Buenas!
Como não poderia deixar de ser, antes de qualquer coisa, queria congratular o nosso querido editor, o Sr. Ricardo Marques, por seu aniversário. Que esse novo ciclo seja de paz, amor e toda a luz do mundo. Parabéns!!! (NOTA DO EDITOR ANIVERSARIANTE: Obrigado!)
Congratulações feitas, vamos de música que é o que a gente gosta por aqui, e hoje, vamos de uma das mais clássicas bandas do hardcore nacional, os santistas do Garage Fuzz.
Bolachinha lançada em 2015 pelos santistas, mostra como deve soar um baita disco de hardcore, mas não aquele "HC" xiita, de batera bate estaca, guitarra cavalgada e voz gritada, aqui não!!!
Um disco plural, com todos os clichês do estilo (como não poderia deixar de ser, é claro), mas com inúmeras influências que engrandeceram o trabalho dos caras de uma maneira absurda. Tem espaço pra tudo por aqui: guitarras distorcidas e extremamente bem tocadas (que vão do indie ao hardcore, passando pelo metal e soando absurdamente bem em todas as nuances), cozinha pesada e criativa (o baixo é pesado e sinuoso, não aquele acompanhamento reto), e um vocal que dá a cara de hardcore a qual o disco representa grandiosamente.
Esse trabalho tem como tom uma temática bem pessoal e introspectiva, com temas que variam entre desilusão e os dramas da vida adulta. Há espaço também para a esperança e pela necessidade de seguir em frente, mesmo com todas as dificuldades que o mundo de hoje nos impõe, onde o "ter" é muito mais importante que o "ser".
Gravado nos estúdios da banda e lançado de maneira totalmente independente (depois de um hiato de 10 anos sem lançar um disco de inéditas), possibilita aos caras toda a liberdade de experimentar, o que pode ser visto como algo que diverge da ideia central do hardcore, de crueza se sobrepondo à técnica. Com a liberdade e o tempo de estúdio necessário fizeram um dos grandes discos de 2015, sem se prender às suas raízes mas abraçando o novo sem deixar de lado aquilo que melhor os representa, mostram um Garage Fuzz mais maduro e aberto à novas experiências sônicas.
O público se renova, mas o Garage Fuzz segue firme e forte sendo uma das principais vozes do hardcore nacional, com esse registro, lançam um disco pra marcar o espaço e para garantir aos santistas, no mínimo mais 25 anos de destaque na cena independente nacional.
Logo menos tem mais.
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