23 de janeiro de 2018

Death Cab for Cutie - Kintsugi (Disco da Semana #9)

Buenas,

Novidades por aqui: Hoje eu e o Ricardo gravamos um programa pra lá de especial para o podcast do blog, o Um Papo Qualquer, onde falamos sobre música e sobre as bandas que eu resenho por aqui. O programa deve ir ao ar em aproximadamente 15 dias, mas se eu fosse vocês, ficaria esperto pra não perder, porque tá simplesmente sensacional.

Falando de resenha e de disco da semana, hoje mudo um pouco o viés saindo das bandas nacionais e indo até a mítica Seattle/EUA pra falar de uma das melhores bandas surgidas por lá pós safra de 1991 (Nirvana e afins), o Death Cab for Cutie.

kintsugi
Banda capitaneada por Ben Gibbard, o homem por trás das guitarras, das vozes e da maioria das composições, começa como um projeto pessoal e depois se expande para o formato banda, tendo em sua história algumas mudanças na formação.
Toda a discografia dos caras é pra lá de recomendada, mas hoje o foco é no último lançamento dos caras, no já longínquo 2015.
Chega de enrolação e vamos ao que interessa: 
Death Cab For Cutie - "Kintsugi".
kintsugi1

Sugestivo o título desse álbum do DCFC, "kintsugi" é uma técnica japonesa de reparo a objetos quebrados, usando ouro para corrigir o dano. Dá ao objeto um caráter único. Faz muito sentido pro momento da banda, com a saída do guitarrista/produtor Chris Walla (peça chave na concepção sonora e produtor de todos os discos até então).

Recomeçar seria uma tarefa penosa pra qualquer banda, mas esse povo de Seattle tem o seu estilo tão personalizado que nesse disco não se fazia necessário arriscar para conceber um discão. Lógico que não seria tão genial como "The Photo Álbum", de 2001, mas mostra a banda em um momento de ruptura, agora sob a batuta do produtor Rich Costey (Sigur Ròs, Muse, etc). Em "kintsugi" vemos um apanhado de todas as fases da banda, dos pianos e violões do "Codes and Keys", passando pelas guitarras do "Photo Álbum", até as melodias assobiáveis do"Narrow Stairs".

O que temos aqui é a síntese de uma banda plural, que transita com maestria entre o pop e o rock sem distinção, e que mostra acima de tudo, que mesmo sem uma das suas principais cabeças pensantes, se mostra (bem) viva e com total relevância no cenário musical mundial. Ben Gibbard com sua voz inconfundível, ainda comanda as guitarras com extrema qualidade, Nick Harmer faz o baixo ressoar com mais pressão que antes (provavelmente ja visualizando o álbum ao vivo com uma guitarra a menos), mas foi com a batera de Jason McGerr que fiquei meio decepcionado nesse disco. O outrora monstro criativo, se rendeu ao básico nesse novo trabalho. Não compromete, mas fica aquela sensação do "esperava mais".

Vamos esperar e ver o que os próximos álbuns revelam para o agora trio.  Mesmo com ressalvas, foi um dos melhores do ano (não esperaria menos), tanto que foi indicado ao Grammy de "Melhor disco de rock". Gosta de boa música, ouça ontem. Conhece a banda e ficou curioso, ouça ontem também. Trocando em miúdos, ouça ontem.

Pra ouvir o álbum, acesse este link. E caso queira comprar o álbum, você encontra uma oferta bacana acessando este link.

Logo menos, tem mais.

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