27 de fevereiro de 2018

Um fone competente! JBL E35 (Análises & Reviews #7)

Após uma excelente experiência com o fone intra-auricular JBL E25BT, cuja resenha você pode conferir neste link, resolvi fazer um upgrade do meu fone de monitoramento. Apesar de funcionar muito bem, o Audio Technica ATH100S (resenha aqui) é um fone mais básico que pode causar algum desconforto após algumas horas de uso.

Levei em conta também o fato de o fone da JBL trazer alguns extras muito interessantes. Mas enfim, vamos a resenha!

Trata-se de um fone de ouvido do tipo on-ear, com cabo padrão de conexão (conector 3,5 mm). Algumas de suas características:

  • Drivers de 40 mm com auriculares revestidos em material semelhante à couro. Uma tela em tecido recobre os falantes.
  • Cabo revestido em tecido com microfone incluído (1,35 metro)
  • Hastes articuladas
  • Arco de cabeça revestido em tecido
  • Dimensões (A x L x C): 18 x 15,7 x 6,5 cm
  • Peso: 164 gramas
  • Resposta de frequência sonora: 20 Hz ~ 20.000 Hz
  • Impedância: 32 dB

O fone é leve e não incomoda mesmo após seguidas horas de utilização. Eu só achei ele um pouco escorregadio da cabeça, mas é uma questão de hábito. Mesmo sem fazer grande pressão, ele abafa bem o som ambiente e torna a experiência acústica muito agradável.

jbl e35

Seus graves não são potentes a ponto de invadir a frequência dos médios (e eu particularmente prefiro assim). Ele é um companheiro ideal para música, filmes e podcasts.

Sua definição sonora precisa ajuda muito como fone de monitoramento. É importante deixar claro que ele não é um fone de monitoramento profissional, mas para o meu uso na edição de áudio e vídeo ele foi perfeito para uma equalização agradável na pós-produção.

Disponível em várias cores (preto, branco, vermelho, verde e azul) é um fone fácil de transportar em razão de suas hastes articuláveis e bem leve. Só senti a falta de uma bolsa para transporte, mas nada que uma boa loja de acessórios não possa resolver.

Eu já estou usando o fone há cerca de um mês e ele atendeu muito bem minhas expectativas. Eu optei por este modelo ao invés do E45BT porque já dispunha de um um fone com bluetooth (o também ótimo E25BT), mas considero seriamente a possibilidade de migrar no futuro para um modelo superior como o E55BT que possui bluetooth e auriculares do tipo “over ear”.

Enfim, se você procura por um fone com ótimo acabamento e qualidade sonora e não faz questão do bluetooth, o JBL E35 pode ser uma ótima aquisição. Caso tenha sentido falta da conexão sem fio, considere o JBL E45BT que é muito semelhante ao modelo aqui analisado, mas conta com a conexão sem fio.

Revenda oficial da JBL para o fone E35 neste link.

Suricato - "Sol-te" (Disco da Semana #14)

Buenas,

Hoje falo de uma novidade que já não é tão nova. Volto minha atenção ao folk, esse mais raiz, de violões, banjo e afins, que em determinados momentos faz a minha cabeça, me transporta pra uma calmaria que é quase inexistente em nossa vida urbana. Pois é, nem só de guitarras o rocknroll é feito.

Divagações e introduções à parte, vamos ao que interessa.

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Alçados a grande mídia através de um programa de uma grande rede de tv (cujo resultado, em minha modesta opinião foi pra lá de manipulado), a Suricato já não é uma novidade, nem revelação (Sol-te, é seu segundo trabalho), mas sim uma bela realidade. Um folk da melhor qualidade com espaço pra diversas influências, do pop ao cha cha cha, sem perder sua característica principal, a experimentação (o uso do "didgeridoo" em algumas músicas dá a dose certa de esquisitice necessária a isso).

Mesmo trazendo sua sonoridade mais para o pop, os caras (hoje com uma formação diferente em relação ao lançamento de "Sol-te") não perdem a referência. Utilizando-se na maior parte das vezes de uma formação acústica, o que Rodrigo Suricato (voz, violão, guitarra e mala-bumbo), Gui Schwab (violões, viola, guitarra, banjo, weissenborn, didgeridoo), Raphael Romano (baixo e percussão) e Pompeo Pelosi (bateria e percussão) fazem, é música da melhor qualidade.

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Hora flertando com a MPB como na faixa de abertura "Bom Começo", hora com o (bom) pop em "Pra Tudo Acontecer", e até com o cha cha cha em "Not Yesterday", mas quando resolvem fazer folk o fazem com uma qualidade absurda, como em "Trem" e "Um Tanto" (essa última lembra até algumas levadas da turma de "Mumford and Sons" e afins, coisa fina).

