Buenas.
O ano de 2017 nos brindou com algumas ótimas surpresas, uma das maiores foi o anúncio da turnê conjunta no Brasil do QOTSA com o Foo Fighters em fevereiro/2018 (ingresso comprado), outra das boas novas desse ano corrente foi esse novo disco do QOTSA, diferentão, produzido pelo "popíssimo" Mark Ronson (Amy Winehouse, Bruno Mars, etc).
O ano de 2017 nos brindou com algumas ótimas surpresas, uma das maiores foi o anúncio da turnê conjunta no Brasil do QOTSA com o Foo Fighters em fevereiro/2018 (ingresso comprado), outra das boas novas desse ano corrente foi esse novo disco do QOTSA, diferentão, produzido pelo "popíssimo" Mark Ronson (Amy Winehouse, Bruno Mars, etc).
Como juntar dois mundos que se separam em conceito e ainda fazer sentido? Por mais bizarro que seja, os californianos atingiram esse objetivo de maneira pra lá de criativa. Gravaram o disco mais palatável, mas ao mesmo tempo o mais sombrio da sua carreira. O fato de ter um produtor mais pop não amansou a vertente "porradística" de Josh Homme e sua turma. Pelo contrário. Quando assume essa nova faceta pop em "The Way I Used To Do", a faz com guitarras pra lá de distorcidas e batidas beirando os anos 60, fazendo algo que de costume a banda não faz: chacoalhar o esqueleto de seus ouvintes. E o melhor, é que isso está longe de ser ruim, eles te colocam pra dançar e você sai rodopiando pelo salão (ou em casa) com um sorriso no rosto.
Um disco ímpar na carreira da banda. Seria esse o patinho feio que depois vira o cisne majestoso (tipo o Faith no More com o clássico "Angel Dust"), mas que enquanto não é compreendido é criticado por parte da crítica especializada e pelos fãs mais xiitas? Provavelmente, mas o disco anterior, o poderoso "Like Clockwork" também sofreu com a língua mais mordaz de seus críticos, antes de ser escolhido o melhor disco de 2013. Esse "Villains" com certeza não é o disco mais óbvio de suas carreiras, mas nem por isso deixa de ser inspirado. Músicas como "Fortress" e "Villains of Circumstance" mostram que mesmo desacelerando eles ainda soam poderosos. Mas isso não quer dizer que eles não saibam mais soar esporrentos, "Head Like a Haunted House" é QOTSA em sua essência: rápida, pesada, com riffs marcantes e bateria espancada.
Diferente da maior parte desse novo trabalho? Certamente, mas tem tanta identidade como qualquer outra do álbum, e é aí que mora a genialidade da banda e do produtor: conseguir unir em uma única obra todas as facetas de uma banda tão plural (mesmo que algumas delas ainda não tinham visto a luz do dia), e ainda manter a visceralidade que sempre deu a tônica no trabalho deles.
Um disco para ser degustado em doses cavalares. Pode até ser indigesto a princípio (para os fãs mais resistentes), mas após algumas audições exala genialidade e um trabalho de gente grande, que não tem medo de ousar, de sair da sua zona de conforto e ainda assim construir uma obra com um nível de excelência que só os maiores são capazes de produzir. Em suma, um dos fortíssimos candidatos a disco do ano.
Nem preciso dizer que é discoteca obrigatória. Ouça ontem!!!
Se assim como eu, vocês quiserem vê-los ao vivo no Brasil em fevereiro de 2018, o link pra compra dos ingressos está aqui.
Logo menos tem mais, até.
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