Estou ficando craque em comprar polêmicas. Ainda não estou no mesmo nível do Izzy Nobre (piadinha para descontrair), mas acho que quando um canal que eu gosto e acompanho publica uma informação que pode ser questionada.
O tema da discórdia: uma comparação entre as franquias Star Wars e Star Trek.
Melhor explicar, né?
Bom… tudo começou quando o Víctor Alem que é muito mais conhecido como “El Baramallo” do canal Fazendo Nerdice publicou o seguinte vídeo:
Antes de continuar, eu quero esclarecer pontos muito importantes:
- Eu realmente admiro o trabalho do Elba
- Acho que ele é uma fonte bastante confiável sobre o card game Magic.
- Acho que ele errou ao fazer a comparação entre duas coisas que não tem um parâmetro direto de comparação.
- Minha ideia não foi espinafrar gratuitamente o conteúdo que ele publicou sobre este tema. Mas sim, deixar balança mais justa.
Isto posto, apresento meu vídeo em resposta aos argumentos do Elba:
Sou defensor do diálogo. Acho importante que as pessoas tenham maturidade para debater ideias, sendo que debater implica em falar e também ouvir.
Comparar Star Wars com Star Trek é um erro comum. São propostas diferentes.
Creio que você cometeu dois deslizes ao fazer a comparação. O primeiro deles é óbvio: comparar um filme, com uma série de tv. E ainda mais considerando o hiato de dez anos entre eles. A série original de Star Trek é de 1967 e o filme de Lucas estreou em 1977. Obviamente, a indústria cinematográfica evoluiu neste período. Comparar a produção de uma série de ficção editada com os recursos de dez anos antes é cruel.
O segundo equívoco é comparar as histórias.
O Elba estava absolutamente correto ao dizer que Star Wars é uma fantasia. Eu iria além. Ela é uma fábula. Um conto do tipo capa e espada. Há o herói, há o vilão, há o conflito e por fim, temos a resolução do conflito com o final heroico. Repare que Star Wars começa com a seguinte frase: "Há muito tempo atrás, num lugar, muito, muito distante". Ao colocar isso logo no início, George Lucas permite-se criar a realidade fantástica que ele quiser. A história já aconteceu. E não da história humana. É uma fábula... Não são humanos em busca de algo. É apenas um herói lutando contra o mal, em busca do tal final feliz...
Isso simplesmente não existe em Star Trek. É um exercício de futurologia. E isso suscita a curiosidade. Quem não quer imaginar como serão as coisas daqui cinco, dez, quinze anos?
É claro... este exercício de futurologia é complicado porque obviamente erros serão cometidos. Se você assistir os episódios da série original, verá que as telas imitam fotos de microfilme, relatórios são impressos em papel, comunicadores se assemelham à pequenos rádios e assim por diante.
Agora, expanda isso para as séries seguintes... quando novas invenções surgem. Elas também estão ali, no mesmo exercício de futurologia da década de 60. Só que de uma maneira mais aprazível para nós. Nossa geração não conviveu com cotidianamente com microfilmes, mas convivemos, com tablets, telas sensíveis ao toque, grandes monitores de vídeo... pode não ser real o que vemos ali. Mas é plausível.
Star Trek não é uma fábula. E é um erro grande fechar o universo de Star Trek somente ao que aconteceu da série original. Hoje, isso não é possível.
Enfim, veja os dois vídeos. E tire suas próprias conclusões.
Em tempo… tudo isso aconteceu na mesma semana em que lancei meu podcast sobre as séries de tv de Star Trek. Vale a pena conferir também!
Torço para que o Elba entenda que este vídeo em resposta é uma maneira de enriquecer a discussão e não uma crítica destrutiva, que eu insisto e repito: é muito bom.
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