Não sou adepto a esses tipos de programa como esse onde o Suricato apareceu, pois toda a vez que assisto e vejo uma banda de qualidade, ela sempre é superada pela banda de qualidade mequetrefe com letras popularescas de sentir vergonha alheia.

Não é o caso do Suricato, onde há qualidade nas letras que falam sobre cotidiano e relacionamentos de maneira simples e tem tudo pra cair nas graças do grande público (desde que a mídia permita, já que foge dos padrões).

Sonoridade bacana, um disco solar, bom de ouvir em um momento mais relax ou de descontração. Não é um disco que se precise de atenção exclusiva nele pra conseguir curtir/entender, mas caso assim o faça, a experiência será ainda melhor. Tô doido pra vê-los ao vivo, deve ser uma "vibe" muito boa.

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O Suricato não é a salvação da música brasileira, mas quem quer ser? Quem tem essa pretensão? Só sei que a parte que lhes cabe nessa fauna musical brasileira está sendo muito bem ocupada.

Tá afim de ouvir algo pra alegrar o seu dia e relaxar? Pode vir sem medo. Quer ouvir uma baita banda que é pra lá de competente e fez um discão? Venha sem medo também.

Para ouvir, clique aqui.

Logo menos tem mais.

26 de fevereiro de 2018

Panquecas

Não parecia algo complicado… leite, farinha, ovos, fermento, sal a gosto. Bater a massa, colocar na frigideira. Servir…

A arte de fazer panquecas não me parecia ser algo complicado e ter o seu domínio parecia apenas uma questão de tempo.

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Preparei os ingredientes… primeiro fui ao mercado em busca de ingredientes: faltavam a farinha e o fermento. Seriam panquecas simples, daquelas do tipo americano que você despeja alguma cobertura doce ou salgada e come no café da manhã.

Algo trivial…

Um mercado bem cheio para uma manhã de domingo. Pessoas na fila do açougue, na fila do pão. Eu só precisava de farinha e fermento.

Já na cozinha preparei tudo o que seria necessário: uma vasilha para a mistura, uma frigideira, os ingredientes. Acho que tinha tudo a mão.

Devo confessar que seria minha primeira experiência com panquecas. Deixando de lado um pouco a modéstia, eu tenho alguma prática culinária bacana. Meus hambúrgueres caseiros são uma menção muito honrosa em meu currículo culinário. Devo dizer que minha maionese de legumes é uma tradição natalina bastante aguardada e no campo dos doces, minha gelatina multicolorida rende sempre elogios rasgados.

Diante de um sólido e bom retrospecto, as panquecas não pareciam ser um inimigo a ser combatido e derrotado, mas apenas um território a ser conquistado por simples aclamação.

Comecei então a misturar os ingredientes… Primeiro, os sólidos: a farinha, o sal, o fermento e até mesmo uma pequena pitada de orégano para ter um diferencial. Em um vasilha à parte misturei os ovos e o leite. A receita original não pedia, mas me pareceu conveniente um colher de azeite…

Com a mistura líquida pronta eu a acrescentei à mistura sólida, mexendo cuidadosamente para não empelotar. Usei para isso uma tradicional colher de pau, recomendadas por gerações na minha família.

Como resultado, obtive uma massa homogênea, nem líquida demais, nem consistente demais. Na viscosidade ideal, eu poderia afirmar.

Confiante, aqueci a frigideira e coloquei um pouco de margarina. Despejei o conteúdo da massa em quantidade suficiente para uma fatia espessa e apetitosa. Um agrado para minha esposa que tem passado poucas e boas ultimamente por conta de minha depressão.

Aguardei que a massa desgrudasse da frigideira e virei a fatia. Uma bela cor dourada formava uma crosta apetitosa. Após algum tempo, a outra face se soltou. E com isso eu conseguia uma bela panqueca.

Repeti o processo até finalizar a massa. O que resultou em três panquecas douradas. Dignas de uma foto… que não me ocorreu tirar. Mas garanto que ficaram tão bonitas como essa da foto que sorrateiramente busquei na internet:

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Então, arrumei a mesa do café, os pratos, os talheres, as coberturas. Eu realmente queria um café agradável nesta manhã de domingo.

Chamei minha esposa e servi em seu prato uma bela panqueca…

E então, ao cortar a panqueca ao meio, vejo uma massa viscosa escorrendo do interior da fatia, a farinha, os ovos e o leite que não cozinharam. As panquecas ficaram cruas. E ao ver aquele líquido escorrendo do interior das panquecas, o pânico tomou conta de mim.

Em uma tentativa desesperada de salvá-las, coloquei no microondas por alguns minutos, mas a massa teimava em não cozinhar…

Eu havia fracassado… Mais uma vez eu fracassava em algo simples. Fazer panquecas.

