Buenas,
Depois de um fim de semana de feriado e um merecido descanso pra cabeça, nada melhor do que seguir a semana com música da melhor qualidade. E nessa semana, vamos falar de uma obra que completa 20 anos agora em 2018 e que é uma influência direta no meu gosto musical e na minha maneira de tocar e compor (eu tento).
Placebo é na minha opinião, a mais americana das bandas inglesas da safra dos anos 90 mostra toda a sua relevância, criatividade e virulência no tão esperado segundo álbum. Se o primeiro chocou a grande mídia pela androginia do vocalista/guitarrista Brian Molko, aqui o lance são as letras provocativas sobre sexo, drogas e também sobre sexualidade, por que não? Molko se rasga de pudores e se mostra um compositor de mão cheia sem medo de dar a cara pra bater e soar como um porta voz, quase que um manual de instruções da adolescência do fim dos anos 90.
O álbum traz uma atmosfera mais calcada na sonoridade gótica dos anos 80 e no punk rock de instrumental agressivo, cheio de guitarras distorcidas e cozinha pesada (baixo de Stefan Olsdal e bateria de Steve Hewitt), para ocupar no cenário alternativo a fatia que anteriormente era ocupada pelas bandas grunge de Seattle e que aqui já estavam em decadência. Fez a cabeça tanto dos neófilos como dos roqueiros mais das antigas que se identificaram com a sonoridade. A produção de Steve Osborne (U2, Happy Mondays, New Order, etc.) é certeira e faz do disco uma obra inigualável.
Em um de seus singles, o que leva o nome do disco, tiveram a participação de David Bowie cantando em parceria com Molko, a quem costumava chamar de "minha filha perdida". Seus outros singles viraram hits que tocavam ininterruptamente nas principais rádios de rock e na MTV.
Um discaço pra roqueiro nenhum botar defeito, tanto em letras como em todas as suas composições, de sonoridade simples, mas de extremo bom gosto, mostra que não é preciso reinventar o rock para ser lendário e fazer história, para isso, basta um punhado de canções indefectíveis que marcaram uma geração toda.
A fórmula é simples na teoria, mas pra conseguir colocá-la em prática, há a necessidade de se despir de seus pudores e de certa dose de genialidade, e isso, o Placebo (ainda) tem de sobra.
Quer entender o impacto de um álbum atemporal e pra lá de essencial na discografia básica de quem cresceu nos anos 90, clique aqui.
Disco mais do que obrigatório, é daqueles que se deve ter em todos os formatos (vinil, cd, mp3, fita k7, etc) para mostrar orgulhoso aos filhos. Uma obra daquelas que mudam vidas.
Logo menos tem mais.
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