5 de novembro de 2018

Você é aquilo o que você posta? (Crônicas Amarelinhas #3)

Em 06 de maio de 2017 postei em minhas redes sociais a seguinte frase:

“Questão filosófica, você é o que você pública nas Redes Sociais?”
Luiz Filipe Pereira, via rede social do livro das faces.

Como não sou tão popular nas redes sociais, não recebi milhares de curtidas ou comentários, apenas alguns amigos que realmente refletiram minha intenção e deixaram seus comentários.

Adorei isto por sinal… e acho que por razão parecida, escrevo para esse blog.

20181105_cronicas

Pois bem… Após esse período, não creio que meu círculo de amizades virtuais tenha efetivamente mudado depois desta reflexão. Logicamente, seguimos modelos e padrões de outras pessoas, que eu chamo de “modismo”. Esses modelos e padrões estabelecidos por algumas pessoas, são replicados e retransmitidos por uma grande parcela de indivíduos nas redes sociais.

Isso mesmo, existem pessoas (gente de verdade, carne e osso) que alimentam as redes sociais, por mais que a internet seja povoada – aparentemente por robôs – existem seres vivos que demonstram alguns fatos de suas vidas nas redes sociais.

Após as eleições, achei que iria ter uma rede social de paz e tranquilidade, que ia ver apenas fotos de comidas, praias, cachorros e academias.

SocialMedia_Kids

Mas não… parece que estou andando em um campo minado, sem explosivos, mas com milhares de imagens e vídeos sobre política, ódio, desinformação, ignorância, vitimizações, entre outras dezenas de coisas. A eleição não passou – e na verdade não, vai passar – acho que as redes sociais ganharam um rumo bem diferente do que deveria ser.

20181105_cronicas_03

Vendo filmes e documentários sobre as redes sociais, percebi que a ideia ainda é boa. Você pode falar com pessoas mesmo a distância. Pode rever amigos que não encontra mais. Pode mostrar e expor suas felicidades e alegrias para que outros possam te ajudar

Parece muito bom, não é? Mas acho que isso acabou…

Se eu postei (que vem do inglês “post” e o Brasil fez disso um neologismo) algo nas minhas redes virtuais, isso é o que realmente eu sou? Qual o meu objetivo com isso? Serve para dar um recado para alguém? Serve para que aquela pessoa leia e se sinta mal? Serve para que eu diga àquela “celebridade” (ou pseudo-celebridade, é outra invencionice da linguagem coloquial, mas este eu gosto de usar), que ela não me representa e que eu odeio tudo o que ela faz, pelo simples fato de eu odiar?

Tudo isso é você mesmo?

Vejo brigas, processos, tristezas, problemas de relacionamento, dor e sofrimento, violência e muita… mas muita ignorância. E vejo isso, não porque eu sou o inteligente ou intelectual, que sabe tudo sobre tudo mas por ver pessoas refletindo mentiras e ofensas de formar gratuita, com uma única justificação:

“Só estou compartilhando”.

SocialMedia_Kids2

Agora deixa eu te perguntar uma coisa. Depois de ler tudo isso… Depois de você se identificar (ou não!) com tudo o que eu coloquei… Depois de refletir bem sobre o assunto… Me responda sinceramente uma coisa:

Você é o que você pública nas Redes Sociais?

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