23 de agosto de 2015

Nomes de Presidentes


Começamos com um Deodoro. Nome pomposo para uma pompa que nem ele reconheceria no cargo que, enfim, assumira meio sem querer. Depois outro militar, Floriano. Governou mais com a espada que com a cabeça. Precisamos esperar o terceiro presidente para podermos elegê-lo pelo voto. É certo que nem todos nós poderíamos votar naquela eleição, e se hoje nos assustamos com o tanto de candidatos que aparecem para o cargo, naquela eleição houve 29. Mas o que importa é que ele se chamava Prudente.

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Inaugurando a fila de presidentes com nomes mais brazucas, veio então um Manuel, que fez o primeiro ajuste fiscal digno deste nome - o que Joaquim Levy ainda não fez. Depois dele um Francisco - único Chico a nos presidir. Teríamos outro, na verdade o mesmo, mas ele morreu antes de assumir o segundo mandato para o qual foi eleito de novo 16 anos depois. Aí assumiu um Afonso. Era bom de voto, surrou Rui Barbosa nas urnas. É lembrado por inaugurar em seu governo a idéia da integração nacional - no que foi devidamente auxiliado pelo Marechal Rondon. O conceito existe até hoje, até porque "integração nacional" ainda é só um conceito. Ele também foi o primeiro a morrer no exercício do cargo, tendo assumido após a sua morte o vice, chamado Nilo.

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Depois dele, o único presidente militar que tivemos eleito por voto direto, de nome Hermes. Ele completou bonitinho seu mandato e o passou ao sucessor eleito, chamado - e tome nome esquisito - Venceslau. Em seu mandato explodiu a Primeira Guerra Mundial, e a escassez de tudo fez com que ele impulsionasse a industrialização no Brasil, até porque não tinha outro jeito. Findo seu mandato, foi eleito de novo o Francisco, aquele de quem falamos. Mas ele morreu antes da posse, e assumiu seu vice, de nome Delfim.

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Naquela época, o vice que assumia nestas condições tinha que convocar novas eleições, e estas elegeram um Epitácio, que aliás tinha como vice aquele mesmo Delfim. Depois do Epitácio, tivemos um presidente com nome de rei, Artur (teríamos outro Artur mais na frente). Ambos fizeram governos tensos, por diferentes razões. Este primeiro governou sob estado de sítio por um bom tempo. O segundo baixava o porrete mesmo, mas isso veremos depois.

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Tivemos então, assim como os Estados Unidos, um presidente chamado Washington, mas com a diferença de que o nosso trazia como nome próprio o que no norte-americano era o sobrenome. Depois dele foi eleito um Julio, que ganhou mas não levou. Fizeram um trololô danado, a ponto da presidência ser ocupada por três de uma vez só, a saber, Augusto, Isaías e João. Não ficaram nem dez dias. Um presidente chamado Getúlio assumiu provisoriamente e este governo provisório durou uns quinze anos. Quando ele saiu, deu lugar ao primeiro José a assumir a presidência. Este ficou uns dois, três meses, até que foi eleito um Eurico. Ele foi sucedido por aquele mesmo Getúlio, que retornava agora, por força do voto. Umas questões muito sérias o levaram a ser o segundo presidente a morrer no cargo, com a diferença que o fez pelas próprias mãos.

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Aí foi um Deus-nos-acuda. Assume o vice, chamado João, que ficou bem doente e não conseguiu terminar o mandato. O presidente da Câmara, de nome Carlos, só tinha que conduzir o país por poucas semanas até entregar a faixa ao presidente que já havia sido eleito pelo voto. Andou falando umas coisas sobre não entregar o raio da faixa e durou três dias no cargo. Em seu lugar assumiu o presidente do senado, de nome Nereu, que aí sim, passou o cargo ao eleito, que se chamava Juscelino.
 
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Juscelino entregou a faixa ao seu sucessor eleito, chamado Jânio, numa capital novinha, que ele tinha mandado fazer. Parecia que teríamos paz mas Jânio resolveu renunciar.

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O vice, outro João, estava viajando para fora do país. Era metido com comunistas e por pouco não o fazem ficar onde estava na marra. Até que ele voltasse, fomos presididos por um Pascoal. O João, uma vez que assumiu teve muitos problemas e foi deposto. O tal Pascoal assumiu de novo, até que se inicia o ciclo da ditadura militar, primeiramente com um Humberto.
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Ele passou a faixa ao Artur, de quem falamos acima, que foi quem promulgou o AI-5. Este Artur não morreu no cargo, mas ficou incapaz por um derrame. Tinha um vice civil, chamado Pedro. Mas, pelo sim pelo não acharam melhor que ele não assumisse, e uma junta com três militares, Aurélio, Augusto e Márcio tocou o governo até a ascensão de um chamado Emílio. Este passou a faixa para um Ernesto, que por sua vez passou para o quarto João a nos presidir. Curiosamente os Josés e os Joões que nos presidiram não foram diretamente eleitos pelo voto. Este último João, inclusive, pediu que o deselegessem da memória quando saiu.


Em seu lugar assumiria um Tancredo, que também morreu antes de assumir, e o governo ficou na mão de um José. Havia muita esperança em Tancredo e nenhuma em José - e ele não nos decepcionou. Saiu pela porta dos fundos no fim do mandato, se recusando a entregar a faixa a um Fernando.

Fernando Collor de Mello, primeiro presidente eleito pelo voto direto após os 21 anos de ditadura, seu governo foi marcado por escândalos e corrupção, renunciou após um pedido de impeachment, governou o país de 15/03/1990-29/12/1992. CARIOCA.

Este até que saiu pela porta da frente mas antes de terminar o mandato. E não foi por ter sofrido impeachment como muitos pensam, mas porque renunciou antes disso. Parece que não aprendeu a se comportar até hoje. Em seu lugar assumiu um Itamar, que fez um ajuste na inflação, liderado por outro Fernando, que acabou se elegendo presidente duas vezes.

#Caricatura de Fernando Henrique #Cardoso, presidente o país, reeleito, governou de 01/01/1995-01/01/2003.

Passou a faixa para um Luís, num momento realmente emocionante para o país, na mesma medida em que os últimos tempos tem sido decepcionantes.
#Caricatura de Luís Inácio #Lula da Silva, presidente o país, reeleito, governou de 01/01/2003-01/01/2011.
Luís ficou dois mandatos e passou o cargo para a primeira mulher presidente - "presidenta" é só mais uma de suas bobagens - chamada Dilma.

#Caricatura da presidente #Dilma Rousseff, primeira mulher a ser eleita presidente do Brasil, assumiu em 01/01/2011.

Tuuudo isso aí para dizer o seguinte: eu, Michel, nunca imaginei que pudesse ter um xará na presidência. Mas parece que este tal xará já se imagina com a faixa...


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