Ok… acordei na manhã de segunda-feira (após mais uma das minhas terríveis noite de insônia) e aparentemente o mundo não acabou. Após um processo eleitoral acalorado e dicotômico, as eleições 2018 trouxeram mudanças importantes. E estas mudanças são agressivas e extremas. Mas em meio a tudo isso, uma questão fulcral…
Os resultados são definitivos… mas são relativos. Bolsonaro venceu a eleição com 57.797.847 votos. Haddad teve 47.040.906 votos. Ainda tivemos uma abstenção de 31.371.704 eleitores, 2.486.593 votos brancos e 8.608.105 votos nulos.
Considerando então somente os ELEITORES HABILITADOS, Bolsonaro teve 39,2% dos votos… O que significa que 60,8% dos eleitores não votaram no Bolsonaro. Em uma conta prática… nenhum presidente se elege com a maioria do povo.
Mas apesar disso, ele precisa governar para todos. E aí está uma tarefa bem difícil.
Eu usei este mesmo argumento por conta da eleição de Dilma Roussef em 2010. Governar não é tarefa fácil. Mesmo porque ninguém governa sozinho. Há um senado, uma câmara de deputados, governadores… é uma federação de estados, com vários partidos políticos… E conseguir fazer este povo todo conversar de modo consensual… como eu disse, não é tarefa fácil.
Observando a posição da ideologia derrotada, que não teve sequer a dignidade de cumprimentar seu adversário por ocasião de sua vitória (e só o fez no dia seguinte por pressão da mídia), percebo que a tarefa será dura. A chamada “oposição” promete ser dura e muitas vezes intransigente.
A verdade é que não sabemos como será o governo Bolsonaro. Existem muitas especulações. Muita gente cagando regra e definindo que tudo sairá errado. Isto é temerário. E o pior é que o PT e seus aliados sinalizam uma oposição obstrutiva e até mesmo destrutiva.
Espero do fundo do coração que o PT e aliados não voltem a fazer aquela oposição merda querendo barrar tudo, não importando se é algo bom ou ruim. Pior do que uma administração ruim é uma oposição burra.
Eu de fato não sei se o Brasil está pronto para o Bolsonaro… mas vejo que a oposição precisa se preparar para ele. Para questionar quando necessário, para objetar se for este o recurso.
E o Brasil? Onde entra nesta história?
Bom… deveriam pensar que estão num avião em pleno vôo. E que neste momento, o piloto do avião atende pelo nome de Jair Bolsonaro. E isto deve funcionar como estímulo para que o governo dê certo. Porque durante o vôo, duvido que algum passageiro torça pelo fracasso do piloto.
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