Minha esposa ainda tentou me consolar. Em vão… as panquecas estavam cruas e malfeitas. Estavam estragadas por minha culpa. Pela minha arrogância em achar que por saber fazer alguns pratos na cozinha eu poderia fazer panquecas de qualquer forma.

E se você achava que esta era uma história onde eu contava sobre meu fracasso com as panquecas, lamento desapontá-lo. Eu usei as panquecas apenas para prepará-lo para o que viria a seguir…

Eu entrei em pânico.

Pânico… não raiva, não frustração, não perplexidade… nada disso. Puro e genuíno pânico.

As panquecas foram apenas a gota d´água… porque algumas coisas não saíram muito bem. Resumindo a história, no dia anterior eu publiquei um podcast que no final das contas , foi mal editado por mim. Eu ainda perdi a edição de um vídeo inteiro porque eu não soube fazer a captação da imagem. Eu estava inconformado com estas coisas e tentava explicar para minha esposa o que tinha dado errado.

E no processo, Mariana não nos deixava conversar. Eu tentava falar, Mariana cortava, tentava continuar, Mariana cortava novamente.

Eu não conseguia manter um diálogo consistente com minha esposa.

E apesar dos avisos, a Mariana não parou.

E então… eis que em algum momento, eu parei de (tentar) falar com minha esposa. Olhei firme para minha filha e gritei (não… não vou tentar amenizar… eu gritei como um animal) com ela para que ela parasse. Para que parasse porque eu estava tentando conversar com a mãe dela.

Ela parou…

Parou… e seu rosto saiu da genuína alegria para o completo desespero e agonia. E começou a chorar.

E neste momento… e só a partir dali… eu havia me dado conta do tamanho da bobagem que eu havia feito.

Mas era tarde demais… o mal já estava feito. Ela chorou copiosamente e se afastou de mim… provavelmente por medo e decepção. Levou um tempo para ela se acalmar. Um pouco mais tarde, eu me desculpei com ela e com minha esposa. Tratei minha filha com todo o carinho possível e ela retribuiu o meu afeto… mas meu coração estava despedaçado pela grande cagada que eu havia feito.

As panquecas seriam uma forma, ainda que abstrata, de conseguir alguma absolvição por ter invertido tanto os valores importantes no dia anterior.

E de certa forma, as panquecas me julgavam e me condenavam.

E se negaram a me ajudar na minha penitência idiota…

Voltando ao pânico. Eu entrei em parafuso… tudo estava errado. Tudo estava em ruína novamente. Não conseguia fazer nada a não ser chorar e chorar. Agora tudo está um pouco nebuloso. Pelo que sei, minha esposa ligou para meu médico que tratou de orientá-la sobre o que fazer. Depois disso eu apaguei. Dormi o dia todo. Acordei durante a madrugada.

Vazio… com um enorme peso na cabeça e talvez na consciência.

E é por isso que você está lendo isso aqui. Porque hoje eu sei que minha filha não tem maturidade para entender o quanto eu errei e o quanto eu me arrependi do que fiz.

Mas quero de alguma forma deixar isso registrado, para que ela um dia saiba que eu errei e que vou me cobrar mais para não errar novamente.

E no fim… as panquecas serviram a seu intuito… mas por um bom tempo não tentarei fazer panquecas novamente. Eu as deixarei em paz…

24 de fevereiro de 2018

História das Copas: Suécia 1958–Chile 1962 (Um Papo Qualquer #17)

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[Sobre o episódio]
Neste novo episódio do Um Papo Qualquer, continuamos contando a história das copas do mundo. Em nossa parceria com os amigos dos podcasts “Apenas 1 Cast” e “Papo Canela”, trazemos para você mais uma etapa desta história.

E para o Brasil, uma etapa gloriosa…

Divirta-se! E não se esqueça, esta história continua lá no podcast Papo Canela. Não deixe de acompanhar.

[Ficha Técnica]

[Nome do episódio] História das Copas: Suécia – Chile
[Publicação Original] 24/02/2018 - [Duração] [1:37'37"]
[Formato] MPEG-1/2 Audio Layer 3 (mp3@128kbps)
[Músicas] - intro: "Funky Suspense" by Bensound - abertura e encerramento: "Chatting" by Free Stock Music
[Vinhetas] – Cortesia do podcast Papo Canela

20 de fevereiro de 2018

Weezer - "Pinkerton" (Disco da Semana #13)

Buenas,

Hoje, vamos falar de uma das bandas prediletas da casa, aqui, o indie encontra a nerdice, os nerds viraram cool, largaram a "ComicCon" e montaram uma das melhores bandas formadas na década de 90: o Weezer.

