Buenas, pueblo!
O tempo anda escasso (trabalho me consome), mas sempre encontro um jeito pra dar o ar da graça por aqui. Hoje, mais uma vez vamos de artistas nacionais ...
Nos anos 90, quando as primeiras bandas indie/alternativas aportaram por aqui via Brasil 2000 FM e Lado B (Mtv), nós as chamávamos de "guitar bands" devido ao principal elemento de sua sonoridade, as guitarras cheias de efeitos/distorções. E era esse esporro sonoro que nos colocava um sorriso bobo no rosto e nos encantava.
Vinte anos depois, em 2010, a gauchada da Superguidis retoma essa sonoridade em seu terceiro disco, de maneira categórica.
Produzido por Philippe Seabra (Plebe Rude), com mixagem do americano Kyle Kelso e masterização de Gustavo Dreher, o disco soa como um elo perdido entre a sonoridade shoegazer/lo-fi dos anos 90 e o atual indie rock, sem soar datado. Soam como filhos legítimos de ambas as gerações, um cruzamento de Dinosaur Jr e Yuck.
Com a mais clássica das formações roqueiras: 2 guitarras (capitaneadas por Andrio Maquenzi e Lucas Pocamacha, que ainda dividem os vocais), 1 baixo (Diogo Macueide) e 1 bateria (Marco Pecker), fizeram o disco que N bandas brasileiras teriam dado um braço para ter composto (inclusive esse que vos escreve).
Sonoridade incrível, produção afiada e ótimas letras (em português e tão diretas quanto um murro no nariz), mostram que o Superguidis deveria ter muito mais espaço (se houvesse justiça no mundo), mas como falamos de Brasil, em 2011, os caras colocaram um ponto final na banda sem o devido reconhecimento. Ficaram conhecidos no "mundinho indie" pelos shows incríveis, cheios de energia, pelas ótimas músicas e por construírem seus próprios pedais de efeitos (honrando com maestria o "do it yourself").
Muito pouco para uma banda que tinha tudo pra ser uma das maiores bandas do país, disparado.
Não conhece? Tá esperando o que? Clique aqui e ouça. Ouça ontem, ouça alto e me ajudem com a campanha #voltaSuperguidis.
Viagem garantida.
Logo menos tem mais
Nenhum comentário:
Postar um comentário