Diferentemente do lançamento do Windows 7 e do Windows 8, desta vez eu não me preocupei muito em divulgar o lançamento do Windows 10. Tenho algumas razões para isso. Mas acho que a principal é o fato de que já tem um bom tempo que eu não me atualizo no assunto “informática”.
Atuei como professor de montagem, manutenção e configuração de computadores por oito anos. Houve uma época que eu gastava uma média de três a quatro horas por dia em sites de tecnologia, leitura de livros técnicos e acesso à fóruns especializados. Meus autores favoritos eram: Gabriel Torres, Laércio Vasconcelos e Carlos Morimoto.
Mas muita água passou por debaixo da ponte. Fui para o estado trabalhar na área de administração. Fui para uma faculdade de educação e conhecer a fundo a informática simplesmente deixou de ser uma prioridade.
Digamos que deixei de ser um usuário expert e passei a ser apenas um usuário avançado…
Seja como for, o novo SO da empresa do tio Bill (Gates) chegou no final de julho. E com muitas novidades.
E é aí que eu paro e me pergunto: são tantas novidades assim?
É praticamente um consenso na mídia especializada que a Microsoft oscila entre o lançamento de um SO bom e um SO ruim. A história nos mostra isso: O Windows 3.11 (Deus o tenha) era prático e funcional. Veio o Windows 95 e ferrou tudo. Aí o Windows 98 consertou uma série de coisas e em sua atualização SE se tornou um ótimo SO. Para em seguida a MS estragar tudo com o malfadado Windows Me (Deus não o tenha).
Adoradores do Linux e Unix… me poupem… Estou falando de computação doméstica de baixo nível e não aplicações High End.
Por essa lógica da gangorra, o Windows 8 deveria ser uma bomba. E muita gente enxerga este SO desta forma.
A questão é… eu não concordo.
Não concordo porque o Win8 tem basicamente a mesma estrutura do Win7. A mesma velocidade e as mesmas facilidades de utilização. A não ser por um pequeno detalhe que fez toda a diferença.
O maldito botão iniciar…
Tecnicamente, o Windows não nasceu sistema operacional. Ele era uma espécie de organizador do ambiente de trabalho. Em seu surgimento, quem fazia o trabalho pesado era o MS-DOS. Este sim, um sistema operacional.
Mas o Windows deixava as coisas mais visuais… uma tendência que foi inaugurada pelo Macintosh… tio Jobs também entendia das coisas.
Bom… fato é que o Windows só virou sistema operacional quando chegou à versão Windows 95. Mesmo assim, ele precisava de toda a estrutra MS-DOS para ser instalado e então funcionar como SO.
E foi nessa versão que ele surgiu… o famigerado menu Iniciar.
A partir dele, o usuário conseguia acessar todos os programas e configurações do computador. Era uma nova maneira de organizar as coisas. As janelas ainda estariam por ali, mas o acesso a elas seria por um menu. E tudo ao alcance pelo botão iniciar.
Com poucas alterações, o menu iniciar do Windows 98 seguiu a mesma linha…
Padrão que voltou a ser utilizado no Windows Me (Bleargh!!)…
E que foi repaginado no Windows XP…
E novamente repaginado no Windows Vista…
Aí, com o Windows 7 eles resolveram deixar as coisas mais organizadas. Em um menu iniciar muito bem organizado surgiu…
Só para registro, do lançamento do Windows 95 (em 24/08/1995) até o lançamento do Windows 8 (em 26/10/2012), temos um intervalo de mais de 12 anos. Doze anos… Doze anos em que as pessoas estavam acostumadas a encontrar tudo o que queriam apenas clicando no ícone do Windows e acessando um menu com tudo que precisavam.
Eu até entendo a razão da insatisfação geral… a Microsoft simplesmente extinguiu de uma vez só o menu iniciar e o botão iniciar… Uma pancada muito grande e muito forte.
O que se via agora era uma tela com uns quadradões, quadrados e quadradinhos (chamam-se tiles) e pouca gente entendeu porque a MS fez isso. Para acessar a Área de trabalho, você clicava no quadradão Desktop e pronto… você voltava a ter um computador normal.
E para o desespero de muitos... nada do botão “Iniciar”.
Isso gerou um descontentamento geral. E muitas pessoas simplesmente fizeram o downgrade para o Windows 7. Demorou muito para o Windows 8 se firmar. E não se firmou. Apesar de ser um ótimo SO, ele tinha o pecado de não ter o botão…
Isso fez com que surgisse um Windows 8.1 com o botão…
Tudo bem que o botão só tinha um efeito moral (você voltava para tela dos quadrados). Mas pelo menos deixava os usuário menos órfãos.
Depois de toda a história, minha análise. Bem simples por sinal…
A Microsoft se esqueceu que as pessoas ainda não têm a cultura da tela sensível ao toque. O Windows 8 foi feito para telas sensíveis ao toque. Os comandos seriam dados pelos movimentos dos dedos e não pelo mouse. Eu já tinha lido sobre isso, mas pude comprovar isto quando comecei a usar um tablet HP Stream 7 equipado com Windows 8.1. A interface do Windows 8 é simplesmente sensacional… Abrir, fechar, minimizar, maximizar e outras tarefas do mouse são muito intuitivas e com uma curva de aprendizagem muito leve.
Mas a MS não contou com o fato que mesmo com o touch, as pessoas ainda usam o mouse. E isso destruiu a fama e reputação do Windows 8.
E aí, temos agora o Windows 10. Com botão e menu iniciar incluídos e reinstituídos em suas funções. Vale a pena?
Bom, pra início de conversa, a atualização para o Windows 10 é gratuita para quem possui uma licença original do Windows 7 ou Windows 8. Seus requisitos de sistema são baixos e ele roda confortavelmente até em configurações modestas (está rodando liso no netbook equipado com processador Intel Atom).
Instalei também em meu Desktop e até agora não tenho do que reclamar. Uma interface elegante, sistema robusto, ótima integração com meu Windows Phone. Então, no geral minha recomendação é… sim… vale a pena migrar para o Windows 10.
Mas confesso que tenho receio de instalar o novo SO no tablet. Ele realmente funciona muito bem sobre o Windows 8 e ainda não sei quais serão os recursos que perderei com a nova interface. E para ajudar, a própria atualização me informa que uma vez instalado, eu não poderei desfazer o processo.
Enfim… com coragem ou não… chegou o Windows 10. Divirtam-se com ele.
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