Banda capitaneada pelo eruditasso Rivers Cuomo, que no começo da banda estava cursando a clássica faculdade estadunidense de Harvard e resolveu juntar alguns amigos pra fazer um som, despretensioso. O "problema" é que o som era tão bom que chegou aos ouvidos da gravadora Geffen que logo os escalou para o seu seleto grupo de bandas ("Nirvana", "Sonic Youth", etc...). Quando lançaram o primeiro disco, o clássico "Blue Album", o nerd de carteirinha Cuomo, deu um tempo na faculdade para junto de seus asseclas, o guitarrista/vocalista Brian Bell, o batera e nerd master Pat Wilson e o baixista esquisitão Matt Sharp mudar a cara do dito "rock alternativo".

Antes do Weezer, víamos as bandas com visual largado, desleixo musical e uma atitude totalmente "foda-se", após a aparição dos caras, o cenário mudou, víamos um visual limpo, cabelinhos cortados, óculos e cara de bons moços, mas na sonoridade, um esmero na produção, guitarras altas e distorcidas, mas gravadas de maneira orgânica e limpa, batera econômica, baixo pesadão e letras, principalmente as letras que retratavam o conteúdo da massa estadunidense, que não eram os populares da "High School", eram a ralé, o povo que vivia às margens da galera "hypada". Enfim os "losers" tinham vez e o Weezer era seu porta-voz supremo.

Os caras estouraram e fizeram o mais improvável para uma banda que estava bombando, pararam as atividades temporariamente para que o nerd master Rivers Cuomo pudesse se formar. E é desse hiato que surge o mais clássico disco de sua discografia, o fantástico "Pinkerton", para muitos, o patinho feio da sua discografia (não pra mim). Feito entre provas, férias e teses de TCC, destoa do formato "power pop" do disco anterior. Foi recebido com certa frieza pela crítica no início, mas ao passar do tempo, caiu nas graças dos críticos, estando em várias listas de melhores álbuns de 1997.


O disco começa com algo improvável para o Weezer de então: teclados (um Moog bem maroto dá o ar da graça em toda a duração da primeira faixa, "Tired of Sex"). Depois dessa estranheza inicial (o que casou com o som dos caras maravilhosamente bem), vimos o Weezer na sua melhor forma: enxurradas de riffs de guitarras (muitas vezes baseados em bandas de metal farofa dos anos 80), cozinha pesada, concisa e econômica e a voz de quem canta para 3000 pessoas do mesmo jeito que canta tomando banho em casa.

Na sequência, vários clássicos com a cara da banda, "The Good Life" (que bem poderia ter saído no primeiro disco), "Across The Sea" com vocal em coro e "Pink Triangle" onde vemos até alguns violões. Cuomo canta sempre do ponto de vista do "loser", o cara que quer a garota popular mas ela nem sabe que ele existe ... Coisa de nerd mesmo.

A produção é caprichada, bem mais coeso do que o primeiro disco (horas de estúdio, experiência e personalidade), não sobra nada e não falta nada (como as vezes acho que alguns Moogs cairiam bem no primeiro disco), tudo está no lugar certo, até os falsetes metálicos do vocalista.

Em "Pinkerton", o Weezer soa maduro, o álbum é a confirmação e o estabelecimento de uma baita banda, a maldição do segundo disco passou longe desses caras (pra mim o melhor álbum dos caras até hoje). Agora os nerds saíram do High School e enfim conseguiram se formar na faculdade. Definir o disco em uma palavra: Amadurecimento (e no ótimo sentido).

Quer ouvir? Clique aqui.

Logo menos tem mais.

16 de fevereiro de 2018

Há parâmetro de comparação entre Star Wars e Star Trek (Um Papo Qualquer no YouTube #12)

Estou ficando craque em comprar polêmicas. Ainda não estou no mesmo nível do Izzy Nobre (piadinha para descontrair), mas acho que quando um canal que eu gosto e acompanho publica uma informação que pode ser questionada.

O tema da discórdia: uma comparação entre as franquias Star Wars e Star Trek.

StarWars-vs-StarTrek

Melhor explicar, né?

Bom… tudo começou quando o Víctor Alem que é muito mais conhecido como “El Baramallo” do canal Fazendo Nerdice publicou o seguinte vídeo:

Antes de continuar, eu quero esclarecer pontos muito importantes:

  1. Eu realmente admiro o trabalho do Elba
  2. Acho que ele é uma fonte bastante confiável sobre o card game Magic.
  3. Acho que ele errou ao fazer a comparação entre duas coisas que não tem um parâmetro direto de comparação.
  4. Minha ideia não foi espinafrar gratuitamente o conteúdo que ele publicou sobre este tema. Mas sim, deixar  balança mais justa.

Isto posto, apresento meu vídeo em resposta aos argumentos do Elba:

Sou defensor do diálogo. Acho importante que as pessoas tenham maturidade para debater ideias, sendo que debater implica em falar e também ouvir.

Comparar Star Wars com Star Trek é um erro comum. São propostas diferentes.

