Buenas,
A resenha de hoje é de um disco não tão novo, mas de uma importância vital na minha bagagem musical e um dos maiores discos do rock brasileiro.
Eu tive o prazer de escutar esse disco ao vivo em um pocket show que eles fizeram no começo de dezembro/2014. Aliás, na ocasião, tive a oportunidade de resenhar aquele show aqui mesmo no UBQ… Você pode conferir a resenha neste link. E o que eu posso dizer? Bom… ele soa tão bem quanto em estúdio. Hoje falamos da volta… o retorno triunfal do Gram.
Cara, que disco é esse?! SENSACIONAL!!! O Gram, após 7 anos de hiato, voltou em 2014 com os dois pés no peito, cobrando o seu posto de melhor banda do rock’n’roll brasileiro (com méritos e direitos) e lançando o disco do ano (entre os nacionais… fato consumado).
Após o fim abrupto e inesperado em 2007 com a saída do vocalista e principal compositor, Sérgio Filho, como continuar? Levou um bom tempo para que os remanescentes (Fernando Falvo na bateria, Marcello Pagotto no baixo e Marco Loschiavo com as guitarras) conseguissem equalizar o término e se reconstruírem como banda e unidade.
Infindáveis pedidos públicos de volta, e várias conversas com o ex-vocalista aconteceram sem que se houvesse um consenso sobre o retorno. Ao final, optou-se pela continuidade, mas com um novo vocalista, Ferraz foi incorporado e deu o gás que eles provavelmente precisavam pra voltar a ativa, da mesma maneira inesperada com que foram.
O disco – um EP com 7 canções, e menos de 40 minutos – nos deixa sedentos por mais novidades. Abre guitarreiro com "Sem Saída", a escolhida pra ser o single de estreia. O disco é plural, muito diversificado.
Da balada cheia de slides e violões e letra genial em "Toda a dor do mundo" ("... e tão bela é a luz que ilumina sem perguntar por que, por ser tão breve de si...") a levadas hendrixianas em "Meu tom", mostram que não perderam a mão e que evoluíram nesse tempo longe.
Ecos de rock inglês dos anos 90, cozinha extremamente bem formulada, guitarras cheias de personalidade e criatividade, além de violões que são um recurso muito utilizado nesse novo trabalho dos caras, são a base para a voz de Ferraz que se impõe a frente da banda e mostra que é uma grata e positiva surpresa, principalmente em "Sei" onde o vocal realmente toma a frente.
O mais bacana, foi contarem com o aval e apoio do antigo vocalista, que deu a sua benção pra que essa volta acontecesse, e se declarou fã dessa nova formação.
O Gram mais uma vez nos dá uma aula de rock’n’roll cosmopolita e contemporâneo.
Mais do que recomendado, essencial. Quer ouvir? Clica aqui.
Logo menos, tem mais.
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