30 de março de 2013

Estruturas de poder e o poder para não se fazer nada…

Poder… para alguns ter o direito de mandar é quase uma obsessão. Não importa o tamanho, a posição, o número de comandados. As pessoas querem ser influentes, querem  a palavra final. Querem o poder.

Ultimamente, tenho visto muitas disputas pelo poder. Vi a disputa velada de cardeais em busca da primazia papal. Vi um deputado lutar com todas suas forças para manter em um comissão parlamentar (no caso, o Pastor Marcos Feliciano em sua determinação por manter-se na presidência da comissão de direitos humanos da câmara federal), vi um ditador comunista ameaçar os Estados Unidos com mísseis nucleares. Vi os Estados Unidos demonstrarem seu poder para esta mesma nação comunista (a Coreia do Norte) por meio de exercícios militares. Vi um presidente que mesmo depois de morto comanda o seu país.

caleidosc

Vi também coisas menores. Vi “educadores” sedentos para mandar e desmandar. Tudo pelo objetivo final, ter o poder ou ao menos ter o direito de palpitar. Vi picuinhas… vi comentários e fofocas…

Grande bosta…

Há alguns anos atrás eu talvez fosse dotado de alguma ingenuidade ao observar as pessoas que trabalham com educação. Considerava todos idealistas e injustiçados tentando melhorar a situação da educação. Tentando ensinar. E neste cenário, teríamos pessoas comprometidas com o objetivo do seu trabalho.

Grande erro…

Depois de alguns anos na educação vejo sim alguns poucos profissionais realmente engajados com seu trabalho. Recentemente tive a oportunidade de acompanhar por alguns minutos a aula de uma professora e fiquei surpreso com a qualidade da aula e o talento para ministrar a aula. Um exemplo a ser seguido. Infelizmente, este professor comprometido não é a regra… apenas uma honrosa exceção.

Mas, apesar destes momentos de brilhantismo, vi pessoas desmotivadas, cansadas preocupadas mais em criticar do que propor, pensando apenas em como derrubar a opinião que é contrária em não aceitar o novo, em recusar uma renovação. Reticentes em trabalhar construtivamente. Vejo um total desprezo quando a questão é discutir a educação.

Pensam em discutir, bônus, aposentadoria, compras da Avon, Natura e similares, fofocas de corredores sobre um ou outro professor, mas quando a discussão é sobre – por exemplo – um plano multidisciplinar para aulas de professores eventuais (quem é da área, sabe do que se trata), o debate é esvaziado e cria-se um viés pelo “status quo”. Ou então… “Deixe tudo como está”.

Grande decepção…

Eu bem que gostaria que isso fosse algo pontual, localizado, mas infelizmente não é… vi algo parecido anteriormente e ouço relatos semelhantes em diversas escolas.

E o mais triste é… vejo pessoas engajadas nesta mudança, esforçando-se em trabalhar. E vejo que justamente estas pessoas que tentam trabalhar é que são as mais atingidas. E o tudo o que se avançou é jogado pelo ralo.

E aqueles que defendem o status quo… aqueles que querem tudo como está, ainda se orgulham disso…

É uma pena… de que adianta a boa vontade da direção de uma escola se alguns lutam para manter o que não funciona e querem apenas o poder de não fazer nada?

Não é grande… mas com certeza é uma boa pergunta…

Feliz Páscoa!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...