Creio que você cometeu dois deslizes ao fazer a comparação. O primeiro deles é óbvio: comparar um filme, com uma série de tv. E ainda mais considerando o hiato de dez anos entre eles. A série original de Star Trek é de 1967 e o filme de Lucas estreou em 1977. Obviamente, a indústria cinematográfica evoluiu neste período. Comparar a produção de uma série de ficção editada com os recursos de dez anos antes é cruel.

O segundo equívoco é comparar as histórias.

O Elba estava absolutamente correto ao dizer que Star Wars é uma fantasia. Eu iria além. Ela é uma fábula. Um conto do tipo capa e espada. Há o herói, há o vilão, há o conflito e por fim, temos a resolução do conflito com o final heroico. Repare que Star Wars começa com a seguinte frase: "Há muito tempo atrás, num lugar, muito, muito distante". Ao colocar isso logo no início, George Lucas permite-se criar a realidade fantástica que ele quiser. A história já aconteceu. E não da história humana. É uma fábula... Não são humanos em busca de algo. É apenas um herói lutando contra o mal, em busca do tal final feliz...

Isso simplesmente não existe em Star Trek. É um exercício de futurologia. E isso suscita a curiosidade. Quem não quer imaginar como serão as coisas daqui cinco, dez, quinze anos?

É claro... este exercício de futurologia é complicado porque obviamente erros serão cometidos. Se você assistir os episódios da série original, verá que as telas imitam fotos de microfilme, relatórios são impressos em papel, comunicadores se assemelham à pequenos rádios e assim por diante.

Agora, expanda isso para as séries seguintes... quando novas invenções surgem. Elas também estão ali, no mesmo exercício de futurologia da década de 60. Só que de uma maneira mais aprazível para nós. Nossa geração não conviveu com cotidianamente com microfilmes, mas convivemos, com tablets, telas sensíveis ao toque, grandes monitores de vídeo... pode não ser real o que vemos ali. Mas é plausível.

Star Trek não é uma fábula. E é um erro grande fechar o universo de Star Trek somente ao que aconteceu da série original. Hoje, isso não é possível.

Enfim, veja os dois vídeos. E tire suas próprias conclusões.

Em tempo… tudo isso aconteceu na mesma semana em que lancei meu podcast sobre as séries de tv de Star Trek. Vale a pena conferir também!

Torço para que o Elba entenda que este vídeo em resposta é uma maneira de enriquecer a discussão e não uma crítica destrutiva, que eu insisto e repito: é muito bom.


15 de fevereiro de 2018

Kula Shaker - "K" (Disco da Semana #12)

Buenas,

Desculpem o atraso, "sacomé" né? Carnaval, preguiça, descanso ... e a resenha que é bom, sai depois, mas sai. E essa demora não impede que nela venha uma tijolada pra ninguém por defeito.

Ah! E pra aproveitar o fim da folia de Momo, vamos falar de algo transcendental, um disco pra elevar corações e espíritos, o disco mais espiritualmente rocknroll que já ouvi na vida.

Kula Shaker - "K"

Eis aqui o disco mais espiritual do brit pop da década de 90. Um disco de rock (mesmo que muito mais espiritualizado do que qualquer um) absurdamente calcado nos anos 70.

Guitarras, muitas guitarras. Crispian Mills as pilota com maestria. Com toda a certeza era um dos maiores músicos da cena inglesa na época. Cozinha pesada e competentíssima e os teclados mais bacanudos da ilha, tocados pelo incrível Jay Darlington (que depois veio a tocar com o Oasis).

Fizeram um disco ímpar na história do rock ao misturar a sonoridade dos anos 70 com a ideologia/sonoridade hindu. E que mistura pra lá de inusitada. Conseguem imprimir sua crença sem que isso seja chato. Há uma cacetada de elementos da cultura hindu em seu som. Tablas, cítaras e vocalizações baseadas em escalas orientais. Conseguem nesse disco de estreia algo que muitos tentaram e não conseguiram, juntar a tradição oriental com a inovação ocidental, ou seja, misturar mantras com guitarras.


O disco todo é ponto alto. Da capa que traz divindades hindus e personalidades ocidentais (seria uma referência ao "Sgt. Peppers" dos Beatles?). Do petardo rocker em "Hey Dude" com riffs pesados, à acústica/psicodélica "Temple of Everlasting Light", os ingleses mostram um caldeirão de ótimas referências para fazer um disco coeso e muito bem composto.

Ponto mais que positivo para os mantras musicados "Govinda" e "Tattva" que elevam a audição do disco a outro nível (de consciência e concepção musical, a ideia é pra lá de genial) e a homenagem a um dos pais da psicodelia, Jerry Garcia (ex-Grateful Dead) na faixa "Grateful When You're Dead/Jerry Was Dead" é um golaço.

