3 de novembro de 2016

Uma onda de saudosismo

Há um tempo atrás vi que a TecToy dava indícios de que relançaria o Mega Drive. Afinal de contas, eles diziam que estavam preparando um “Mega” lançamento. Pois é… Em 31/10 o UOL publicou uma matéria confirmando o relançamento do icônico console do início da década de 90.

O mais interessante é que ele está sendo relançando no seu formato original:

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Eu comprei um Mega Drive, salvo engano, em 1995 quando o console foi lançado em sua 3ª geração aqui no Brasil. O seu layout era um pouco diferente do console original:

Resultado de imagem para Mega Drive 3

Tive poucos jogos. Acho que na época eu contava com o FIFA, Super Mônaco GP, Sonic 2 e só… Fiquei com o vídeo game até mais ou menos 2006. Pelo que me lembro, eu o doei para minha sobrinha.

Este relançamento me fez observar que estamos em um momento onde a sociedade vive um movimento saudosista. Aquela história da panela velha… ela é quem faz comida realmente boa.

Em uma outra notícia (publicada há bem mais tempo), vi que a marca Kodak foi licenciada para produção de smartphones com ênfase na fotografia. Tempos depois, a nova Kodak anunciou o relançamento da filmadora super-8. Um sucesso na década de 80.

Um pouco antes a Fuji e Polaroid relançaram o conceito de câmeras instantâneas. Tem câmera instantânea até da Hello Kitty:

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Até mesmo os automóveis sofreram um toque de nostalgia… O New Beetle há uns anos atrás foi rebatizado aqui no Brasil para o lendário nome “Fusca”. Claro que o novo carro não lembra em nada (em termos de tecnologia) o carrinho sedan que fez enorme sucesso (eu aprendi a dirigir em um deles):

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E se observamos, são muitos os segmentos que se valem desta onda: Coca cola com as garrafas antigas lançadas em uma coleção especial, sem contar as mini-garrafinhas (VOLTEM COM OS IOIÔS!!!!), Gradiente relançando o “Meu Primeiro Gradiente” (Aliás, a volta da marca Gradiente também é uma forma de saudosismo), o retorno do Guaraná Cruzeiro, o ressurgimento dos aparelhos de som do tipo 3-em-1 com o reaquecimento das vendas dos discos de vinil, entre outras coisinhas.

Hum… se bem que eu acho que a Gradiente faliu de novo. Enfim…

Somos nostálgicos? Talvez…

Eu não sou nenhuma autoridade para comentar o fenômeno. Mas como me dou o direito de dar pitacos, aqui vai o meu: acho que a sociedade acredita que o antigo é mais confiável. Acho que vivemos uma época onde não conseguimos confiar totalmente no novo. Apegar-se a alguma coisa do passado que foi testada e aprovada deve passar uma sensação de segurança e confiança.

Pelo visto, além de nostálgicos, somos inseguros também…

Ah, voltando ao Mega Drive… o preço de relançamento é em torno de 450,00 reais. Não sei se vale a pena… existem os emuladores para PC e até mesmo celular. E tem muitos jogos sendo relançados nas plataformas Xbox e PS4 que são bem fiéis aos originais (comprei Pac-Man e Galaga).

Fico pensando daqui a 50 anos quando esta nostalgia atingir o Xbox One ou o PS4… como será que isso vai funcionar?

Isso é assunto para um post que pretendo escrever daqui a 50 anos… até lá!

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