6 de maio de 2013

A televisão e as mídias alternativas

“A televisão me deixou burro, muito burro demais… E agora todas coisas que eu penso me parecem iguais…”

(Titãs – Televisão - 1985)

O tema televisão é extenso e pode ser abordado sob diversos enfoques. Não pretendo aqui, ir além da abordagem da televisão como canal de entreteninmento. O fato é: a televisão está estúpida demais.

Os domingos em geral têm sido dias terríveis para aproveitar algum canal de televisão aberto. A TV é um espaço publicitário onde tudo é vendido: consumo, política, religião…

As opções normalmente são programas esportivos com “entendidos” do futebol (vide o Milton Neves que não entende nada de esporte, mas entende tudo de “merchan” ou então Esporte Espetacular que mostra aquilo que o patrocinador banca). Podemos então assistir programas de auditórios com quadros mais do que cafonas (tudo é possível, Síllvio Santos, Domingo Legal, Programa do Gugu, Faustão). Temos ainda os programas de vendas (Polishop e similares) onde pela enésima vez estão anunciando a sensacional lavadora Karcher ou outra buginganga qualquer. Como última opção, podemos ver algum programa da Tv Cultura sobre meio-ambiente que está sendo reprisado pela décima vez.

“Oras… então vá ao shopping, ao cinema, passear… saia de casa, seu idiota!”, deve estar pensando alguém. É uma ideia válida, mas não resolve a questão inicial: a baixa qualidade da televisão atual.

Foi pensando nisso que comecei a observar o surgimento de um novo paradigma: Usar a internet (e outras mídias) como alternativa à televisão. Existe muita coisa boa na internet para assistirmos. Uma opção é assinar um serviço de filmes online como Netflix, Netmovies, SundayTV, etc… Outra opção é acessar os canais do YouTube.

Aliás, no YouTube encontramos ótimas alternativas à programação de tv quando não temos os horários compatíveis com os (poucos) programas interessantes. Posso por exemplo assistir ao programa “Roda Viva” pela Internet. E os canais de comédia superam qualquer “Zorra Total” (não entendo como aquele programa persiste na grade da Globo) ou “A Praça é Nossa” (este eu até entendo o motivo de existir, principalmente após assistir a esta entrevista). Bons exemplos são os canais do “Porta dos Fundos”, “Cinco Minutos”, “Parafernalha”, “Rafinha Bastos” e “Improváveis”.

Aliás, uma nota de destaque ao Rafael Bastos. O episódio de um bebê e de uma moça que diz ser cantora de sucesso atrapalhou sua trajetória na televisão, mas ele faz ótimos trabalhos como a série “8 minutos com…” onde ele entrevista várias personalidades. Rodrigo Fernandes também é ótimo com seus quadros “Emagrece Gordo” e “Não fale com o motorista”

Fato é que a televisão está igual demais, não importa qual canal escolhemos. E quando assistimos a algo que não nos obriga a pensar, ficamos mais alienados. Literalmente “emburrecemos”.

A música do grupo Titãs nunca foi tão verdadeira em sua letra como agora…

Experimente esta troca. Troque sua tv por um dia e busque por mídias alternativas… você irá se surpreender por encontrar – acredite – qualidade que há muito tempo deixou de existir na TV.

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