Com seu conceito pra lá de inusitado, a  banda se tornou a queridinha da galera mais diferentona no Reino Unido, mas sucumbiu à falta de atenção da grande mídia. Chegaram a lançar um segundo álbum, "Peasants, Pigs, and Astronauts", mas a recepção foi bem mais fria e em 1999 eles se separam, pondo fim a uma das formações mais criativas do rock nos anos 90.

Em janeiro de 2006, a banda anunciou seu retorno, tendo feito uma apresentação "secreta" antes do natal de 2005 sob o pseudônimo "The Garçons". No entanto, a volta de Jay Darlington (que participou da turnê 2005-2006 do Oasis) não foi confirmada. Após alguns hiatos e lançamentos menos inspirados, se trancam em estúdio e em 2016 lançam "K 2.0". A resenha desse, fica pra depois, ok?

Com toda a certeza, "K" é um dos melhores e mais criativos discos da década de 90, e não ter alcançado um número maior de ouvidos atentos é uma das maiores injustiças do rock. Mas, tô aqui pra ajudar a reparar esse erro.

Ouça ontem, ouça alto e com o coração aberto, a experiência é sensacional. Clique aqui.

Logo menos tem mais. Namastê!



14 de fevereiro de 2018

As séries do universo Star Trek (Um Papo Qualquer #16)

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[Sobre o episódio]

Olá! Vida longa e próspera…

O universo criado pela franquia Star Trek é vasto. Seus roteiristas abordaram o presente, o passado e até mesmo um futuro alternativo. Star Trek não vive somente de capitão Kirk ou então de Spock, ou ainda da nave Enterprise.

Ali você encontra outras civilizações, culturas, filosofias. Existe a guerra, a paz, o conflito pelo poder, a ganância, todos os males da sociedade, desta vez vistos em escala interplanetária.

Neste episódio, trouxe um pouco das séries que vi deste vasto universo e fui audaciosamente aonde nenhum podcaster esteve antes…

Bom… isso não é verdade… mas é uma bela frase de efeito, não acha?

Então, aproveite o novo episódio e divirta-se! E não se esqueça de compartilhar com seus amigos!

[Ficha Técnica]

[Nome do episódio] “As séries do universo Star Trek”
[Publicação Original] 02/11/2017 - [Duração] [60'32"]
[Formato] MPEG-1/2 Audio Layer 3 (mp3@96kbps)
[Músicas] - intro: "Funky Suspense" by Bensound - abertura e encerramento: "Chatting" by Free Stock Music

9 de fevereiro de 2018

Knightmare para MSX (Jogos Antigos #8)

Toda vez que vejo um jogo desenvolvido pela Konami para a plataforma MSX eu me espanto como eles caprichavam em cada um de seus títulos. E em sua maioria utilizando apenas 32 KB de linhas de código.

O jogo da vez é Knightmare. Um jogo do tipo shoot’em up com scroll vertical, onde você é o bravo cavaleiro Popolon.

Sua amada, a deusa afrodite foi aprisionada no castelo do temível Hudnos. E é claro, você deve libertá-la. O problema é que você não tem a menor ideia da localização do castelo.

Você procura incessantemente pela localização do castelo, até que um dia você extenuado caí em um sono profundo. Em seus sonhos vem então a deusa Hera – irmã de Zeus – que revela a você a exata localização do castelo.

Resta agora enfrentar todas as ameaças que estão ali para derrotar seu grande inimigo e libertar sua amada.

O jogo conta com 8 fases e ao final de cada uma delas você enfrenta um boss. A estratégia do jogo é simples: mate seus inimigos e não seja atingido por eles. Você pode conquistar alguns power up’s que conferem a você resistência contra os inimigos (um escudo, ou maior velocidade, ou invisibilidade ou imortalidade). Você também pode mudar o tipo da arma (flechas, espadas, bumerangues e suas variações). Algumas armas são mais eficazes contra alguns inimigos.

Após o final do jogo, temos um retorno à fase 1, com um grau de dificuldade aumentado.

A trilha musical (composta por Miki Hagashino) gruda como um chiclete em sua cabeça. As trilhas são curtas, mas muito bem feitas.

Aliás, como bônus, tem um link para o canal do Vinheteiro que fez um vídeo somente com músicas de jogos do MSX. Vale conferir.

É com certeza um dos grandes clássicos da Konami.

6 de fevereiro de 2018

Quarteto Nova Era - "Compacto" (Disco da Semana #11)



Buenas,

Quem disse que o novo precisa ser exatamente novo?

Na minha ânsia de descobertas, acabei descobrindo o novo nos lugares mais obscuros dos já longínquos anos 60. E quer saber? Soa mais contemporâneo e muito mais criativo do que muita coisa que se faz hoje.

Esse é um compacto, sim, isso mesmo, um compacto duplo de vinil (o famoso 7") com duas músicas de cada lado, mas de uma genialidade absurda, e anos-luz a frente do que se fazia em terras brasileiras em 1968 (exceto Mutantes).

