na frente da TV com o Super Nintendo ligado tentando passar das fases embaixo da água, ou então dos vários castelinhos espalhados pelo mapa. Minha irmã é mais velha e quando não conseguia tentava dar o controle pra ela, quem sabe ela não consegue. Se saía pior que eu. Mario Kart, Mario Kart 64, Mario Bros, Mario Yoshi Island, incontáveis "Marios" para jogar e se divertir. 
Super Mario World - Nintendo 1983


Eu me diverti muito jogando Mario, mas ainda não é a coisa, ainda não é o que eu sinto o calafrio quando começo a jogar, jogo Mario para relaxar, não como uma campanha, uma missão feita para mim: Zerar. Não o Mário.
Passados alguns anos, conheci jogos pelo computador. Frequentava muito uma Lan House chamada Placefun perto da minha casa. R$5,00 por duas horas. Com 14 anos já jogava Counter Strike até que conheci Priston Tale. Esse foi um grande candidato. MMORGP (Massive Multiplayer Online RPG), um jogo de RPG online onde eu crio meu personagem e vou passando de leveis, adquirindo novos itens, mais dinheiro etc. Foi o primeiro jogo e talvez o único jogo que tive que parar por um certo medo. No site tinha uma loja online onde você obtinha crédito pagando com dinheiro de verdade. Promoções que deixam as ofertas de férias do Steam no chinelo. 2kk (2 milhões em ouro), por R$4,00. Poções para aumentar experiência adquirida pelo personagem e conseguir passar dos leveis mais rápido por R$6,00. 80 potes do maior Mana do jogo, R$1,50. Vendia todas as Manas por 7k (7 mil em ouro cada pote) e fazia muito dinheiro, milhões e milhões. Consegui chegar no level 81 mas parei porque vi que estava gastando e já estava perdendo a graça. Gostava mais de comprar novos itens e vende-los do que de ir matar monstros para passar de level. Parei com ele. (A algum tempo voltei e consegui chegar no level 86, mas o jogo está quebrado. Com a facilidade em conseguir dinheiro, houve inflação do ouro. Um daqueles pote de Mana hoje em dia custa em torno de 60k. Ouro não vale mais nada).


Priston Tale - Hazit Games 2009


Comecei a procurar outros jogos. GTA, Tibia, Gran Chase, Ragnarok, mas nenhum deles me prendia igual Priston Tale, até que um dia um amigo meu me emprestou um certo jogo da Valve chamado Half Life. Acho que não preciso explicar o resto. Zerei o primeiro jogo da série em torno de 7 vezes, os outros 3 zerei apenas uma vez e espero pelo 5º da série. 

Half Life - Valve 1998


Até hoje adoro esse jogo mas ainda sim, faltava alguma coisa, algum aspecto do jogo que precisava me chamar, alguma coisa que me prendesse, mas o que ? E qual jogo teria esse aspecto, essa característica ?
Duas semanas atrás fiquei com saudade do Super Nintendo e dos jogos, baixei um emulador e comecei a instalar os joguinhos. Mortal Kombat, Mario, Top Gear, F-Zero e lembrei de um, que nunca consegui zerar, achava difícil controlar o personagem, a atmosfera era assustadora desde o nome da marca no início até o momento do jogo. Claro, na época eu era pequeno, e quando pegava essa fita na locadora não tinha a menor noção do porque da minha escolha. Eu sabia que não entendia nada desse jogo, porque pegá-lo de novo? Mas pegava. No emulador consegui jogar mas lembrei de quando tentava jogar esse jogo, e no primeiro som da trilha sonora, na tela do menu onde estão os jogos salvos, percebi que era o meu jogo, o jogo que eu queria jogar, tinha sede por esse tipo de jogo, não vi a hora, só quero jogar, é esse. O jogo ?

Super Metroid - Nintendo 1994


Tinha que ser a Nintendo. Não sei o que ocorre, a história desse jogo é sensacional, envolve aliens, explosões, tiros, mais aliens, ambientes sombrios, trilha sonora pior ainda, puzzles para se resolver, tudo o que eu gosto vamos dizer.
Não posso dizer muito sobre Super Metroid, ainda não consegui zerá-lo, talvez nem queira, gosto e jogar ele, não quero zerar. Se eu zerar e começar de novo, já saberei o que fazer.
Deixe de lado Crysis 2 com gráficos tão avançados que preciso recrutar a equipe do Projeto Manhattam pra fazê-lo rodar na minha máquina. Chega de zumbis do Call Of Duty, acabou as gangues do GTA. Esqueça Fallout, nunca ouve guerra nuclear (o dono deste blog me multará por dizer isso).
Voltei ao Super Nintendo e que saudade. Agora eu sou pai, adotei esse jogo como meu favorito. Vem ni mim Samus.

Um comentário:

  1. Meu eterno favorito será o Fallout... não o 3 ou o New Vegas... mas o Fallout 1 com sua perspectiva isométrica em 2D. Adoro os jogos atuais da série e também outros que estão por aí... mas o encanto está justamente nas milhares de possibilidades que o jogo permitia... podia ser bom, mal, malvadão, bonzinho, bundão... A cada personalidade, um jogo reinventado... não me canso de jogar aquela bodega...

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