Em todos os meus textos sobre a copa tomei o cuidado de intitulá-los como “Uma copa qualquer… “ e acrescentava as seleções que jogavam ou então alguma informação da rodada.
Para o texto sobre a primeira semi-final da copa, não fugirei ao padrão… mas acrescentarei aquele que para mim, seria o títulos mais apropriado: Réquiem.
A expressão Requiem foi retirada da tradição litúrgica da cristandade e aparece na frase requiem aeternam dona eis que significa “dai-lhes o repouso eterno”. Normalmente é uma oração composta para um funeral em honra ao morto.
Hoje… eu esperava muitas coisas para o jogo Brasil x Alemanha. Mas não esperava isto.
Talvez eu esteja sendo cruel ao usar o chavão “Eu não disse?”, mas convenhamos… perder por massacrantes 7 a 1 para a Alemanha… A única explicação é que em campo só havia uma seleção. A alemã. O Brasil estava morto em campo… e tudo que nos resta é compor uma oração em honra ao falecido… o Réquiem.
Como prováveis desculpas por uma derrota tão acachapante, as ausências de Neymar e Thiago Silva. Quem acompanhou atentamente os jogos, sabe que isso não é verdade. Alguns defendem a tese do “apagão da seleção”: vinte minutos que custaram caro ao Brasil.
Eu sustento a tese da Blitzkrieg alemã… a guerra relâmpago. A Alemanha jogou o futebol total por alguns minutos e aniquilou o time brasileiro. E todas as fraquezas da seleção de futebol da CBF apareceram. E nos 9’ do primeiro tempo a Alemanha abriu o placar (gol de Müller). E aos 29’ do primeiro tempo, o placar já estava em 5 a 0. Para os alemães. Gols de Klose, Kroos (2 gols) e Khedira.
A propósito, Klose é agora o maior artilheiro de todas as copas com 16 gols marcados.
Após tomar o quinto gol. o time brasileiro se retraiu para não piorar a humilhação. Com muita dificuldade, o primeiro tempo terminou com ampla vantagem alemã.
Felipão – o teimoso – promoveu duas mudanças no time. Colocou Paulinho e Ramires nos lugares de Fernandinho e Hulk. E o time até criou chances de gol no começo do segundo tempo. Mas a centelha logo se apagou. Schürlle marcou o sexto gol aos 23’ e jogou uma pá de cal. Fecharam o caixão aos 33’. Novamente gol de Schürlle.
O Brasil a esta altura era um punhado de peladeiros em campo. O jogo já estava definido. Não seria possível mais uma reação ou mesmo alguma honraria ao perdedor. O time da CBF não poderia mais neste momento demonstrar ser uma seleção com qualidades. Seus erros estavam expostos. Suas fragilidades escancaradas.
Coube a Oscar marcar o único gol brasileiro. Uma espécie de oração durante o funeral de uma seleção que foi derrotada e destruída dentro e fora de campo…
Placar final: Alemanha 7 x 1 Brasil // Meu palpite: 3 a 1 para Alemanha
Bolão UOL: 10.845 (ninguém acertou o resultado)
Tenho minhas dúvidas se o Brasil conseguirá se recuperar para o último jogo da copa. Chegaram até o final da festa. Mas estão sem convite para a área VIP.
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