O disco da semana  é o seminal, sensacional, psicodélico e absurdamente incrível "Compacto" do Quarteto Nova Era.

Formado em Niterói/RJ em 1968, contava em sua formação com Francisco Aguiar, na guitarra/vocais, Maurinho Simões, no baixo/vocais, Rogério (que não fazia parte do núcleo criativo) na bateria, Bia Franco e Renata Giglio, nos vocais.

Com apenas quatro músicas e um impacto sonoro de me tirar do sério, reúne a acidez, a crueza de guitarras cheias da mais pura distorção "fuzz", com a melodia e doçura vocal de um "the Mamas and the Papas", conseguindo um equilíbrio que poucas bandas ao longo dos tempos conseguiram (várias bandas que retomam essa sonoridade sessentista, dariam um braço pra ter feito um disco como esse). A esse equilíbrio incrível, somamos um outro quarteto, esse de cordas, que preenche e dá uma aura de ficção científica em "Apolo" a canção que abre o lado A da bolachinha.

As outras canções do disco são pra lá de rebuscadas e bem produzidas, e todas contam com alguns recursos que engrandecem o som da banda:  orquestrações, instrumentos de sopro, órgãos e alguns efeitos de eco, novidade à época. A qualidade vocal é incrível. A soma/sobreposição das vozes mostra a qualidade técnica e do que são capazes quatro grandes cantores quando resolvem fazer música boa.

Suas letras vão da auto-ajuda em "O Tempo Não Espera" à ficção científica e conquista do espaço (tema recorrente pra época). Tudo ligado a temática hippie e ao psicodelismo das bandas americanas e inglesas que faziam a cabeça dos adolescentes menos alienados dos anos 60.

Guitarrreiro que sou, não podia deixar de citar o trabalho guitarrístico de Francisco Aguiar. Com levadas e riffs pra lá de criativos, abusa do uso da distorção pra trazer textura e peso ao som do quarteto, os colocando em pé de igualdade às grandes bandas da época (daqui e de fora).

O mais insano de tudo, é tentar entender como o "Quarteto Nova Era" não fez o merecido sucesso em terras tupiniquins (algo me diz que a juventude alienada e bitolada em Jovem Guarda não entendeu a proposta de alguns artistas da época e relegaram grandes obras ao ostracismo), visto que faziam um som antenado com o que de melhor acontecia no rock mundial.

Mas o Brasil é um caso a parte, também deixou o melhor disco de Ronnie Von (do mesmo ano, com uma sonoridade parecida) jogado às traças, por pura preguiça e por ter uma mentalidade mais fechada em relação aos temas das letras e a sonoridade nada óbvia, mas graças as pesquisas e coletâneas como "Obsession: Obscure psych from Turkey, Brazil, Uruguay, India, Argentina, and Peru 1968-1972" de selos estrangeiros, como a "Groovie Records", essas pérolas do cancioneiro nacional não se perderam. Esses selos fazem o favor de relançar discos como esse do “Quarteto Nova Era” em seu formato original, em compacto de vinil a preços que passam longe do exorbitante que um original de época teria.

Foi através de uma coletânea dessas, mesmo que em formato digital, que cheguei até a banda, mas me chateia o fato de tanta coisa boa produzida por aqui desde os anos 60, serem mais conhecidos e valorizados lá fora do que em nosso próprio território.

Se a maioria das pessoas não conhece, esse compacto do "Quarteto Nova Era", aqui em casa ele é discoteca obrigatória e predileto da casa.

Se eu fosse você, ouviria ontem, ouviria hoje, ouviria sempre. Disco mais que obrigatório, essencial.

Pra ouvir online, clique aqui

Para comprar o compacto em vinil (coisa linda), clique aqui

Logo menos tem mais.


Unboxing da Philips SHOQbox mini (Análises & Reviews #6)

Recentemente fiz o unboxing e análise da caixa de som bluetooth Philips SHOQbox mini, modelo SB2200A/00.

Trata-se de uma caixa de som resistente à água que pode ser usada tanto em ambiente internos como externos. Ela não é exatamente um produto atual, tendo sido lançada em 2014. Consultando o site da Philips, encontramos a sua sucessora, o modelo SB300B/00.

Apesar disso, ela entrega um som de boa qualidade para ambientes pequenos e não apresenta grandes distorções em volumes mais altos. Sua potência RMS é de 2,8W e o som é mono usando um driver de 1,6 polegadas

shoqbox

Feita em metal e polímero plástico (com um peso de cerca de 200g), ela apresenta uma grelha toda trabalhada que confere um belo visual ao equipamento. A alça de alumínio que o circunda dá um aspecto de robustez e resistência. Na alça metálica ainda temos um anel onde podemos usar uma alça em tecido para transporte ou então pendurar em algum local.

