6 de janeiro de 2014

Pirataria vs 8ª Geração

Andando pela rua do meu bairro em SP, a cada minuto um camelô te chama para comprar jogos, controles, tudo o que você pode precisar para um videogame por um preço extremamente baixo. (Um jogo de Xbox 360 está R$13,00, claramente pirateado). A facilidade de se conseguir é imensa e é mais atrativa desde o início do Playstation. Mas as novas características da 8ª geração mostram uma estratégia para barrar esse sistema impróprio.



Primeiramente a mídia da nova geração será Blu-Ray que possui uma qualidade maior mas um preço mais alto que as mídias comuns mais usadas. Talvez um jogo pirata, apesar de ser mais barato que o original, ainda será uma compra salgada. Lembrando que um gravador de Blu-Ray também é mais caro. Com certeza a época de comprar 3 por R$10,00 irá acabar.

Agora temos que observar a característica que fez os Gamers que gostam de baixar e jogar estremecerem. Tanto a Sony quanto a Microsoft lançarão consoles que necessitarão de verificação diária, ou seja, ele deverá ficar conectado à internet impossibilitando que coloquemos um jogo pirata no console sem que saibam. Além de aumentar o leque de opções que uma pessoa pode fazer em um videogame por exemplo, jogar com amigos, irá dificultar (e muito) a pirataria.

A troca de jogos usará um sistema um tanto quanto fechado, MAS OCORRERÁ. Havia boatos que não seria possível. Poderá trocar jogos com amigos que estão a mais de 30 dias em sua lista de amigos (apenas 1 vez). Se a transferência for de pessoas desconhecidas, o serviço é cobrado. Se a pessoa for jogar na casa de amigos, os seus jogos podem ser acessados da casa dele (outra possibilidade aberta pela internet).



Mas será que todas essas medidas vão barrar o monstro que se tornou a pirataria? Em uma recente discussão com um colega surgiu a frase: "Se o preço e a facilidade de adquirir jogos ainda for pior que o mercado pirata, talvez essas medidas não tenham o efeito desejado."
Cada geração dificulta o caminho para a pirataria mas sempre acaba-se descobrindo um jeito de se desbloquear um console ou até jogar sem que a informação seja vazada. Talvez nessa geração, apesar da maior dificuldade, aconteça isso.


Outro ponto importante é que as companhias de jogos sabem do tamanho da pirataria, sabem que se uma pessoa puder pagar R$20,00 em vez de R$200,00 em um jogo, ela vai pagar. Apesar de todo o suporte técnico perdido e o resto das regalias que o jogo oficial nos dá, tenho certeza que muitas pessoas ainda comprarão o mais barato. Hoje em dia, jovens que ganham um salário mínimo possuem Xbox 360 com diversos jogos pirateados. Será que ele conseguirá jogar do mesmo jeito com jogos com alto preço? Será que as estatísticas de "Console mais vendido", "Jogo mais jogado", consideram APENAS jogadores com jogos originais? Será que a pesquisa não entra na atmosfera pirata? Se entrar, barrar a pirataria não significaria "esfriar" um mercado que cresce muito mais que o cinema?

A questão principal não é: Piratear é certo ou errado? Está mais do que claro que é errado, existe o prejuízo das companhias que produziram o jogo. O assunto é: A viabilidade e efeitos da pirataria não só sofrido pelas companhias, mas também pelo mercado consumidor.

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