Confesso que tomei um susto quando me dei conta que já faz mais de quatro anos que eu adquiri o meu e-reader da Amazon: o Kindle.
Resolvi escrever este texto em razão de uma notícia publicada no portal do Estadão (mais especificamente no Link), sobre a possibilidade do desaparecimento dos e-readers em um futuro não tão distante. Com um tom pessimista sobre o futuro do dispositivo, o artigo assinado por Bruno Capelas e Andre Klojda, conta que a previsão de vendas no mercado global para os próximos 5 anos está em um viés de queda e que a falta do hábito de leitura, combinada com a evolução dos smartphones ameaça o futuro do gadget.
Também achei alarmante – embora não seja uma surpresa – que a participação do mercado brasileiro é irrisória: 76,2 mil e-readers foram vendidos por aqui. É muito pouco.
Mas considerando que somos um país de iletrados… não é uma novidade que isso aconteça por aqui. E o cenário pouco deve mudar, considerando que a grande força do mercado está em livros impressos, e mesmo assim, com títulos de qualidade duvidosa, onde “autores” (sim… entre aspas enormes) como Kefera Buchamann, Felipe Neto e outras celebridades que aproveitam sua fama para vender livro e não obras literárias de fato.
Não temos uma cultura literária, apesar de termos ótimos escritores. É um fato.
Mas hoje, não vou discutir a questão cultural, nem a questão mercadológica. Quero mesmo é falar deste tempo que passei com meu Kindle.
Meu Kindle foi adquirido em 2013. Eu já conhecia o dispositivo há algum tempo e estava louco para por as mãos em um. Na ocasião, fiz um review completo do aparelho e publiquei aqui no blog.
Existem outros leitores digitais bons também. E em alguns momentos, achei até que a oferta de títulos da Amazon seria pequena para competir com os rivais da Saraiva (o Lev) e Livraria Cultura (o Kobo). Até mesmo a Positivo informática tem um e-reader…]
Eu escolhi o Kindle porque… bom… porque eu queria um Kindle. Não estava nem aí se outros aparelhos eram melhores ou se suas lojas dispunham de mais títulos. Eu queria um Kindle.
Ele rapidamente se incorporou à minha rotina. Livros para leitura de entretenimento, leitura de formação e também leitura de trabalho, pois eu criei o hábito de criar uma biblioteca de documentos em PDF em uma formatação “Kindle Friendly” de modo a sempre ter os documentos que preciso ao alcance das mãos. O Kindle não só vai comigo a qualquer lugar que vou, como é presença obrigatória em minha mesa de trabalho.
O meu modelo é um pouco mais antigo. Ele não conta com recursos como iluminação backlight ou então tela sensível ao toque, mas admito que isto não me faz falta. Na época, eu até reclamei que a digitação é demorada. Mas como ele recebe automaticamente os arquivos, a digitação é um evento raro nele. A tal tela com e-ink é realmente sensacional (e continua sendo).
E a bateria… bom, o Kindle vê a tomada do carregador acho que no máximo, uma vez por mês. E funciona tão bem quanto funcionava em seu primeiro dia.
A questão dos livros é tranquila… tenho cerca de 400 livros baixados nele (sim… sou leitor compulsivo) e até me atrevi a converter alguns do formato e-pub para o Mobi (formato padrão do Kindle). Funcionou muito bem…
Além dos livros, devo ter mais uns 200 (ou mais) arquivos em PDF com legislações, manuais e outros documentos importantes para consulta em meu trabalho.
E… caramba… tudo isso já tem mais de 4 anos!
Estou impressionado com a durabilidade e qualidade do aparelho. Mesmo! Tenho trocado celulares numa média de 1,5 a 2 anos… o Kindle não deu um sinal de obsolência ou mal-funcionamento.
Pode até ser que o e-reader venha a se tornar uma peça de museu. Mas a experiência oferecida pelo Kindle, seja no celular, no computador ou no próprio aparelho, transcende o dispositivo. Então, mesmo que o aparelho se vá, todas as tecnologias ligadas a ele permanecerão.
Parabéns, Amazon!
Caso você tenha interesse, vou deixar aqui o link para que você conheça o Kindle.
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