Ela tem uma conexão mini USB e uma conexão 3,5mm. Sua alimentação é por bateria com uma autonomia aproximada de 5 horas (em meus testes, usando cerca de 50%, eu passei deste tempo). A conexão com outros aparelhos é feita pelo protocolo Bluetooth. No site, há uma lista de dispositivos compatíveis, mas via de regra, qualquer dispositivo de áudio que atenda ao protocolo funcionará. Fiz os testes em meu Lumia 640, no Moto G5 Plus e também no notebook. E em todos os casos, a conexão ocorreu sem problemas.

Apesar da embalagem alardear que ela é a prova d’água, ela possui certificação IPX¨, o que confere resistência à poeira e contra jatos fortes de água. Isso quer dizer que pode não ser uma boa ideia submergi-la (e por que alguém faria isso?). Mesmo assim, caso ela caia em uma piscina, por exemplo, seu design fará com que ela flutue.

Estou utilizando a caixa há alguns dias como meu som de base aqui na mesa do escritório e até o momento, só tenho elogios.

Com um preço aproximado de R$ 110,00 (na época deste review), pode ser uma ótima opção para você.

Neste link, você encontra uma oferta de um de nossos parceiros.


5 de fevereiro de 2018

Entrevista com Júnior Ferreira (Um Papo Qualquer #15)

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[Sobre o episódio]

A música por si só é uma linguagem. Eu até me atrevo a dizer que é uma linguagem universal.

E como toda linguagem, suas “palavras” (entre aspas) existe e variam em signo e significado... Poderíamos dizer que os estilos musicais funcionam como dialetos desta língua chamada música.

A música cria em nosso imaginário uma série de sentimentos... alegria, nostalgia, tristeza, raiva, angústia. Ouvir música é relativamente fácil... entender aquilo que ela nos transmite é um problema um pouco maior...

Não sou músico... não sou um linguista. Apenas um apreciador de boa música. E isto tem que ficar bem claro.

No episódio de hoje falaremos de música... mas é um assunto tão cativante que não dá para somente eu conversar com você.

E é por isso que hoje, temos um convidado em nossa conversa. Nosso amigo e colaborador no site do UBQ, Júnior Ferreira. Alguém que, assim como eu e você, gosta de boa música.

[Ficha Técnica]

[Nome do episódio] Entrevista com Júnior Ferreira
[Publicação Original] 05/02/2017 [Duração] [01:18'22"]
[Formato] MPEG-1/2 Audio Layer 3 (mp3@96kbps)
[Músicas] Funky Suspense” by Bensound; "Ocean" by Ehrling:  - “Chatting”, “City Life”, “Deep Chill”, “Unity”, " são todas obtidas junto ao Free Stock Music, conforme o termo de licença de uso (End User License Agreement), tratando-se de músicas royalty-free.

3 de fevereiro de 2018

Abrindo Duel Decks: Mind vs. Might / Merfolk vs. Goblin

Está aqui um vídeo que eu demorei para concluir… Eu já estou há algum tempo com os duel decks em questão. Chegou a hora de mostrá-los a você.

Antes de mais nada é importante estabelecer o que é e para qual público o Duel Decks se destina.

Como o próprio nome entrega, você tem no produto dois decks prontos para jogar. Cada um dos decks é formado por cards que foram lançados em várias edições. Alguns deles trouxeram até mesmo cards que seriam lançados em futuras coleções (caso de Zendikar vs. Eldrazi que trouxe cards de “Batalha por Zendikar” e Speed vs. Cunning que trouxe cards de “Khans of Tarkir”).

Com 60 cartas, os decks foram elaborados para duelarem entre si. Em teoria eles são muito fortes jogando um contra o outro, mas num formato mais competitivo como Modern ou Legacy, seriam decks fracos.

Mas duelando entre si, são várias as opções… e é bem divertido.

A caixa contém: dois decks com 60 cartas, 10 cartas token, um guia de referência rápida, 2 deck boxes em papel cartão, além de um folheto ilustrado sobre a estratégia de cada deck e 2 dados do tipo spindown (20 faces).

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Vamos agora à lista de cartas…

[ Duel Decks – Mind vs. Might ]

Mind: Carta de destaque é Jhoira of Ghitu

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Might: a carta de destaque é Lovisa Coldeyes

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[ Duel Decks – Merfolk vs. Goblin ]

Merfolk: Carta de destaque é Master of Waves

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Goblin: Carta de destaque é Warren Instigator

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Custando por volta de R$ 80,00, o Duel Deck é uma ótima opção para você que busca um jogo mais casual, porém divertido.

Infelizmente, a Wizards está descontinuando a produção desta linha de produtos. Em seu lugar, será distribuído um deck mais forte voltado para o formato competitivo. O último da série será Inventors vs. Elves. E seu lançamento está previsto para abril de 2018.

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